sábado, 22 de março de 2025

EUGENIA UNIFLORA L. - PITANGA





 

Eugenia uniflora L. é uma planta da família botânica Myrtaceae. Nativa da América do Sul, é conhecida popularmente como Pitanga e a pitangueira é amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais, especialmente no Brasil, por seus frutos saborosos, afrodisíaco e atraentes.

Suas raízes são axiais, ramificadas e subterrânea, com caule amarronzadas, tortuoso, irregular, ramificado e avermelhado. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Já as suas folhas são ovais, brilhantes e aromáticas, frequentemente utilizadas em chás com propriedades medicinais. Com fruto em forma de uma baga globosa, com coloração que varia do verde ao vermelho ou roxo quando madura, dependendo da variedade. Possui um sabor doce e levemente ácido, muito apreciado in natura ou em sucos, geleias e sobremesas. Com flores brancas e pequenas, atraindo abelhas e outros polinizadores.

Portanto, esse arbusto, pode atingir até 10 metros de altura, mas geralmente é menor quando cultivada. Já os seus frutos são consumidos frescos ou processados em sucos, sorvetes e doces. Na Medicinal Tradicional as suas folhas são usadas em chás para tratar problemas digestivos, febre e inflamações. Essa planta é conhecida como Pitangueira. O nome "pitanga" vem do tupi-guarani, significando "vermelho", em referência à cor do fruto maduro. A espécie é considerada resistente e adaptável, podendo ser cultivada em diferentes tipos de solo.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Gênero: Eugenia uniflora L.

Espécies: Eugenia uniflora L.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Eugenia uniflora L.

SINONÍMIA:  

Eugenia arechavaletae Herter; E. brunnea (O.Berg) Nied.; E. dasyblasta (O.Berg) Nied.; E. decidua Merr.; E. diaphana Kiaersk.; E. fuscopunctata Kiaersk.; E. gracilipes Kiaersk.; E. michelii Lam.; E. oblongifolia (O.Berg) Nied.; E. strigosa (O.Berg) Arechav.; E. zeylanica Willd.; Luma arechavaletae (Herter) Herter; L. costata (Cambess.) Herter; L. dasyblasta (O.Berg) Herter; L. strigosa (O.Berg) Herter; Myrtus brasiliana L.; M. willdenowii Spreng.; Plinia pedunculata L.f.; P. petiolata L.; P. tetrapetala L.; Stenocalyx affinis O.Berg; S. brunneus O.Berg; S. costatus (Cambess.) O.Berg; S. dasyblastus O.Berg; S. glaber O.Berg; S. grandifolius O.Berg; S. impunctatus O.Berg; S. lucidus O.Berg; S. michelii (Lam.) O.Berg; S. oblongifolius O.Berg; S. strigosus O.Berg; S. michelii (Lam.) Duthie; S. uniflorus (L.) Kausel. (Flora do Brasil, 2017).

PSEUDÔNIMO: Pitanga

FAMÍLIAMyrtaceae

ORIGEM: é uma espécie nativa, porém não endêmica do Brasil, sendo encontrada também no Paraguai, Argentina e Uruguai.

RAIZ: a raiz é pivotante, com raízes secundárias e terciárias.

CAULE: seus caules são tortuosos, irregulares, ramificados e avermelhados. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Com tronco externo liso, de cor castanho-claro e o tronco interno fibroso, de cor creme com estrias rosadas.

FOLHAS: suas folhas são ovais, avermelhadas quando jovens, de coloração verde-intensa posteriormente, simples, pecioladas, quanto a nervação é peninérvea, de consistência herbácea, lisa, ovada, ápice aguda, base acunheada e filotaxia oposta.   

INFLORESCÊNCIAS: sua inflorescência é composta por flores pequenas, brancas, perfumadas e hermafroditas. Elas podem ser solitárias ou agrupadas em inflorescências.

FLORES: suas flores são pequenas, brancas, perfumadas, hermafroditas, com estames longos, produzem néctar, homoclamídea, cálice com 4 sépalas; corola com 4 pétalas, livres, branco-creme, caducas, obovaladas, de 6-8mm de comprimento; polistêmones, estames numerosos; ovário com 2 lóculos (bilocular), com vários óvulos (às vezes 3), glabro, 8 saliências; estilete filiforme, com 6mm de comprimento, e estigma capitado.

FRUTOS: possuem um fruto simples carnoso do tipo baga globosa, deprimida nos polos, com 7-10 sulcos mais ou menos marcados no sentido longitudinal, coroado com as sépalas persistentes. Quando inicia o processo de maturação, o epicarpo passa do verde para o amarelo, alaranjado, vermelho, vermelho-escuro, podendo chegar até quase o negro. O sabor é doce e ácido, e o aroma muito intenso e característico da espécie. Com endocarpo de coloração é rósea à vermelha.

SEMENTE: apresenta uma semente grande ou duas ou três pequenas, globosas, achatadas sobre seus sulcos comuns. O tegumento é bastante aderente à amêndoa, a qual tem coloração verde-clara.

PORTE: pode chegar de dois a quatro metros de altura.

LUMINOSIDADE: de sol pleno.

CATEGORIA: frutífera, ornamental (é valorizada em paisagismo por sua folhagem densa e frutos coloridos) e medicinal (esta espécie pertence à família Myrtaceae que apresenta espécies com compostos fenólicos com ação antioxidante e algumas com ação hipoglicemiante e antirreumáticas, também utilizadas em distúrbios estomacais e como anti-hipertensiva.

ÁGUA: precisa de água sem encharcamento, só quando o substrato estiver completamente seco.

CLIMA: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido, Subtropical, Tropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água

UTILIZAÇÃO: planta frutífera, ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: pode ser feita por sementes ou por propagação vegetativa, como enxertia e estaquia

SUBSTRATO:  adubo natural

FERTILIZAÇÃO: NPK para frutíferas.

CICLO DE VIDA: Perene

DISPERSÃO DA SEMENTE: a dispersão das sementes da pitangueira é feita por gravidade e por animais específicos, como algumas aves e mamíferos.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: aqui na região é feito do fruto suco e geleias.

POLINIZADOR: sua polinização se dá por mosca, abelhas, etc.

 

FOTOS: Foi da Maria do Socorro, residência, Boa Vista, Roraima, Brasil. 20 março 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

FLORA DO BRASIL. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=227006735 Acesso em 21 mar. 2025.

 

PELACANI, M. G.N et al. BIOLOGIA FLORAL DA PITANGUEIRA

(Eugenia uniflora L., MYRTACEAE) ARGUMENTO, Ano II, No 4, julho/2000

Disponível em: https://revistas.anchieta.br/index.php/revistaargumento/article/view/490/420 Acesso em 22 março 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

#BoaVistaRoraimaBrasil #RuahDeDeus!

 

 

Nenhum comentário: