ECHINOPSIS OXYGONA

ECHINOPSIS OXYGONA

 

É uma espécie de cactácea conhecida por produzir belíssimas flores noturnas, na coloração rosada, que exalam um perfume suave e adocicado. Sua época de floração começa na primavera, coincidindo com a comemoração da Páscoa, no hemisfério norte. Por esta razão, seu nome popular é Easter lily cactus, cacto lírio da Páscoa.

Seu nome científico, Echinopsis oxygona, faz referência à aparência da parte vegetativa, que lembra um porco espinho.

Segundo CARNEIRO (2016), as espécies pertencentes ao gênero Echinopsis costumam ter este aspecto de um barril repleto de espinhos. O nome é derivado das palavras echïnus (latim) ou ekhînos (grego), que podem significar ouriço, porco espinho, ou ouriço do mar. O sufixo opsis, em latim, denota similaridade.

O cacto Echinopsis oxygona apresenta, predominantemente, esta morfologia globular ou globosa, mais compacta, um pouco alongado, assumindo o formato de um cilindro baixo. Com seus poucos espinhos, de natureza menos agressiva. O crescimento do cacto lírio da Páscoa é considerado rápido, assim como sua multiplicação. Ao longo do tempo, numerosos brotos são formados a partir da base da planta principal.

A espécie Echinopsis oxygona é originária de diversos países da América do Sul, tais como Argentina, Uruguai e Paraguai, havendo relatos de sua ocorrência na região sul do Brasil.

É interessante notar que as numerosas florações produzidas pelo cacto lírio da Páscoa costumam ficar maiores do que a própria planta. As flores desabrocham ao final do dia e costumam durar apenas uma noite. A Echinopsis oxygona floresce quando as temperaturas começam a subir, no início da primavera, e ao longo de todo o verão.

Para o cultivo em áreas externas, sob sol pleno, em jardins rochosos de inspiração desértica, o cacto Echinopsis oxygona exige pouquíssima manutenção. Trata-se de uma espécie que se desenvolve bem em diferentes tipos de solo, principalmente em um substrato apropriado para suculentas.

Ainda assim, esta espécie pode ser mantida em vasos, dentro de casas e apartamentos, desde que o local receba bastante luminosidade, preferencialmente com algumas horas de sol direto, diariamente. Sob estas condições de cultivo, no entanto, o mais provável é que o cacto Echinopsis oxygona não produza flores. Apesar deste inconveniente, seu aspecto vegetativo ainda é bastante ornamental, sendo muito apreciado pelos colecionadores.

O cultivo em vasos requer alguns cuidados específicos. O recipiente feito de barro apresenta a vantagem de ser mais poroso, permitindo que o solo em seu interior seque mais rapidamente, após as regas.

Já o vaso de plástico retém a umidade no substrato por um período mais prolongado. Sendo assim, a frequência das regas deve ser ainda mais lenta e pouco espaçada. De modo geral, somente regamos quando o solo estiver completamente seco. Neste momento, percebemos que o vaso fica mais leve, sendo este um outro ótimo indicativo para avaliar se é hora da rega.

Também é importante que o cacto Echinopsis oxygona seja cultivado em um vaso com bastante furos no fundo. Esta é uma planta que não vai bem em terrários ou bacias de suculentas sem uma drenagem. Uma camada de pedrisco ou argila expandida no fundo, para escoar o excesso de regas.

Ainda que a Echinopsis oxygona seja pouco exigente quanto à natureza do solo, no meu caso usei uma mistura para suculentas que utiliza uma mistura de terra vegetal e areia grossa de construção, carvão vegetal e um substrato bem aerado, capaz de promover uma drenagem eficiente da água proveniente das regas.

Ainda é importante a adubos específicos para cactos e suculentas. Formulações de manutenção, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes macronutrientes, são suficientes para garantir um bom desenvolvimento do cacto Echinopsis oxygona. Convém evitar fertilizantes ricos em nitrogênio, que tendem a acelerar o desenvolvimento vegetativo, produzindo uma planta mais estiolada, com tecidos mais frágeis e suscetíveis aos ataques de pragas como por exemplo as cochonilhas (Dactylopius).  

Portanto, essa Cactaceaes possuem excelentes e belíssimas flores, multiplica-se por brotos laterais, que surgem espontaneamente, a partir da base da planta mãe. Também é possível propagar esta espécie através de suas sementes. É bom tem cuidados com crianças e pets, uma vez que seus espinhos podem causar acidentes. Existem algumas variedades nas quais estas estruturas são menos agressivas ou até ausentes. No entanto, é sempre bom averiguar, com antecedência. Esse cacto é bastante resistente e de fácil cultivo. Ainda que possui belíssimas flores, podendo usar em ambientes externos e interno com luz direta.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Subclasse: Magnoliidae

Ordem: Caryophyllares

Família: Cactaceae

Género: Echinopsis

Espécie: Echinopsis oxygona 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME CIENTÍFICO: Echinopsis oxygona 

PSEUDÔNIMO: cacto lírio da Páscoa.

FAMÍLIA: Cactaceae

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Continente da América do sul, com países como (Argentina, Uruguai e Paraguai, havendo relatos de sua ocorrência na região sul do Brasil – Pampas Gaúcho e Mata Atlântica).

PORTE: Chega atingir 20 centímetros de altura.

FOLHAS: modificadas em espinhos, com três espinhos radiais.

TRONCO: Presente.

LUMINOSIDADE: sol pleno.

ÁGUA: precisa de água sem encharcamento, só quando o substrato estive seco.

CLIMA: Continental, Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semi-árido, Subtropical, Tropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água

UTILIZAÇÃO: planta ornamental.

PROPAGAÇÃO: por brotos laterais.

VARIEDADES: com poucas variedades.

 

REFERÊNCIAS:

CARNEIRO, A. M. Et al. CACTOS do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Fundação Zoobotânica, do Rio Grande do Sul, 2016. p. 224. Publicação do Projeto RS Biodiversidade. ISBN 978-85-60378-11-1. Disponívem em: http://www.fzb.rs.gov.br/upload/20160503165856cactos_do_rio_grande_do_sul.pdf acesso em 02 de maio 2021.

 

Disponível em: http://llifle.com/Encyclopedia/CACTI/Family/Cactaceae/Echinocactus/  Acesso em 03 maio 2021.