segunda-feira, 7 de julho de 2025

BILLBERGIA PYRAMIDALIS (SIMS) LINDL.



 

Billbergia pyramidalis (Sims) Lindl. é uma planta da família Bromeliaceae, conhecido popularmente como bromélia-tocha-flamejante ou planta-infalível. É uma espécie de bromélia nativa do norte da América do Sul e partes do Caribe.

É uma planta herbácea, perene, acaule (sem caule aparente), formando touceiras densas. Pode ser terrestre (crescendo no solo) ou epífita (sobre árvores).  Possuem raízes aéreas (suporte ou aderente) e subterrânea (fasciculada), além, de possui raízes que a ancoram ao substrato, seja em árvores como epífita, em rochas como rupícola, ou mesmo no solo como terrestre. As raízes são responsáveis por absorver água e nutrientes, e também por fixar a planta ao seu local de crescimento. Seu caule usado para a propagação vegetativa(s) por estolão (horizontal), aéreo, ereto do tipo colmo, silicoso, cilíndrico e com nós e entrenós. Já as suas folhas são incompletas, séssil, formando uma roseta infundibuliforme, laminar e lanceolada, de consistência cartácea, de coloração verde claro brilhante a verde intenso brilhante, as vezes com estria(s) transversal(ais) alvo lepidota(s) na(s) face(s) abaxial; margem(ns) foliar(es) com acúleo(s) inconspícuo(s). Sua inflorescência de forma piramidal (característica que dá nome à espécie), sustentada por um escapo floral ereto do tipo terminal, pluriflora, formando uma densa espiga. Suas flores são tubulares, vermelhas ou róseas, com detalhes azuis ou amarelos nas pontas; cilíndrica, diclamídeas, heteroclamídeas, andrógenas, estames isodínamos, ovário subcilíndrico a cilíndrico, liso a levemente sulcado, branco, flocoso; tubo epigíneo, placentação mediano-superior; óvulos anátropos; estigma azul ou verde. Com seus frutos simples, carnosos do tipo bagas e sementes truncadas (incompletas) e lisas.

Portanto é muito resistente e fácil de cultivar. A cor das pétalas é a melhor forma de identificar suas quatro variedades, todas muito apreciadas como plantas ornamentais. No Brasil, é fácil encontrar a Billbergia pyramidalis no Rio de Janeiro, mas ela também ocorre nos demais estados da região Sudeste e na Bahia. Essa planta floresce no verão/outono, com duração de 3 semanas. Em cultivo, pode florescer mais de uma vez ao ano. No Brasil, já foi considerada ameaçada em São Paulo (lista vermelha), mas hoje seu status é pouco documentado.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Subfamília: Bromelioideae A. Juss.

Gênero: Billbergia Thunb.

Espécies: Billbergia pyramidalis (Sims) Lindl.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Espécies: Billbergia pyramidalis (Sims) Lindl.

VARIEDADES: 

B. pyramidalis var. concolor (flores totalmente vermelhas). 

B. pyramidalis var. lutea (flores com base amarela). 

SINONÍMIA:  

Tillandsia farinosa Schult. & Schult.f.

Pitcairnia fastuosa C.Morren

Jonghea splendida Lem.

Bromelia pyramidalis Sims

Bromelia nudicaulis Rchb.

Billbergia thyrsoidea var. zonata

Billbergia thyrsoidea var. splendida

Billbergia thyrsoidea var. miniatorosea

Billbergia thyrsoidea var. longifólia

Billbergia thyrsoidea var. fastuosa

Billbergia thyrsoidea Mart. ex Schult. & Schult.f.

Billbergia splendida Lem.

Billbergia setosa Baker

Billbergia schultesiana Baker

Billbergia pyramidalis var. zonata

Billbergia pyramidalis var. vernicosa

Billbergia pyramidalis var. striata

Billbergia pyramidalis var. lutea

Billbergia pyramidalis var. farinosa

Billbergia pyramidalis var. croyana

Billbergia pyramidalis var. concolor

Billbergia pyramidalis var. bicolor

Billbergia punicea Beer

Billbergia paxtonii Beer

Billbergia miniatorosea Lem.

Billbergia longifolia K.Koch & C.D.Bouché

Billbergia loddigesii Steud.

Billbergia lemoinei André

Billbergia fastuosa (C.Morren) Beer

Billbergia fasciata var. splendens

Billbergia croyana De Jonghe ex Lem.

Billbergia bicolor Lodd.

Billbergia atrorosea Drapiez

Billbergia andegavensis André


NOME BINOMIAL: Billbergia pyramidalis (Sims) Lindl. (originalmente descrita como Bromelia pyramidalis por John Sims em 1815, reclassificada por Lindley em 1827). 

PSEUDÔNIMO: bromélia tocha-flamejante ou planta-infalível  

FAMÍLIABromeliaceae

ORIGEM: é originária do norte da América do Sul, incluindo partes do Caribe e o Brasil.

RAIZ: suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao substrato).

CAULE: seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.

FOLHAS: Já suas folhas são incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear, seu bordo é ligeiramente serrilhado, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna. De coloração verde-clara, intensificados sob luz forte. Na sua superfície foliar apresenta tricomas absorventes (escamas epidérmicas típicas da família Bromeliaceae).

INFLORESCÊNCIAS: com sua inflorescência terminal, pluriflora, racemosa e do tipo espiga piramidal.   

FLORES: já as suas flores são sésseis, inseridas no centro da roseta (brácteas geralmente vermelhas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor vermelhas ou rosas, pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica), morrendo após a floração.

FRUTOS: seus frutos são simples, carnosos e baga.

PORTE: chegando aproximadamente até um metro e meio das raízes até o ápice da inflorescência da bromélia.

LUMINOSIDADE: sol difuso ou indireto.

CATEGORIA: planta ornamental.

ÁGUA: o necessário sem encharcamento.

CLIMA: tropical e neotropical

CULTIVO: terrestre ou raramente epífita.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental, paisagismo e jardins internos e externo sombreado e sol filtrado.

PROPAGAÇÃO: por sementes ou estolhos (hastes laterais) que geram filhotes para propagação assexuada. 

SUBSTRATO: casca de pinus, croquete de coco, perlita, terra rica em nutrientes, carvão vegetal e pedaços de troncos.

FERTILIZAÇÃO: pode ser feita com uma mistura de solo bem drenante, que combine terra vegetal, areia e composto. 

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT: é uma planta tropical, encontrada nos países da América Central e Sul, especialmente no Brasil. No Brasil, mais de 74% das espécies de bromélias só existem na Mata Atlântica e a família Bromeliaceae é a maior família de angiospermas neotropicais.

ECOLOGIA: a inserção de bromélias em florestas é importante para a recuperação dos processos ecológicos. As bromélias são conhecidas pela beleza de suas formas, cores e inflorescências.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito utilizada em jardins e pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que ser filtrado, podendo ser cultivada em jardins interno e externo. Resistente a pragas, mas sensível a fungos em excesso de umidade. 

POLINIZADOR: a polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros (ornitofilia). 

OBSERVAÇÃO: as bromélias não são criadouros preferenciais do mosquito da dengue, segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Por que as bromélias não são criadouros do mosquito da dengue? O acúmulo de água nas folhas da bromélia não favorece a reprodução do mosquito; o "suco" biológico resultante do acúmulo de água nas folhas da planta não favorece a reprodução do inseto; os estudos mostram que as bromélias não representam microhabitats para o desenvolvimento dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O que são os principais criadouros do mosquito da dengue? São: baldes, pneus, caixas d'água abertas, garrafas, calhas, principalmente quando obstruídas que represam água, piscinas descobertas e não tratadas, sacolas plásticas e bebedouros de animais de estimação.

Para evitar a aproximação do mosquito, pode-se adicionar: Palha de madeira, Fibra de coco fina nos tanques das bromélias, triturado de restos de poda.

 

 

FOTOS: Fotografado no @centro_das_plantas – André Paisagismo, defronte ao Shopping Pátio, Caumé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 07 junho 2025. 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Billbergia+pyramidalis&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 07 julho 2025.

 

Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/estudo-indica-que-bromelias-nao-constituem-focos-preferenciais-do-mosquito-da-dengue Acesso em 07 julho 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=207784206 Acesso em 07 julho 2025.

 

NEVES, B. et al. Aechmea e gêneros relacionados (Bromelioideae, Bromeliaceae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 66 Jun 2015. Disponíveis em https://doi.org/10.1590/2175-7860201566220 Acesso em 07 julho 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

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