sexta-feira, 21 de novembro de 2025

MONSTERA DELICIOSA Liebm.

 


Monstera deliciosa Liebm. é uma planta da família Araceae, nativa das florestas tropicais húmidas do sul do México até ao Panamá. É uma planta trepadeira, hemiepífita, perene, começando a sua vida como uma planta terrestre e, posteriormente, tornando-se uma trepadeira que sobe por troncos de árvores em busca de luz no dossel florestal.

Suas raízes podem serem aéreas ou subterrâneas. Raízes Aéreas são numerosas, grossas e de cor castanha. Atuam como órgãos de fixação, absorção (quando em contato com húmus ou solo) e possivelmente no transporte de água. Já as raízes subterrâneas são fibrosas, responsáveis pela absorção primária de água e nutrientes do solo. Essa planta produz numerosas raízes aéreas adventícias a partir dos nós. Estas raízes são essenciais para a fixação ao suporte (raízes aderentes) e para a absorção de nutrientes e água da atmosfera e do húmus acumulado nas fendas das árvores.

Seu caule do tipo cilíndrico, robusto e suculento, classificados como caule trepador ou caule volúvel.

Já as suas folhas são simples, alternas, grandes e coriáceas (com textura de couro), pecioladas, longas e rígidas, inserido na lâmina de forma peltada (o pecíolo prende-se no centro da lâmina, e não na margem). Sua lâmina foliar é de forma cordiforme (de coração) quando jovem, tornando-se progressivamente fenestrada e perfurada à medida que amadurece. Bordas liso e suas fenestras são as incisões, orifícios ou fendas que vão da margem em direção à nervura central, mas não a separam completamente. Essas perfurações são os orifícios que aparecem na lâmina foliar, entre as nervuras, do qual tem uma função adaptativa. Acredita-se que esta arquitetura foliar única permita à planta resistir a ventos fortes e permitir a passagem de luz para as folhas inferiores na floresta densa e úmida. Suas folhas têm dimensões que quando adultas podem atingir de 80 cm a 1 metro de comprimento.

Possui inflorescência e flor típica da família Araceae, o espádice. A espádice é uma estrutura carnuda em forma de espiga, de cor creme, onde as flores minúsculas estão inseridas (FERRI, et al. 1918). De forma ereta, cilíndrica, com cerca de 20-25 cm de comprimento. Já a espata é uma bráctea grande, cerosa e de cor branca cremosa que envolvendo toda a espádice. Inicialmente fechada, abre-se durante a floração para expor a espádice, murchando posteriormente.

Já as suas flores são hermafroditas, mas protogínicas (os órgãos femininos amadurecem antes dos masculinos, promovendo a polinização cruzada). São minúsculas e sésseis, cobrindo a superfície da espádice. Já a sua disposição na base da espádice estão as flores femininas (férteis), e acima delas estão as flores masculinas (férteis). Pode haver uma zona estéril entre elas.

No entanto, os seus frutos são simples, carnoso em forma de baga coalescente, formando uma infrutescência composta. O fruto agregado tem forma semelhante a uma espiga de milho, com cerca de 20-30 cm de comprimento. Na sua maturação ao amadurecer progressivamente da base para o ápice. A casca verde cai, revelando a polpa comestível. Essa polpa é branca, suculenta e aromática, com um sabor que lembra uma mistura de banana, abacaxi e manga.

Portanto, a Monstera deliciosa é uma planta da família da Araceae. Possui folhas grandes, cordiformes, penatífidas e perfuradas, com longos pecíolos, flores aromáticas, em forma de espádice comestível, branco-creme, com espata verde, e bagas amarelo-claras. É uma planta cara, porém muito requisitadas no paisagismo urbano e em casa na urban jungles em apartamentos e casa pequena de bom gosto.    

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Arismatales

Família: Araceae

Gênero: Monstera

Espécie: Monstera deliciosa Liebm.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME CIENTÍFICOMonstera deliciosa Liebm.

PSEUDÔNIMO: Costela-de-Adão, Banana-do-Mato ou Monstera. No Brasil, os nomes Costela-de-Adão e Ceriman.

FAMÍLIA: Araceae

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: essa planta é nativa das florestas tropicais húmidas da América do Norte e Central, especialmente do sul do México até ao Panamá.

PORTE: essa planta pode apresenta crescimento indeterminado, podendo atingir mais de 20 metros de comprimento em habitat natural e em condições favoráveis.

RAIZES: podem serem aéreas ou subterrâneas. Raízes Aéreas são numerosas, grossas e de cor castanha. Atuam como órgãos de fixação, absorção (quando em contacto com húmus ou solo) e possivelmente no transporte de água. Já as raízes subterrâneas são fibrosas, responsáveis pela absorção primária de água e nutrientes do solo. Essa planta produz numerosas raízes aéreas adventícias a partir dos nós. Estas raízes são essenciais para a fixação ao suporte (raízes aderentes) e para a absorção de nutrientes e água da atmosfera e do húmus acumulado nas fendas das árvores.

CAULE: seu caule é do tipo cilíndrico, robusto e suculento, classificados como caule trepador ou caule volúvel.

FOLHAS: são simples, filotaxia alternas, grandes e coriáceas (com textura de couro), pecioladas, longas e rígidas, inserido na lâmina de forma peltada (o pecíolo prende-se no centro da lâmina, e não na margem). Sua lâmina foliar é de forma cordiforme (de coração) quando jovem, tornando-se progressivamente fenestrada e perfurada à medida que amadurece. Bordas liso e suas fenestras são as incisões, orifícios ou fendas que vão da margem em direção à nervura central, mas não a separam completamente. Essas perfurações são os orifícios que aparecem na lâmina foliar, entre as nervuras, do qual tem uma função adaptativa. Acredita-se que esta arquitetura foliar única permita à planta resistir a ventos fortes e permitir a passagem de luz para as folhas inferiores na floresta densa e úmida. Suas folhas têm dimensões que quando adultas podem atingir de 80 cm a 1 metro de comprimento.

INFLORESCÊNCIAS: simples indefinida do tipo espádice. A espádice é uma estrutura carnuda em forma de espiga, de cor creme, onde as flores minúsculas estão inseridas (FERRI, et al. 1918). De forma erecta, cilíndrica, com cerca de 20-25 cm de comprimento. Já a espata é uma bráctea grande, cerosa e de cor branca cremosa que envolve a espádice. Inicialmente fechada, abre-se durante a floração para expor a espádice, murchando posteriormente.

FLORES: suas flores são hermafroditas, mas protogínicas (os órgãos feminos amadurecem antes dos masculinos, promovendo a polinização cruzada). São minúsculas e sésseis, cobrindo a superfície da espádice. Já a sua disposição na base da espádice estão as flores femininas (férteis), e acima delas estão as flores masculinas (férteis). Pode haver uma zona estéril entre elas.

FRUTOS: os seus frutos são simples, carnoso em forma de baga coalescente, formando uma infrutescência composta. O fruto agregado tem forma semelhante a uma espiga de milho, com cerca de 20-30 cm de comprimento. Na sua maturação ao amadurecer progressivamente da base para o ápice. A casca verde cai, revelando a polpa comestível. Essa polpa é branca, suculenta e aromática, com um sabor que lembra uma mistura de banana, abacaxi e manga. Atenção: O fruto só é comestível quando totalmente maduro. O fruto verde contém cristais de oxalato de cálcio, que são altamente irritantes para a mucosa da boca e do trato digestivo, podendo causar intensa sensação de ardor e edema.

SEMENTES: suas sementes são pequenas, duras e de cor castanha, embutidas na polpa.

LUMINOSIDADE: não deve ser exposto ao sol; só a meia-sombra e sol difuso.

ÁGUA: precisa de muita água quando estivar muito seco.

CLIMATropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental. Tolera o frio e geadas fracas.

CULTIVO: De crescimento rápido, gosta de solos super drenado e leve.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental e venenosa por possuir “oxalato de cálcio” nos seus frutos.

PROPAGAÇÃOMultiplica-se facilmente por sementes e estacas.

CATEGORIA: folhagens

HABITAT: é uma planta que cresce no sub-bosque de florestas densas e úmida, utilizando árvores como suporte para ascender em direção à luz.

ETIMOLGIA:

- Monstera: do latim monstrum, que significa "monstro" ou "anomalia", numa referência às folhas incomuns, fenestradas e perfuradas.

-  deliciosa: Do latim deliciosus, que significa "delicioso", numa referência ao sabor do seu fruto comestível quando maduro.

ADUBAÇÃO: o solo deverá ser fértil. A adubação deve ser feita de forma constante com fertilizante orgânico (Compostagem; Húmus de minhocas; Estercos; etc.).

TOXIDADE: é uma planta tóxica para gatos porque contém cristais insolúveis de oxalato de cálcio. A mastigação da planta pode causar irritação na boca e garganta, levando a sintomas como salivação excessiva, queimação, inchaço e vômitos. Embora geralmente não seja fatal, é importante manter a planta fora do alcance dos animais, crianças, e em caso de intoxicação deverá procurar ajuda médica e veterinária.  

PRAGAS: por ser cultivado em ambientes onde não há luz direta do sol, é comum o aparecimento de pulgões e cochonilhas, além de ácaros e lagartas – Geralmente uso Álcool isopropílico (uma porção de álcool e três de água).


REFERÊNCIA:

 

COSTA, T. A. C. et al.   PLANTAS TÓXICAS ORNAMENTAIS PARA CÃES E GATOS. JATAÍ, GO: Edição dos autores. 2002, ISBN: 978-00-40416-6.  Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/66/o/PLANTAS_TO%CC%81XICAS_%281%29.pdf Acesso em 21 nov. 2025.

 

CROATA, T.B. et al. Revisão de Monstera (Araceae: Monsteroideae) da América Central. Fitotaxa 656 (1): 1–197. 2024. Disponível em: https://doi.org/10.11646/phytotaxa.656.1.1 Acesso em 21 nov. 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB609327 Acesso em 21 nov 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=5&genero=Monstera&especie=deliciosa&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 21 nov. 2025.

 

FERRI, M. G. et. al. Glossário ilustrado de botânica. São Paulo: NOBEL, 1981, p. 47.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021. 

 

Agradeço especial à Secretaria de Educação e de Cultura do Estado de Roraima, Horto florestal da Cidade de Boa Vista e a Prefeitura de Boa Vista, Roraima, Brasil.

 

... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com   

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

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