sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

POLYALTHIA LONGIFOLIA (SONN.) THWAITES

 





Polyalthia longifolia (Sonn.) Thwaites é uma planta da família Annonaceae Juss., pertencente a variedade Polyalthia longifolia var. pendula, por apresentar as suas folhas arqueadas. É uma árvore, perene, nativa da Ásia, especialmente da Índia, Sri Lanka, que é conhecida popularmente como árvore mastro, pela sua exuberância e imponência no ambiente cultivado.

Essa planta possui raízes subterrâneas, pivotante, ramificadas com raízes secundárias monopodial. A casca pode desprender-se ocasionalmente externa, lisa, de cor castanho-claro, o tronco interno fibroso e de coloração cremosa.

Já as suas folhas são completas, simples, pecioladas, peninérvea, coriácea, glabra, lisa, lanceolada, bordo liso, ápice acuminado, base atenuada, filotaxia alterna e prefoliação conduplicada.

No entanto, suas inflorescências são laterais, uni ou pluriflora, simples, indefinida, do tipo umbela. São de cores verde-pálido ou amarelada, pequenas e têm um formato de estrela, com seis pétalas longas, estreitas e onduladas dispostas em duas camadas de três. Exalando um perfume suave, especialmente durante o período de floração. A floração ocorre por um período curto, geralmente na primavera ou início do verão (entre março e junho no hemisfério norte). Devido ao seu tamanho e cor, a floração é muitas vezes pouco notada visualmente, sendo a forma colunar e a folhagem da árvore as características de maior destaque no paisagismo brasileiro e mundial.

Com flores são pequenas, discretas e geralmente esverdeadas ou amareladas, sem grande valor ornamental. Elas não são a característica mais notável da árvore, que é mais conhecida por seu formato colunar imponente. Sendo assim, diclamídea (possuem cálice e corola), heteroclamídeas (cálice 03 sépalas e corola 06 pétalas), andrógena, possuem um androceu polistêmone (com mais de 10 estames), possuem gineceu hipógino, isso significa que o ovário da flor é súpero, posicionado acima do ponto de inserção das outras partes florais (sépalas, pétalas e estames) no receptáculo floral. 

Já os seus frutos são simples, carnosos, pequenos, drupa, lenhosas de cor verde que se tornam pardas, vermelhos ou enegrecidas quando totalmente maduros. Eles se formam em inflorescências tipo umbela após a floração, que geralmente ocorre de forma discreta. Com sua semente única, oval e um pouco alongado, porém pequena.

Portanto, é uma árvore, perene, asiática, também conhecida como Árvore-mastro ou Choupala, da família Annonaceae, famosa por suas folhas longas e estreitas, crescimento simétrico e uso na medicina tradicional por suas propriedades antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias, sendo usada para febre, diabetes, hipertensão e como barreira contra poluição sonora e do ar. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Subclasse: Magnólidos

Ordem: Magnólias

Família: Annonaceae Juss.

subfamília Annonoideae

Tribus: Annoneae

Gênero:  Polyalthia

Espécies: Polyalthia longifolia (Sonn.) Thwaites

Variedade: Polyalthia longifolia var. pendula 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIESPolyalthia longifolia (Sonn.) Thwaites

VARIEDADE: Polyalthia longifolia var. pendula 

SINONÍMIA:  Uvaria longifolia Sonn.

PSEUDÔNIMO: ÁRVORE MASTRO

FAMÍLIAAnnonaceae Juss.

ORIGEM: nativa da Ásia (Índia, Sri Lanka).

RAÍZES: são subterrâneas, pivotante, ramificadas com raízes secundárias monopodial.

CAULE: é do tipo tronco, caracterizado por ser lenhoso, ereto e cilíndrico. A árvore ultrapassando os 20 metros de altura. Já as suas ramificações mais comuns no paisagismo (var. pendula), o tronco é indiviso e as ramificações são curtas e densas, crescendo para baixo (pendentes), o que confere à árvore seu formato colunar ou piramidal característico. Sua casca é geralmente de cor cinza-acastanhada escura, podendo ser lisa ou apresentar fissuras longitudinais conforme a maturidade da árvore. No entanto a sua madeira é flexível, leve e de alta durabilidade. Historicamente, devido à sua retidão e resistência, o tronco era utilizado para a fabricação de mastros de navios, origem de um de seus nomes populares. A casca do caule possui aplicações na medicina tradicional (como a Ayurveda) e propriedades farmacológicas, sendo rica em compostos bioativos com ação antioxidante e antibacteriana.

PORTE: é uma árvore de crescimento rápido e vertical, ultrapassando os 20 metros de altura, com uma arquitetura elegante e imponente, formando uma copa estreita e colunar, ideal para paisagismo urbano, muros vivos e barreiras de vento, adaptando-se bem a jardins pequenos.

LUMINOSIDADE: de sol pleno.

CATEGORIA: ornamental (é valorizada em paisagismo por sua folhagem densa e verdes) e uso medicinal especialmente devido aos seus altos níveis de antioxidantes e bactericida. 

ÁGUA: precisa de água sem encharcamento, só quando o substrato estiver completamente seco.

CLIMA: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido, Subtropical, Tropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água

UTILIZAÇÃO: planta ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: pode ser feita por sementes ou por propagação vegetativa, como enxertia e estaquia

SUBSTRATO:  adubo natural

FERTILIZAÇÃO: NPK para frutíferas.

CICLO DE VIDA: Perene

DISPERSÃO DA SEMENTE: ocorre principalmente através da zoocoria, ou seja, pela ação de animais, em particular aves e morcegos que se alimentam de seus frutos. A dispersão por gravidade (barocoria) e por ação humana (antropocoria) também pode ocorrer. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: uso extensivo como planta ornamental e nas suas vastas aplicações na medicina tradicional e farmacologia. A madeira também possui alguns usos industriais específicos. 

POLINIZADOR: é por zoocórica, o que significa que é realizada por animais, principalmente insetos, como abelhas e, possivelmente, besouros. 

FOTOS: Foto das laterais da Floricultura CENTRO DAS PLANTAS 02, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 06 dez. 2025. https://www.instagram.com/centrodasplantas02_/   

 

REFERÊNCIAS:

 

Annonaceae in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB608990>. Acesso em: 19 dez. 2025

 

Disponível

em: https://identify.plantnet.org/pt/useful/species/Polyalthia%20longifolia%20(Sonn.)%20Thwaites/data Acesso em: 18 dez. 2025.

 

Disponível em: https://www.sitiodamata.com.br/especies-de-plantas/arvore-mastro-polyalthia-longifolia-var-pendula.html Acesso em: 18 dez. 2025.

 

JOTHY, S. L. et al. Polyalthia longifolia Sonn: um remédio ancestral a ser explorado em busca de novos agentes terapêuticos. Março de 2013, Revista de Pesquisa em Ciências Farmacêuticas, Biológicas e Químicas 4(1):714-30. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Vijayarathna-Soundararajan/publication/236125020_Polyalthia_longifolia_Sonn_an_Ancient_Remedy_to_Explore_for_Novel_Therapeutic_Agents/links/02e7e516397a190d5d000000/Polyalthia-longifolia-Sonn-an-Ancient-Remedy-to-Explore-for-Novel-Therapeutic-Agents.pdf?origin=publication_detail&_tp=eyJjb250ZXh0Ijp7ImZpcnN0UGFnZSI6InB1YmxpY2F0aW9uIiwicGFnZSI6InB1YmxpY2F0aW9uRG93bmxvYWQiLCJwcmV2aW91c1BhZ2UiOiJwdWJsaWNhdGlvbiJ9fQ&__cf_chl_tk=OB6UvjWjHcTszKvsDqoiPQR2FUtdvZgVQ5jUVMbqhjk-1766183326-1.0.1.1-gqkmLTz47YwWjEocoIgG2fwvJHUyO7bCWc2Rw.rtnds Acesse em: 19 dez. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos

ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

 

#BoaVistaRoraimaBrasil #RuahDeDeus!

 

... por Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com

 

#JESUSéoSENHOR!


quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

ARAEOCOCCUS FLAGELLIFOLIUS HARMS




 

Araeococcus flagellifolius Harms é uma planta da família Bromeliaceae, nativa das regiões da Floresta Amazônica. Não é endêmica do Brasil, porém tem ocorrência em toda Região Norte e Centro-oeste (Mato Grosso) do Brasil. Conhecida popularmente como Bromélia ou simplesmente gravatá.

É uma planta rupícola ou epífita, com raízes de fixação que tem a função de fixação da planta ao substrato (como árvores ou rochas), e não a absorção primária de água e nutrientes. Absorção foliar que absorção de água e nutrientes ocorre principalmente através das folhas, que formam um "tanque" ou reservatório central onde a água da chuva se acumula. Já o seu caule é aéreo, curto, ereto e apresenta estolho.

Já as suas folhas são longas, estreitas e flexíveis, assemelhando-se a chicotes. Elas formam uma roseta fasciculada, arqueando-se e recurvando-se em direção ao ápice. Sendo incompletas, sésseis, paralelinérvea, coriácea, glabra, lisa, acicular, bordo inteiro, ápice acuminado e base truncada, folha simples, vináceas e filotaxia rosetada.  

Suas inflorescências são vistosas, rosa-forte, terminais, pluriflora, simples, indefinidas e do tipo cacho. Já as suas flores são pequenas, brancas, pedunculada, cíclicas, quanto ao número de peças do perianto são diclamídeas, heteroclamídea, andrógenas, isostêmones, com ovário súpero e do tipo hipógena, em síntese é uma flor completa, por apresentar todos os verticilos florais. São gamossépalas (cálice tubuloso) de coloração verde, trímero, persistentes e actinomorfa; já as suas pétalas são três, trímeras, dialipétalas, caduca, actinomorfa, brancas e três estames.

Seus frutos são simples, carnosos, do tipo baga, verdes passando a arroxeados quando maduros. Já as suas sementes são numerosas, pequenas.

É uma planta encontrada no norte da América do Sul, na Amazônia. Na região do Cristalino, ocorre também na mata seca. É uma espécie vistosa, cultivada como ornamental e muito colecionável por sua beleza e elegância.

Portanto é uma planta da família das Bromeliaceae (bromélias), caracterizada por ser epífita (vive sobre outras plantas) ou terrestre, encontrada em florestas úmidas da América do Sul, com folhas lineares e espinescentes, inflorescência em panícula, e flores com pétalas rosadas, sendo uma planta nativa das Campinarana, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea e Savana Amazônica.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Gênero: Araeococcus

Espécies: Araeococcus flagellifolius Harms

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Araeococcus flagellifolius Harms

PSEUDÔNIMO: Bromélia palito

FAMÍLIABromeliaceae

ORIGEM: Floresta amazônica.

PORTE: é considerado de pequeno e médio porte.

RAÍZES: raízes de fixação que tem a função de fixação da planta ao substrato (como árvores ou rochas), e não a absorção primária de água e nutrientes. Absorção foliar que absorção de água e nutrientes ocorre principalmente através das folhas, que formam um "tanque" ou reservatório central onde a água da chuva se acumula.

CAULE: é aéreo, curto, ereto e apresenta estolho.

FOLHAS: são longas, estreitas e flexíveis, assemelhando-se a chicotes. Elas formam uma roseta fasciculada, arqueando-se e recurvando-se em direção ao ápice. Sendo incompletas, sésseis, paralelinérvea, coriácea, glabra, lisa, acicular, bordo inteiro, ápice acuminado e base truncada, folha simples, vináceas e filotaxia rosetada.  

INFLORESCÊNCIAS: são vistosas, rosa-forte, terminais, pluriflora, simples, indefinidas e do tipo cacho.

FLORES: são pequenas, brancas, pedunculada, cíclicas, quanto ao número de peças do perianto são diclamídeas, heteroclamídea, andrógenas, isostêmones, com ovário súpero e do tipo hipógena, em síntese é uma flor completa, por apresentar todos os verticilos florais. São gamossépalas (cálice tubuloso) de coloração verde, trímero, persistentes e actinomorfa; já as suas pétalas são três, trímeras, dialipétalas, caduca, actinomorfa, brancas e três estames.

FRUTOS: são simples, carnosos, do tipo baga, verdes passando a arroxeados quando maduros.

SEMENTES:  são numerosas, pequenas.

LUMINOSIDADE: luz filtrada.

CATEGORIA: ornamental.

ÁGUA: tome cuidado também com as regas excessivas com a planta em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não pegue fungos ou chegue a apodrecer.

CLIMA: essa planta prospera em climas tropicais e subtropicais. 

CULTIVO: é uma planta fácil de cultivar, que se adapta bem a ambientes internos e externos com boa luminosidade indireta e irrigação moderada. Prefere substrato leve e bem drenado, e pode ser fertilizada a cada dois meses. 

UTILIZAÇÃO: usada como planta ornamental, seja em ambientes interiores ou exteriores.

PROPAGAÇÃO:  pode ser propagada através de sementes e, em menor medida, através de mudas que surgem espontaneamente na base da planta mãe ou de filhotes que se desenvolvem nas folhas. A germinação das sementes exige luz e temperatura adequada, e o cuidado com a umidade do substrato é fundamental. 

SUBSTRATO: ideal é uma mistura que ofereça boa drenagem e retenção de água e nutrientes. Uma combinação de casca de pinus, areia de construção e húmus de minhoca é uma ótima opção. Essa planta tem preferência a ambientes com boa luminosidade, mas não sol forte, e aprecia umidade. 

FERTILIZAÇÃO: ela precisa de fertilização para crescer saudável. A fertilização deve ser feita a cada três meses com um fertilizante universal ou para folhas verdes, especialmente durante a primavera e outono. A planta também pode se beneficiar de fertilização orgânica.  

CICLO DE VIDA: tem um ciclo de vida monocárpico, ou seja, floresce apenas uma vez e morre após a floração. No entanto, antes de morrer completamente, a planta-mãe produz filhotes na base, que podem ser removidos e replantados para continuar a espécie.

HABITAT: é uma bromélia epífita ou terrestre, nativa do bioma tropical húmido da América do Sul. 

ECOLOGIA: como muitas bromélias, ela desempenha um papel ecológico importante ao formar micro-habitats. Suas rosetas de folhas longas e delgadas retêm água, criando pequenas "piscinas" que servem de abrigo, fonte de água e local de reprodução para diversos pequenos animais, como insetos, anfíbios e pássaros.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:  

POLINIZADOR:  podem ser polinizadas pelo vento (anemofilia) e animais (zoofilia), especialmente os morcegos (quiropterofilia). 

USO NO PAISAGISMO: uma bromélia epífita nativa que possui potencial ornamental muito grande para paisagismo, sendo apreciada por suas folhas longas e delgadas, que formam um visual exótico semelhante a uma grama, e por seus frutos de cor púrpura escura. 

FOTOS:  Foto das laterais da Floricultura CENTRO DAS PLANTAS 02, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 06 dez 2025.  https://www.instagram.com/centrodasplantas02_/   

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/estudo-indica-que-bromelias-nao-constituem-focos-preferenciais-do-mosquito-da-dengue Acesso em 26 abril 2025.

 

Disponível em: https://www.worldfloraonline.org/taxon/wfo-0000340558 Acesso em: 18 dez. 2025.

PONTES, R.A.S. Araeococcus in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB34255>. Acesso em: 18 dez. 2025  

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

#BoaVistaRoraimaBrasil #RuahDeDeus!

... por Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com

 

#JESUSéoSENHOR!