Schinus terebinthifolia Raddi é uma planta da família Anacardiaceae,
conhecida popularmente como aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira ou
aroeira-da-praia. É uma espécie arbórea ou arbustiva, nativa da América do Sul,
mas amplamente disseminada em regiões tropicais e subtropicais. Plantas
geralmente dioicas (flores masculinas e femininas em indivíduos separados).
Tendo início de sua floração no período Chuvoso e depois da chuva (verão).
É uma árvore ou arbusto perene, geralmente com 3 a 10 metros de altura,
mas podendo atingir até 15 m em condições ideais. Com raízes subterrâneas, ramificadas e
pivotante. Caule com um tronco de casca rugosa, fissurada, de cor
acinzentada a marrom-avermelhada, exsudando resina aromática quando danificada. Já as suas folhas são compostas,
imparipinadas, com 5 a 9 folíolos (às vezes 11), alternos, coriáceos, glabros,
com margens serrilhadas. Folíolos medem 2 a 6 cm de comprimento, com aroma
resinoso quando esmagados. Inflorescências em panículas terminais ou axilares,
contendo flores delicadas, muito pequenas, atraindo muitos polinizadores como
as abelhas. A planta é dióica, o que significa que a polinização cruzada é
necessária para a produção de frutos. Suas flores são pequenas,
branco-esverdeadas, dispostas em panículas terminais ou axilares. Já os seus frutos são simples secos do tipo drupa
globosa, 4 a 6 mm de diâmetro, vermelha brilhante quando madura (semelhante a
pimenta), contendo uma única semente. Amadurecem no outono/inverno e são
dispersos por aves.
A aroeira-vermelha apresenta alguns aspectos estruturais
característicos de plantas xerófilas, como camada múltipla da epiderme da face
adaxial foliar, que protegem o mesofilo de excessiva dessecação; presença de
cutícula espessa e grande quantidade de pêlos e de estômatos; além de sistema
vascular bem desenvolvido, com abundância de esclerênquima, dando sustentação
ao feixe.
A aroeira é empregada secularmente nas práticas do Candomblé e
Umbanda, sendo considerada uma árvore sagrada para seus praticantes nas suas
ritualizações religiosa. Fundamental em processos de iniciação e em
rituais de sacerdócio nestas religiões, é usada na preparação de cama de folhas
para energização, em sacudimentos - como erva de descarrego, em
benzimentos com água de cheiro e em limpezas espirituais.
Essa planta é uma planta melífera, com pólen e néctar abundantes e
que propiciam a produção de mel de ótima qualidade.
Portanto, a aroeira ainda é uma planta muito usada na
regeneração ambiental, pois promove uma rápida e abundante oferta de recursos
vegetais graças a sua grande capacidade adaptativa a diferentes ambientes. Sua
alta produção floral e frutífera facilita também a recomposição florestal e da
fauna associada. Por conta disso e pela sua rusticidade, é muito
usada como cerca-viva, na arborização urbana, em projetos
paisagísticos, é usada medicinalmente pelas suas propriedades
anti-inflamatórias, cicatrizantes, antimicrobianas e diuréticas, sendo útil no
tratamento de infeções do trato urinário, problemas gastrointestinais e
inflamações em geral.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
REINO: Plantae
DIVISÃO: Magnoliophyta
CLASSE: Magnoliopsida
ORDEM: Sapindales
FAMÍLIA: Anacardiaceae
GÊNERO: Schinus
ESPÉCIE: Schinus terebinthifolia Raddi
FICHA TÉCNICA
NOME CIENTÍFICO: Schinus terebinthifolia Raddi
SINONIMO: Schinus terebinthifolius
Raddi
NOMES POPULARES: aroeira-mansa, aroeira-pimenteira, corneiba,
bálsamo.
FAMÍLIA: Anacardiaceae
CATEGORIA: plantas ornamentais, frutífera e medicinais.
CLIMA: equatorial, semiárido, subtropical e tropical.
RAIZES: suas raízes subterrâneas,
ramificadas e pivotante.
CAULE: seu caule com um tronco de casca rugosa, fissurada, de
cor acinzentada a marrom-avermelhada, exsudando resina aromática quando
danificada.
FOLHAS: são compostas, imparipinadas, com 5 a 9 folíolos (às
vezes 11), alternos, coriáceos, glabros, com margens serrilhadas e coriácea.
Folíolos medem 2 a 6 cm de comprimento, com aroma resinoso quando esmagados.
INFLORESCÊNCIAS: suas inflorescências apresentam em panículas
terminais ou axilares, contendo flores delicadas, muito pequenas, atraindo
muitos polinizadores como as abelhas. A planta é dióica, o que significa
que a polinização cruzada é necessária para a produção de frutos.
FLORES: suas flores são pequenas, branco-esverdeadas, dispostas
em panículas terminais ou axilares. Suas
flores são dioicas, unissexuais masculinas e femininas.
FRUTO: seus frutos são simples secos do tipo drupa globosa, 4 a
6 mm de diâmetro, vermelha brilhante quando madura (semelhante a pimenta),
contendo uma única semente.
ORIGEM: América do Sul - Brasil (especialmente Mata
Atlântica, Cerrado e restingas), Argentina, Paraguai e Uruguai.
OCORRÊNCIAS: no Brasil nas regiões nordeste, sudeste e sul.
ALTURA: até 20 metros de altura.
LUMINOSIDADE IDEAL: Sol Pleno
CICLO DE VIDA: É uma espécie perene que precisa de um
grande espaço na jardinagem e no campo para se desenvolver e frutificar.
HABITAT: adapta-se a solos pobres, áreas degradadas,
restingas, bordas de matas e regiões costeiras. Tolerante a salinidade e
seca.
ECOLOGIA: cresce em locais com pouca água e sem muita exigência.
CLIMA: Árido, Subtropical e Tropical.
IMPORTÂNCIA ECONOMICA: podendo ser consumida in natura,
como sucos, geleias e doces, na medicina com inúmeras propriedades
farmacológicas e ornamental.
PROPRIEDADES MEDICINAIS: É antioxidante e anti-inflamatória.
CULTIVO: De crescimento rápido, pouco exigente no solo,
solo sempre em lugares com pouca água.
UTILIZAÇÃO: planta frutífera, ornamental, medicinal e
usamos também para o suporte de orquídeas e vasos de pteridófitas.
PROPAGAÇÃO: Por sementes e alporquia.
REGAS: Só quando o solo estiver muito seco.
SUBSTRATO: Para plantas frutífera e ornamental que se
adaptou muito bem ao solo no Brasil e se desejar cultivar em vasos recomendamos
uma terra solta com um pouco de turfa, carvão vegetal, casca de pinus moída,
solo e adubo orgânico.
POLINIZADOR: entomofilia – polinizado por insetos.
DISPERSÃO: zoocórica (aves como sabiás e sanhaços consomem os
frutos).
FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se
desenvolve em locais áridos e com pouca água, lembrando que as suas raízes
atingem os ambientes profundo da terra.
TOXICIDADE E CUIDADOS:
- A seiva e folhas podem causar dermatite de contato em indivíduos
sensíveis (devido a compostos como urushiol, também presente em
hera-venenosa).
- Frutos consumidos em excesso podem ser tóxicos para humanos e animais
(risco de gastroenterite).
APLICAÇÕES:
- Medicinal: Cascas e folhas usadas na medicina tradicional como
anti-inflamatório, cicatrizante e antisséptico (tratamento de infecções
urinárias e feridas).
- Madeira: dura, usada para postes e lenha.
- Ornamental: cultivada em paisagismo devido aos frutos vermelhos.
- Culinária: frutos secos são usados como substituto da pimenta-rosa
(com moderação, pois podem causar irritação em pessoas sensíveis).
FOTOS: Fotografado no jardim do CAFERR (Centro Amazônico de
Fronteiras) da Universidade Federal de Roraima - UFRR é um espaço que sedia
formaturas e outros eventos, localizado em Boa Vista, Roraima, Brasil, 29 jul. 2025.
REFERÊNCIAS:
Disponível em: https://www.arvoresdobiomacerrado.com.br/site/2017/03/30/schinus-terebintifolius-raddi/
Acesso em 02 set. 2025.
NEVES, E. J. M. et al. Cultivo da aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) para produção de pimenta-rosa. 2016, Folheto informativo, Embrapa. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1052499/cultivo-da-aroeira-vermelha-schinus-terebinthifolius-raddi-para-producao-de-pimenta-rosa
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