sábado, 5 de julho de 2025

OLEA EUROPAEA







 

Olea europaea Lineu é uma planta da família botânica Oleaceae, conhecida popularmente como Oliveira, tendo como curiosidade a simbologia da ‘paz e sabedoria’ acredita-se que as árvores mais antiga conhecida tem cerca de 3.000 anos e fica em Crete, Grécia.

É uma árvore perene de médio porte, geralmente entre 4 a 12 metros de altura, de crescimento lento, podendo viver centenas de anos (alguns exemplares ultrapassam 1.000 anos). Copa irregular, densa e arredondada. Raízes subterrânea, axial e ramificada. Caule retorcido, casca cinzenta e fissurada com a idade, aéreo, ereto, do tipo tronco lenhoso, resistente, cilíndrico e ramificação simpodial. Tendo os seus ramos flexíveis, jovens de cor verde-acinzentada. Já as suas folhas são simples, completas, pecioladas, peninérveas, coriáceas, glabras, lanceoladas a oblongas, base e ápice atenuada, cor verde-acinzentado na face superior, prateadas e pubescentes na inferior, filotaxia oposta e cutícula espessa para reduzir perda de água (xerófita).

Suas inflorescências são axilares, pluriflora, inflorescência simples indefinida do tipo cacho com 10 a 40 flores. Suas flores são pequenas, branco-esverdeadas, perfumadas, hermafroditas ou unissexuais. Suas sépalas são pequenas, geralmente em número de quatro, e formam a parte externa do cálice, protegendo a flor antes de ela se abrir. Elas são unidas na base, formando uma espécie de taça ou copo, e são geralmente de cor esverdeada; sua corola é possui quatro pétalas, que podem ser unidas na base, formando um tubo e dois estames. O androceu é composto por dois estames, que são as estruturas produtoras de pólen na flor. Esses estames são inseridos no tubo da corola e se alternam com os lobos da corola. Já seu gineceu é composto por um pistilo com dois carpelos unidos (conatos), formando um ovário súpero com dois lóculos. O ovário possui placentação axilar, comumente dois óvulos por lóculo, mas podendo variar para quatro ou mais. O gineceu também inclui um disco nectarífero, que circunda a base do ovário, produzindo néctar.

Já os seus frutos são simples e carnosos do tipo drupa. Sua semente é única, dura, protegidas por um endocarpo espesso, que precisa ser quebrado ou danificado para que a germinação ocorra.

Portanto, é uma árvore perenifólia, longeva, frutífera e ornamental, originária da região do Mediterrâneo. Dela obtemos as azeitonas e o precioso azeite de oliva, que o homem aprendeu a extrair no Período Neolítico, há cerca de 10.000 a.C, para usar como alimento, combustível e unguento, tornando a oliveira uma árvore venerada por muitos povos. Elas são árvores de extrema longevidade, podendo ultrapassar mais de 2.500 anos de idade.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Limiales

Família: Oleaceae

Gênero: Olea

Espécies: Olea europaea Lineu

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIESOlea europaea Lineu

PSEUDÔNIMO:  Oliveira

FAMÍLIAOleoceae

ORIGEM: da Bacia do Mediterrâneo.

RAIZ: com raízes axiais, ramificadas e subterrânea.

CAULE: o seu caule é aéreo, ereto, em forma de tronco, de ramificação dística, quanto ao seu desenvolvimento uma arvoreta, de consistência lenhosa.     

FOLHAS: suas folhas são simples, completas, pecioladas, peninérveas, coriáceas, glabras, lanceoladas a oblongas, base e ápice atenuada, cor verde-acinzentado na face superior, prateadas e pubescentes na inferior, filotaxia oposta e cutícula espessa para reduzir perda de água (xerófita).

INFLORESCÊNCIAS: suas inflorescências são axilares, pluriflora, inflorescência simples indefinida do tipo cacho com 10 a 40 flores.

FLORES: suas flores são pequenas, branco-esverdeadas, perfumadas, hermafroditas ou unissexuais. Suas sépalas são pequenas, número de quatro, e formam a parte externa do cálice, protegendo a flor antes de ela se abrir. Elas são unidas na base, formando uma espécie de taça ou copo, e são geralmente de cor esverdeada; sua corola é possui quatro pétalas, que podem ser unidas na base, formando um tubo e dois estames. O androceu é composto por dois estames, que são as estruturas produtoras de pólen na flor. Esses estames são inseridos no tubo da corola e se alternam com os lobos da corola. Já seu gineceu é composto por um pistilo com dois carpelos unidos (conatos), formando um ovário súpero com dois lóculos. O ovário possui placentação axilar, comumente dois óvulos por lóculo, mas podendo variar para quatro ou mais. O gineceu também inclui um disco nectarífero, que circunda a base do ovário, produzindo néctar.

FRUTOS:  frutos são simples e carnosos do tipo drupa.

SEMENTE: sua semente é única, dura, protegidas por um endocarpo espesso, que precisa ser quebrado ou danificado para que a germinação ocorra. Segundo Barroso, et al (1999) sua semente possui pirênio com superfície equinada.

PORTE: é uma planta de porte médio, com o máximo 10 metros de altura.

ÉPOCA DE FLORAÇÃO: corre normalmente na primavera, entre os meses de setembro e dezembro no Hemisfério Sul, quando as temperaturas atingem cerca de 15°C. As flores, pequenas e brancas, surgem em inflorescências do tipo panícula nas axilas foliares. Elas são perfumadas e, em cada inflorescência, podem haver até 30 flores. 

LUMINOSIDADE: Sol pleno

CATEGORIA: ornamental, alimentícia e medicinal.

ÁGUA: só quando estiver muito seco e no período de crescimento da estaca.

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental e semiárido. 

CULTIVO: De crescimento rápido e não gosta de solo encharcado.

UTILIZAÇÃO: alimentação, medicinal e ornamental

PROPAGAÇÃO: por sementes e estacas.

SUBSTRATO: para plantas ornamentais em vasos e no jardim depois do desenvolvimento da estaca.

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais com pouca água. Para o desenvolvimento das estadas em saco com terra úmidos e sol filtrado. Sol pleno para o florescimento das mudas.

CICLO DE VIDA: perene

ECOLOGIA

Potencial para fitorremediação: aos estudos indicam sua capacidade de crescer em solos contaminados por hidrocarbonetos, sugerindo uso em recuperação ambiental.

Habitat: essa planta pode ser considerada árvore de porte médio, pois, pode ultrapassar 10 metros de altura em condições ideais.

Polinização: anemófila (vento) ou entomófila (insetos) e as hermafroditas, com autopolinização e polinização cruzada (pelo vento e insetos). 

Floração: Primavera (varia conforme clima). 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: suas sementes são usadas na alimentação humana e na fabricação de azeites de oliva.

FOTOS:  Fotografado no @centro_das_plantas – André Paisagismo, defronte ao Shopping Pátio, Caumé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 28 junho 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

BARROSO, G. M. et alFRUTOS E SEMENTES – MORFOLOGIA APLICADA À SISTEMÁTICA DE DICOTILEDÔNEA. Viçosa: UFV, 1999, p. 82.

 

Disponível em: https://www.biodiversity4all.org/taxa/57140-Olea-europaea Acesso em 05 julho 2025.

 

Disponível em:  https://www.sitiodamata.com.br/oliveira-olea-europaea-l.html Acesso em 05 julho 2025.

 

Disponível em:  https://www.missouribotanicalgarden.org/PlantFinder/PlantFinderDetails.aspx?taxonid=283004 Acesso em 05 julho 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

 

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