domingo, 23 de março de 2025

ACMELLA OLERACEA (L.) R.K.Jansen




 

Acmella oleracea (L.) R.K.Jansen é uma planta da família Asteraceae, conhecida popularmente como Jambu aqui em Boa Vista, Roraima, Brasil. É uma planta herbácea, anual, de pequeno porte, crescendo até cerca de 20-40 cm de altura. Essa planta é rica em compostos bioativos, como flavonoides, taninos e saponinas, que conferem propriedades medicinais. Já na culinária é uma planta muito utilizado na culinária da região Norte do Brasil, especialmente em pratos como o tacacá e o pato no tucupi.

Suas raízes são axiais, ramificadas, adaptadas à ambiente úmido e alagado. Já o seu caule é aéreo, rastejantes, adaptado ao ambiente aquático de coloração verde e avermelhado.  Com folhas são simples, opostas, ovais a lanceoladas, com margens serrilhadas, com textura suave, membranosa e coloração verde. As suas inflorescências laterais, pluriflora, racemosa do tipo capitulo, com pequenas e amarelas, dotadas de um disco central proeminente. Já nas suas flores contém espilantol, uma espécie de alcaloide responsável pela sensação de formigamento ou dormência quando as folhas ou flores são mastigadas.

Portanto, é uma planta herbácea, anual, semiereta e ramificada. Atinge em torno de 20-40 cm de altura. Já as suas lindas flores são amarelas, pequenas e dispostas em capítulos. Prefere clima quente e úmido. Temperaturas abaixo de 15ºC prejudicam a planta, sendo ideal temperatura acima de 26ºC. Pode ser cultivado o ano todo em regiões de climas quentes, e durante a primavera e o verão em outras regiões. Pode permanecer em locais com luminosidade direta ou em meia-sombra. Gosta de solo bem drenado, leve e rico em matéria orgânica. É considerada uma Planta Alimentícia não Convencional (PANC) rica em compostos bioativos, como flavonoides, taninos e saponinas, que conferem propriedades medicinais. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Asteróides

Ordem: Asterales

Família: Asteraceae

Sub-família: Asteroideae

Gênero: Acmella

Espécie: Acmella oleracea

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME CIENTÍFICOAcmella oleracea (L.) R.K.Jansen

SINÔNIMO:

Spilanthes oleracea L.

Bidens fervida Hort. ex Colla

Bidens fusca Lam.

PSEUDÔNIMO: Jumbu, agrião-do-pará, abecedária, erva-dentária.

FAMÍLIA: Asteraceae

CICLO DE VIDA: Anual

ORIGEM: encontrada em regiões tropicais próximas à linha do Equador na África, Ásia e América do Sul. A ausência de grandes populações selvagens indica que esta planta não é nativa do Brasil, sendo encontrada apenas na forma domesticada. 

PORTE: pode atingir até 40 centímetro de altura. 

FOLHAS: folha completa, peciolada, simples, pequena, lanceoladas, com margens serrilhadas, com textura suave, membranosa e coloração verde, filotaxia oposta.

INFLORESCÊNCIAS: quanto a posição oposta, pluriflora, flores tipo indefinida do tipo capítulo.  

FLORES: flores de coloração amarela, brácteas de coloração amarelas clara, apresenta pedúnculo e cíclica. Suas flores de formato oval e pontiagudo, com uma cor amarela.

CAULE: planta apresenta um caule rastejante, de coloração verde a vermelho.    

LUMINOSIDADE: Sol pleno e difuso.

ÁGUA: precisa de muita água.

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental. Não tolera o frio e geadas fracas.

CULTIVO: De crescimento rápido, gosta de solos super encharcado.

UTILIZAÇÃO: planta alimentícia, ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: Multiplica-se facilmente por sementes e estacas.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: ornamentação, paisagístico, alimentação, produção de óleo e medicação.

SUBSTRATO: Para plantas ornamentais em vasos, é só planta na terra do jardim, que as sementes germinam com facilidade.

ALIMENTAÇÃO: essa planta é usada em pratos como: pato no tucupi, maniçoba, tacacá, arroz com jambu, etc..

POLINIZADOR: a polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros (ornitofilia).

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais úmidos e sol pleno, na germinação, Depois, é só deixar, que ela se desenvolve muito bem. Pode usar o MPK – 10, 10, 10. O plantio da semente deverá ser no período chuvoso. 

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: encontrada na região amazônica, especialmente em canteiro e jardinagem, mas atualmente cultivada em várias partes do mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais.   

 

FOTOS: Fotografado no março da feira do Passarão em Boa Vista, Roraima, Brasil.

 

 

REFERÊNCIAS:

Disponível em: https://herbariomfs.uepa.br/colecao-biocultural/jambu-exsicata/ Acesso em 23 março 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=5&genero=Acmella&especie=oleracea&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 23 março 2025.

Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1131142/1/Extrato-etanolico.pdf Acesso em 23 março 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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sábado, 22 de março de 2025

EUGENIA UNIFLORA L. - PITANGA





 

Eugenia uniflora L. é uma planta da família botânica Myrtaceae. Nativa da América do Sul, é conhecida popularmente como Pitanga e a pitangueira é amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais, especialmente no Brasil, por seus frutos saborosos, afrodisíaco e atraentes.

Suas raízes são axiais, ramificadas e subterrânea, com caule amarronzadas, tortuoso, irregular, ramificado e avermelhado. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Já as suas folhas são ovais, brilhantes e aromáticas, frequentemente utilizadas em chás com propriedades medicinais. Com fruto em forma de uma baga globosa, com coloração que varia do verde ao vermelho ou roxo quando madura, dependendo da variedade. Possui um sabor doce e levemente ácido, muito apreciado in natura ou em sucos, geleias e sobremesas. Com flores brancas e pequenas, atraindo abelhas e outros polinizadores.

Portanto, esse arbusto, pode atingir até 10 metros de altura, mas geralmente é menor quando cultivada. Já os seus frutos são consumidos frescos ou processados em sucos, sorvetes e doces. Na Medicinal Tradicional as suas folhas são usadas em chás para tratar problemas digestivos, febre e inflamações. Essa planta é conhecida como Pitangueira. O nome "pitanga" vem do tupi-guarani, significando "vermelho", em referência à cor do fruto maduro. A espécie é considerada resistente e adaptável, podendo ser cultivada em diferentes tipos de solo.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Gênero: Eugenia uniflora L.

Espécies: Eugenia uniflora L.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Eugenia uniflora L.

SINONÍMIA:  

Eugenia arechavaletae Herter; E. brunnea (O.Berg) Nied.; E. dasyblasta (O.Berg) Nied.; E. decidua Merr.; E. diaphana Kiaersk.; E. fuscopunctata Kiaersk.; E. gracilipes Kiaersk.; E. michelii Lam.; E. oblongifolia (O.Berg) Nied.; E. strigosa (O.Berg) Arechav.; E. zeylanica Willd.; Luma arechavaletae (Herter) Herter; L. costata (Cambess.) Herter; L. dasyblasta (O.Berg) Herter; L. strigosa (O.Berg) Herter; Myrtus brasiliana L.; M. willdenowii Spreng.; Plinia pedunculata L.f.; P. petiolata L.; P. tetrapetala L.; Stenocalyx affinis O.Berg; S. brunneus O.Berg; S. costatus (Cambess.) O.Berg; S. dasyblastus O.Berg; S. glaber O.Berg; S. grandifolius O.Berg; S. impunctatus O.Berg; S. lucidus O.Berg; S. michelii (Lam.) O.Berg; S. oblongifolius O.Berg; S. strigosus O.Berg; S. michelii (Lam.) Duthie; S. uniflorus (L.) Kausel. (Flora do Brasil, 2017).

PSEUDÔNIMO: Pitanga

FAMÍLIAMyrtaceae

ORIGEM: é uma espécie nativa, porém não endêmica do Brasil, sendo encontrada também no Paraguai, Argentina e Uruguai.

RAIZ: a raiz é pivotante, com raízes secundárias e terciárias.

CAULE: seus caules são tortuosos, irregulares, ramificados e avermelhados. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Com tronco externo liso, de cor castanho-claro e o tronco interno fibroso, de cor creme com estrias rosadas.

FOLHAS: suas folhas são ovais, avermelhadas quando jovens, de coloração verde-intensa posteriormente, simples, pecioladas, quanto a nervação é peninérvea, de consistência herbácea, lisa, ovada, ápice aguda, base acunheada e filotaxia oposta.   

INFLORESCÊNCIAS: sua inflorescência é composta por flores pequenas, brancas, perfumadas e hermafroditas. Elas podem ser solitárias ou agrupadas em inflorescências.

FLORES: suas flores são pequenas, brancas, perfumadas, hermafroditas, com estames longos, produzem néctar, homoclamídea, cálice com 4 sépalas; corola com 4 pétalas, livres, branco-creme, caducas, obovaladas, de 6-8mm de comprimento; polistêmones, estames numerosos; ovário com 2 lóculos (bilocular), com vários óvulos (às vezes 3), glabro, 8 saliências; estilete filiforme, com 6mm de comprimento, e estigma capitado.

FRUTOS: possuem um fruto simples carnoso do tipo baga globosa, deprimida nos polos, com 7-10 sulcos mais ou menos marcados no sentido longitudinal, coroado com as sépalas persistentes. Quando inicia o processo de maturação, o epicarpo passa do verde para o amarelo, alaranjado, vermelho, vermelho-escuro, podendo chegar até quase o negro. O sabor é doce e ácido, e o aroma muito intenso e característico da espécie. Com endocarpo de coloração é rósea à vermelha.

SEMENTE: apresenta uma semente grande ou duas ou três pequenas, globosas, achatadas sobre seus sulcos comuns. O tegumento é bastante aderente à amêndoa, a qual tem coloração verde-clara.

PORTE: pode chegar de dois a quatro metros de altura.

LUMINOSIDADE: de sol pleno.

CATEGORIA: frutífera, ornamental (é valorizada em paisagismo por sua folhagem densa e frutos coloridos) e medicinal (esta espécie pertence à família Myrtaceae que apresenta espécies com compostos fenólicos com ação antioxidante e algumas com ação hipoglicemiante e antirreumáticas, também utilizadas em distúrbios estomacais e como anti-hipertensiva.

ÁGUA: precisa de água sem encharcamento, só quando o substrato estiver completamente seco.

CLIMA: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido, Subtropical, Tropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água

UTILIZAÇÃO: planta frutífera, ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: pode ser feita por sementes ou por propagação vegetativa, como enxertia e estaquia

SUBSTRATO:  adubo natural

FERTILIZAÇÃO: NPK para frutíferas.

CICLO DE VIDA: Perene

DISPERSÃO DA SEMENTE: a dispersão das sementes da pitangueira é feita por gravidade e por animais específicos, como algumas aves e mamíferos.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: aqui na região é feito do fruto suco e geleias.

POLINIZADOR: sua polinização se dá por mosca, abelhas, etc.

 

FOTOS: Foi da Maria do Socorro, residência, Boa Vista, Roraima, Brasil. 20 março 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

FLORA DO BRASIL. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=227006735 Acesso em 21 mar. 2025.

 

PELACANI, M. G.N et al. BIOLOGIA FLORAL DA PITANGUEIRA

(Eugenia uniflora L., MYRTACEAE) ARGUMENTO, Ano II, No 4, julho/2000

Disponível em: https://revistas.anchieta.br/index.php/revistaargumento/article/view/490/420 Acesso em 22 março 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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