Cucurbita
maxima Duchesne
ex Lam. É uma planta da família botânica Curcubitaceae, nativa América do Sul,
sendo cultivada em vários países dos dois hemisférios. No Brasil, é
cultivada em todos os estados. Conhecida popularmente como abóbora jerimum
ou moranga. Espécie amplamente cultivada no Brasil, com inúmeras variedades,
suas formas silvestres ancestrais se encontram no norte da Argentina, Bolívia e
Uruguai.
É uma
planta herbácea de caule volúvel (trepador), cilíndrico, fistuloso, com até 10
m de comprimento, recoberto por tricomas ásperos. Suas folhas são Grandes
(15–40 cm de diâmetro), alternas, simples, cordiformes na base, com margens
lobadas e recortadas, pecíolo longo e fistuloso. Superfície áspera devido a
tricomas rígidos. Com flores monóicas, actinomorfas, amarelas e vistosas.
Flores masculinas com pedicelo longo (10–30 cm) e 5 estames; flores femininas
com pedicelo curto e ovário ínfero, trilocular. Já os seus frutos são pepónio
(tipo baga carnosa) de formato variável (globoso, achatado, alongado), casca
lisa ou sulcada, coloração diversa (verde, alaranjada, amarela ou mesclada).
Polpa espessa, doce, de cor amarela a alaranjada. E suas sementes são ovaladas,
achatadas, com tegumento creme a amarronzado, embrião reto e endosperma
ausente.
Portanto,
é uma espécie nativa das Américas, provavelmente da região andina. Atualmente
cultivada em regiões tropicais e subtropicais de todo o mundo. No Brasil, é
amplamente cultivada, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Desenvolve-se
melhor em climas quentes, solos bem drenados e férteis, com alta exposição
solar. Sensível a geadas. Polinização realizada principalmente por abelhas. Seus
frutos consumidos cozidos, assados ou em doces; sementes torradas ou utilizadas
para extração de óleo. Com variedades com frutos gigantes (abóboras de
Halloween) são cultivadas para decoração. Já as suas sementes têm uso
tradicional como vermífugo (devido à cucurbitina). Essa espécie inclui
variedades como a abóbora-moranga (frutos achatados) e a abóbora-tronco
(alongada). Possui importância econômica na agricultura familiar brasileira e
em festividades culturais regionais. Porém os estudos genéticos destacam sua
diversidade, sendo parente silvestre de outras cucurbitáceas cultivadas.
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse:
Rosidae
Ordem: Cucubitales
Família: Cucubitaceae
Género: Cucurbita
Espécie: Cucurbita
maxima Duchesne
ex Lam.
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA:
NOME
CIENTÍFICO: Cucurbita
maxima Duchesne ex Lam.
SINONÍMIA:
- Cucumis
rapallito Carrière
- Cucumis
zapallito Carrière
- Cucurbita
farinae Mozz.
ex Naudin
- Cucurbita maxima var. triloba Millán
- Cucurbita maxima var. turgida L.
H. Bailey
- Cucurbita maxima var. Zapallito (Carrière)
Millán
- Cucurbita maxima var. zipinka Millán
- Cucurbita
pileiformis M.Roem.
- Cucurbita
rapallito Carrière
- Cucurbita
sulcata Blanco
- Cucurbita
turbaniformis M.Roem.
- Cucurbita
zapallito Carrière
- Pepo maximus Peterm.
- Pileocalyx
elegans Argh.
PSEUDÔNIMO: Abóbora,
jerimum, moranga (no Brasil), abóbora-gigante.
FAMÍLIA: Cucubitaceae
CICLO
DE VIDA:
anual
ORIGEM: Americano do Sul
– Especialmente das regiões andinas.
PORTE: até 10 m de
comprimento rastejante.
RAIZ: subterrânea e axial.
Raiz principal pivotante, com raízes laterais.
CAULE: aéreo, rastejante com
raízes entre os nós.
GAVINHAS: apresenta gavinhas
nas projeções das folhas e essa gavinhas são órgãos vegetais que ajudam a
fixar as plantas em suportes, permitindo que elas cresçam vertical ou na
horizontal.
FOLHAS: suas folhas são grandes
(15–40 cm de diâmetro), alternas, simples, cordiformes na base, com margens
lobadas e recortadas, pecíolo longo e fistuloso. Superfície áspera devido a
tricomas rígidos.
INFLORESCÊNCIA: flores laterais,
uniflora, definida, cimosa, centrifuga e simples.
FLORES: flor pedunculada, cíclica,
monóica, actinomorfa, amarelas e vistosas. Flores masculinas com pedicelo longo
(10–30 cm) e 5 estames; flores femininas com pedicelo curto e ovário ínfero,
trilocular.
FRUTOS: fruto polispérmicos,
carnoso, indeiscente, tipo baga carnosa de formato variável (globoso, achatado,
alongado), casca lisa ou sulcada, coloração diversa (verde, alaranjada, amarela
ou mesclada). Polpa espessa, doce, de cor amarela a alaranjada.
SEMENTES:
suas sementes são ovaladas, achatadas, com tegumento creme a amarronzado,
embrião reto e endosperma ausente.
DISPERSÃO
DE FRUTOS E SEMENTES:
os animais comem os frutos e as sementes são liberadas nas fezes ou,
ainda, regurgitadas por esses agentes (zoocoria).
LUMINOSIDADE: sol pleno.
ÁGUA: precisa de água sem
encharcamento.
CLIMA: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Tropical.
CULTIVO: solos férteis e com
regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos
rico em material orgânico e com pouca água
UTILIZAÇÃO: planta comestível.
PROPAGAÇÃO: por sementes.
CRESCIMENTO: de crescimento
moderado.
ETNOBOTÂNICA: Sementes têm uso
tradicional como vermífugo (devido à cucurbitina). PROPRIEDADES:
Estudos indicam atividade inseticida, antifúngica e antibacteriana, associadas
a compostos como cucurbitina.
FOTOS: Foi fotografada na Escola SESI, Avenida Eduardo Gomes, Boa Vista, Roraima, Brasil. 03 Mar./2025. #RuahDeDeus!
REFERÊNCIAS:
Disponível
em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB82119
Acesso em 03 mar. 2025.
Disponível
em: https://www.gbif.org/pt/species/8315192 Acesso
em 03 mar. 2025.
Disponível
em: https://doi.org/10.1590/0034-737X201865040006
Acesso em 03 mar. 2025.
VIDAL, W.
N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros
sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.
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