Billbergia
pyramidalis (Sims) Lindl. é uma planta da família Bromeliaceae, conhecido
popularmente como bromélia-tocha-flamejante ou planta-infalível. É uma espécie
de bromélia nativa do norte da América do Sul e partes do Caribe.
É
uma planta herbácea, perene, acaule (sem caule aparente), formando touceiras
densas. Pode ser terrestre (crescendo no solo) ou epífita (sobre árvores). Possuem raízes aéreas (suporte ou aderente) e
subterrânea (fasciculada), além, de possui raízes que a ancoram ao substrato,
seja em árvores como epífita, em rochas como rupícola, ou mesmo no solo como
terrestre. As raízes são responsáveis por absorver água e nutrientes, e
também por fixar a planta ao seu local de crescimento. Seu caule usado para a
propagação vegetativa(s) por estolão (horizontal), aéreo, ereto do tipo
colmo, silicoso, cilíndrico e com nós e entrenós. Já as suas folhas são
incompletas, séssil, formando uma roseta infundibuliforme, laminar e
lanceolada, de consistência cartácea, de coloração verde claro brilhante a
verde intenso brilhante, as vezes com estria(s) transversal(ais) alvo
lepidota(s) na(s) face(s) abaxial; margem(ns) foliar(es) com
acúleo(s) inconspícuo(s). Sua inflorescência de forma piramidal (característica
que dá nome à espécie), sustentada por um escapo floral ereto do tipo terminal,
pluriflora, formando uma densa espiga. Suas flores são tubulares, vermelhas ou
róseas, com detalhes azuis ou amarelos nas pontas; cilíndrica, diclamídeas, heteroclamídeas,
andrógenas, estames isodínamos, ovário subcilíndrico a cilíndrico, liso a
levemente sulcado, branco, flocoso; tubo epigíneo, placentação
mediano-superior; óvulos anátropos; estigma azul ou verde. Com seus frutos simples,
carnosos do tipo bagas e sementes truncadas (incompletas) e lisas.
Portanto
é muito resistente e fácil de cultivar. A cor das pétalas é a melhor forma de
identificar suas quatro variedades, todas muito apreciadas como plantas
ornamentais. No Brasil, é fácil encontrar a Billbergia pyramidalis
no Rio de Janeiro, mas ela também ocorre nos demais estados da região Sudeste e
na Bahia. Essa planta floresce no verão/outono, com duração de 3 semanas. Em
cultivo, pode florescer mais de uma vez ao ano. No Brasil, já foi considerada
ameaçada em São Paulo (lista vermelha), mas hoje seu status é pouco documentado.
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Bromelioideae
A. Juss.
Gênero: Billbergia
Thunb.
Espécies: Billbergia
pyramidalis (Sims) Lindl.
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA:
ESPÉCIE: Espécies: Billbergia
pyramidalis (Sims) Lindl.
VARIEDADES:
B.
pyramidalis var. concolor (flores totalmente vermelhas).
B.
pyramidalis var. lutea (flores com base amarela).
SINONÍMIA:
Tillandsia
farinosa Schult. & Schult.f.
Pitcairnia
fastuosa C.Morren
Jonghea
splendida Lem.
Bromelia
pyramidalis Sims
Bromelia
nudicaulis Rchb.
Billbergia
thyrsoidea var. zonata
Billbergia
thyrsoidea var. splendida
Billbergia
thyrsoidea var. miniatorosea
Billbergia
thyrsoidea var. longifólia
Billbergia
thyrsoidea var. fastuosa
Billbergia
thyrsoidea Mart. ex Schult. & Schult.f.
Billbergia
splendida Lem.
Billbergia
setosa Baker
Billbergia
schultesiana Baker
Billbergia
pyramidalis var. zonata
Billbergia
pyramidalis var. vernicosa
Billbergia
pyramidalis var. striata
Billbergia
pyramidalis var. lutea
Billbergia
pyramidalis var. farinosa
Billbergia
pyramidalis var. croyana
Billbergia
pyramidalis var. concolor
Billbergia
pyramidalis var. bicolor
Billbergia
punicea Beer
Billbergia
paxtonii Beer
Billbergia
miniatorosea Lem.
Billbergia
longifolia K.Koch & C.D.Bouché
Billbergia
loddigesii Steud.
Billbergia
lemoinei André
Billbergia
fastuosa (C.Morren) Beer
Billbergia
fasciata var. splendens
Billbergia
croyana De Jonghe ex Lem.
Billbergia
bicolor Lodd.
Billbergia
atrorosea Drapiez
Billbergia
andegavensis André
NOME
BINOMIAL: Billbergia pyramidalis (Sims) Lindl. (originalmente
descrita como Bromelia pyramidalis por John Sims em 1815, reclassificada por
Lindley em 1827).
PSEUDÔNIMO: bromélia
tocha-flamejante ou planta-infalível
FAMÍLIA: Bromeliaceae
ORIGEM: é
originária do norte da América do Sul, incluindo partes do Caribe e o Brasil.
RAIZ: suas
raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao
substrato).
CAULE: seu
caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente
caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.
FOLHAS: Já suas
folhas são incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de
consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do
limbo linear, seu bordo é ligeiramente serrilhado, base trucada e ápice
mucronada, filotaxia alterna. De coloração verde-clara, intensificados sob luz
forte. Na sua superfície foliar apresenta tricomas absorventes (escamas
epidérmicas típicas da família Bromeliaceae).
INFLORESCÊNCIAS: com sua
inflorescência terminal, pluriflora, racemosa e do tipo espiga piramidal.
FLORES: já as
suas flores são sésseis, inseridas no centro da roseta (brácteas geralmente
vermelhas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor vermelhas ou rosas,
pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica), morrendo após
a floração.
FRUTOS: seus
frutos são simples, carnosos e baga.
PORTE: chegando
aproximadamente até um metro e meio das raízes até o ápice da inflorescência da
bromélia.
LUMINOSIDADE: sol
difuso ou indireto.
CATEGORIA: planta
ornamental.
ÁGUA: o
necessário sem encharcamento.
CLIMA: tropical
e neotropical
CULTIVO:
terrestre ou raramente epífita.
UTILIZAÇÃO: planta
ornamental, paisagismo e jardins internos e externo sombreado e sol filtrado.
PROPAGAÇÃO: por
sementes ou estolhos (hastes laterais) que geram filhotes para propagação
assexuada.
SUBSTRATO: casca
de pinus, croquete de coco, perlita, terra rica em nutrientes, carvão vegetal e
pedaços de troncos.
FERTILIZAÇÃO: pode
ser feita com uma mistura de solo bem drenante, que combine terra vegetal,
areia e composto.
CICLO
DE VIDA: perene
HABITAT: é uma
planta tropical, encontrada nos países da América Central e Sul, especialmente
no Brasil. No Brasil, mais de 74% das espécies de bromélias só existem na Mata
Atlântica e a família Bromeliaceae é a maior família de angiospermas
neotropicais.
ECOLOGIA: a
inserção de bromélias em florestas é importante para a recuperação dos
processos ecológicos. As bromélias são conhecidas pela beleza de suas formas,
cores e inflorescências.
IMPORTÂNCIA
ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito utilizada em jardins e
pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que ser filtrado, podendo
ser cultivada em jardins interno e externo. Resistente a pragas, mas sensível a
fungos em excesso de umidade.
POLINIZADOR: a
polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e
pássaros (ornitofilia).
OBSERVAÇÃO: as
bromélias não são criadouros preferenciais do mosquito da dengue, segundo o
Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Por que as bromélias não são criadouros do
mosquito da dengue? O acúmulo de água nas folhas da bromélia não favorece a
reprodução do mosquito; o "suco" biológico resultante do acúmulo de
água nas folhas da planta não favorece a reprodução do inseto; os estudos
mostram que as bromélias não representam microhabitats para o desenvolvimento
dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
O
que são os principais criadouros do mosquito da dengue? São: baldes, pneus,
caixas d'água abertas, garrafas, calhas, principalmente quando obstruídas que
represam água, piscinas descobertas e não tratadas, sacolas plásticas e
bebedouros de animais de estimação.
Para
evitar a aproximação do mosquito, pode-se adicionar: Palha de madeira,
Fibra de coco fina nos tanques das bromélias, triturado de restos de poda.
FOTOS: Fotografado
no @centro_das_plantas – André Paisagismo,
defronte ao Shopping Pátio, Caumé, Boa Vista, Roraima, Brasil,
07 junho 2025.
REFERÊNCIAS:
Disponível
em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/estudo-indica-que-bromelias-nao-constituem-focos-preferenciais-do-mosquito-da-dengue Acesso em
07 julho 2025.
Disponível
em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=207784206 Acesso em
07 julho 2025.
NEVES,
B. et al. Aechmea e gêneros relacionados (Bromelioideae,
Bromeliaceae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil.
Rodriguésia 66 Jun 2015. Disponíveis em https://doi.org/10.1590/2175-7860201566220 Acesso
em 07 julho 2025.
VIDAL,
W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros
sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021
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