A importância da interface na
modelagem do AVAs e da boa comunicação, e suas consequências no processo de
aprendizagem dos alunos em EAD.
As rápidas mudanças
provocadas pelas inovações tecnológicas e pela globalização da economia têm
colocado ao nosso tempo desafios que exigem o desenvolvimento do conhecimento
em escala até então desconhecida, o que o vem transformando em um dos eixos em
torno, do qual, gravitam as relações da sociedade. Isso é importante para ajuda
e desenvolver as relações sociais entre os indivíduos. Para MARTINS e MOÇO (2009) é importante avaliar as opções antes de
se decidir. O documento Referências de Qualidades para a Educação Superior a
Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica o que você tem
direito de saber antes de se matricular: métodos de ensino da universidade,
tecnologias usadas, o tipo de material didático usado, os tipos de interações
disponíveis e quanto tempo levam para os tutores responderem as dúvidas.
Este texto tem como objetivo conhecer
a importância do ambiente virtual de educação (AVA) e a sua interface tomando
por base uma sociedade informatizada, onde as informações são rápidas, de fácil
acesso. As escolas onde as aulas são presenciais mantêm padrões “antiquados” de
ensino, na maioria das vezes, é importante que se reflita as possibilidades de
utilização dos ambientes virtuais de educação (AVAs) em sala de aula, tanto na
educação superior, como na educação básica.
Para LAGUARDIA, et al., (2010) a interação entre os alunos/professor/tutor está
associada à satisfação com o aprendizado e à qualidade geral do curso. Esta
satisfação nas experiências de aprendizado em ambientes virtuais é importante
porque as reações positivas influenciam o apoio organizacional para a
constituição de futuras formações e orientam acerca das mudanças nas
estratégias formativas atuais (LAGUARDIA, et
al., 2010). Em acréscimo, esses ambientes virtuais também oferecem os meios
para avaliações das habilidades metacognitivas, das estratégias de aprendizado
e do histórico das mudanças ocorridas no desempenho dos participantes ao longo
do curso. Estas avaliações demonstram evidências acerca dos processos
envolvidos nas atividades de construção do conhecimento em espaços digitais e
dão subsídios aos formuladores e aos usuários sobre a efetividade das
tecnologias de informação e comunicação nas iniciativas de aprendizado
colaborativo online.
A construção de um ambiente virtual de
aprendizagem é fundamental que se tenha uma modelagem que utilize de forma
adequada as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e que promova uma
interação entre o professor, tutores e alunos. O ambiente deverá ser
contextualizado com situações de aprendizagem, intuitivo e interativo. Para
isto, deve-se ter em mente os papéis que cada envolvido irá desenvolver dentro
do ambiente virtual de aprendizagem. Para que o ambiente seja eficaz no
processo de aprendizagem é importante que haja uma modelagem adequada ao
público-alvo que se deseja atingir.
A interface deverá oferecer mídias
variadas que favoreçam o aprendizado de acordo com os métodos de estudo mais
adotados pelos doscentes que sejam mais adequados ao perfil da Educação à
distância. É preciso permitir que cada aluno possa decidir qual a melhor forma
de adquirir este conhecimento. Uma alternativa é disponibilizar no ambiente o
mesmo conteúdo através de vídeo, audio, textos, além de materiais adicionais
que complementem o conteúdo estudado. Toda a informação, mídia, arquivo
inserido no ambiente deve ser relevante e funcional para o aprendizado do
aluno. Devem ser evitados conteúdos que servirão apenas para aprimorar o design
estético do ambiente, sem agregar qualquer conhecimento ao aluno ou que não
tenham relação com os conteúdos estudados.
Portanto torna-se mais amplo o
processo ensino-aprendizagem, bem como, aumenta a produção de leitura e escrita
dos alunos, além de propiciar novos modos de produção textual coletiva como os wikis,
neste caso a interação com todos os colegas da equipe dos docentes e discentes
em capacitação.
Já para ALVES
e NOVA, (2003) apresenta algumas sugestões para os professores em formação que
deseja iniciar algum curso a distância. Sugere que, logo no início, ele deve: conhecer
sua fundamentação pedagógica; determinar sua filosofia de ensino e aprendizagem;
ser parte de uma equipe de trabalho com diversas especialidades; desenvolver
habilidades para o ensino online; conhecer seus aprendizes; conhecer o
ambiente online; aprender sobre os recursos tecnológicos; criar
múltiplos espaços de trabalho; de interação e socialização; estabelecer o
tamanho de classe desejável; criar relacionamentos pessoais online; desenvolver
comunidades de aprendizagem; definir as regras vigentes para as aulas online
e esclarecer suas expectativas sobre os papéis dos aprendizes.
Portanto para LAGUARDIA, et al., (2010); ALVES e NOVA,
(2003); a tutoria é
necessária para orientar, dirigir e supervisionar o ensino-aprendizagem.
Ao estabelecer o contato com o aluno, o tutor complementa sua tarefa docente
transmitida através do material didático, dos grupos de discussão, listas,
correio-eletrônico, chats e de outros mecanismos de comunicação.
Assim, torna-se possível traçar um perfil completo do aluno: por via do
trabalho que ele desenvolve, do seu interesse pelo curso e da aplicação do
conhecimento de capacitação, graduação e pós-graduação nos cursos de EAD
(Educação a Distância). O apoio tutorial realiza, portanto, a
intercomunicação dos elementos (professor/tutor/aluno) que intervêm no sistema
e os reúne em uma função tríplice: orientação, docência e avaliação.
REFERÊNCIAS:
_________. Ministério da Educação. Referencia de qualidade para educação
superior para educação a Distância. Brasília: MEC, Agosto 2007. Disponível
em: < http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>
Acesso em:30 julho 2013
ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educação a Distância:
Uma Nova Concepção de
Aprendizagem e Interatividade. São Paulo, Futura, 2003.
LAGUARDIA,
J.; MACHADO, R ; COUTINHO, E. Interação
e comunicação em ambientes virtuais de aprendizado. Interaction and communication in
virtual environments of learning. Agosto 2010. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/ago10/Art_03.htm> Acesso
em: 30 julho 2013.
MARTINS, A. R.; MOÇO, A. Educação a Distância: Mitos e verdades. Revista Nova Escola, edição 227, Novembro 2009.
MORAN, J. M. O
que é Educação a Distância. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>.
Acesso em 01 mar 2012.
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