Leucaena
leucocephala (Lam.) de Wit é uma planta da família Fabaceae (Leguminosae) e
da subfamília Mimosoideae conhecida popularmente como Leucena, é
uma espécie arbórea com até 15 metros de altura e 03-15 centímetros de
diâmetro. Nativa do sul do México até a Américas Central. No Brasil, essa
planta encontra-se no Norte e Nordeste, porém está na lista das plantas exótica
e invasora.
Essa planta é uma árvore ou
arbusto perene, de crescimento rápido, atingindo 03 a 15 metros de altura.
Tronco geralmente reto, com casca lisa a fissurada, de cor acinzentada. Com
suas folhas bipinadas, compostas, com 05 a 12 pares de pinas opostas. Cada pina
possui 10 a 20 pares de folíolos oblongos, de 06 a 15 mm de comprimento,
verde-claros e glabros. Com nectários extraflorais presentes na base das
folhas, que atraem formigas.
Já suas inflorescências são globosas
em capítulos, com 02 a 03 cm de diâmetro. Com flores pequenas, brancas ou
cremes, com estames longos e vistosos, dando aspecto "pompom fofo".
Sua polinização por insetos (entomófila) ou autopolinização. Com os seus frutos
em forma de vagens (legumes) achatadas, de 10 a 20 cm de comprimento, verdes
quando jovens e marrons quando maduras. As suas sementes ovais, duras,
marrom-escuras, dispersas por animais e água.
Portanto, é
uma leguminosa perene, palatável com grande utilidade na alimentação
de suínos, bovinos e caprinos, e sua resistência à seca foi
de grande importância para sua utilização nos sistemas de alimentação de
animais no Brasil Central em décadas. A leucena mantém-se verde na estação
seca, perdendo somente os folíolos em secas muito prolongadas ou com geadas
fortes. Nas regiões de clima tropical essa planta pode crescer de
forma rápida o que gera um custo de produção bem baixo. As vagens, quando
maduras, abrem-se longitudinalmente, ejetando as sementes que apresentam uma
película cerosa bastante resistente e que impede a sua germinação nos primeiros
meses após sua queda ao solo. É uma planta perene, e são citados plantios com
mais de 40 anos em utilização
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA: de acordo com o Sistema de Classificação de Cronquist,
a taxonomia de Caesalpinia echinata obedece à seguinte hierarquia:
REINO: Plantae
DIVISÃO: Magnoliophyta (Angiospermae)
CLASSE: Magnoliopsida (Dicotiledonae)
SUBCLASSE: Rosideo
ORDEM: Fabales
FAMÍLIA: Fabaceae (Leguminosae)
SUBFAMÍLIA: Mimosoideae
GÊNERO: Leucaena
ESPÉCIE: Leucaena leucocephala
(Lam.) de Wit
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:
NOME CIENTÍFICO: Leucaena leucocephala
(Lam.) de Wit
SINONÍMIA:
- Mimosa
leucocephala Lam. (basônimo)
- Acacia
leucocephala (Lam.) Link
PSEUDÔNIMO: Leucena, jurema-branca (Brasil), guaje (México),
fava-de-rola (Portugal).
FAMÍLIA: Fabaceae (Leguminosae Mimosoideae)
CICLO DE VIDA: Perene
ORIGEM: do Sul do México até a América Central.
DISTRIBUIÇÃO: Introduzida em
regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil, África, Ásia e
Oceania.
PORTE: no passado ultrapassava os 03-15 metros de
altura.
RAIZ: subterrânea e axial. Raiz principal
pivotante e profunda, com raízes laterais moduladas (simbiose com bactérias
fixadoras de nitrogênio, Rhizobium).
CAULE: Tronco, aéreo, ereto, geralmente curto, tortuoso.
FOLHAS: suas folhas são bipinadas, compostas, alternas,
com 07 a 15 pares de pinas opostas, com 14 a 30 folíolos sésseis, oblongos, de 6 a 15 mm
de comprimento, verde-claros e glabros. Possuem nectários extraflorais presentes
na base das folhas, que atraem formigas.
INFLORESCÊNCIA: sua inflorescência axilar, simples ou indefinida,
formando capítulos
globosas, com 02 a 03 cm de diâmetro.
FLORES: uma espécie monoica e a sua estrutura floral
é do tipo pincel, hermafrodita, estames e estigmas, com cálice e corola
reduzidos, como pode-se observar nos diferentes estágios florais. O pólen é
pegajoso, o que propicia aderência ao abdômen dos insetos, em contato direto.
FRUTOS: Os frutos são secos, deiscentes,
vagens, planas, de 12 cm a 18 cm de comprimento e 1,5 cm a 2,0 cm de largura,
contendo 15 a 30 sementes elípticas, achatadas, brilhantes, de coloração
marrom, com 06 mm a 08 mm de comprimento e 03 mm a 04 mm de largura. Em geral,
um quilograma de sementes de leucena contém de 15 a 20 mil sementes.
DISPERSÃO DE FRUTOS E SEMENTES: autocórica; principalmente barocórica,
apresentando deiscência explosiva.
LUMINOSIDADE: Sou pleno.
ÁGUA: precisa de água quando estivar muito seco.
CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical,
Temperado, Continental. Não tolera o frio e geadas.
CULTIVO: De crescimento rápido, gosta de solos super
drenado e rico em material orgânico.
UTILIZAÇÃO: planta ornamental e forrageira.
PROPAGAÇÃO: Multiplica-se por sementes e estacas.
CATEGORIA: ornamental, forrageira e nativa.
CICLO DE VIDA: É uma espécie perene.
HABITAT E ECOLOGIA: Cresce no período chuvoso no Cerrado e
caatinga brasileira. Encontrada na savana roraimense.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: ornamentação e paisagístico.
SUBSTRATO: solo drenado e pobre em nutriente.
POLINIZADOR: a polinização pode ser
pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros
(ornitofilia).
FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se
desenvolve em locais seco e com muita luz.
HABITAT: adaptada ao semiárido das regiões tropical da
América central e sul. Essa planta é da Floresta Estacional Decidual, que
significa uma floresta localizada em regiões com estações bem delineadas
(estacional), nesse caso chuvoso e seco, e que perde mais da metade de suas
folhas (decidual).
ECOLOGIA: Contribui para a fixação de nitrogênio no solo
(típico de Fabaceae) e serve como alimento para polinizadores, porém é
considerada uma planta invasora no território brasileiro.
HABITAT: adapta-se a solos
pobres, áreas degradadas e climas semiáridos. Tolerante à seca e alta
luminosidade.
INVASIVIDADE: considerada uma
espécie invasora em várias regiões, competindo com vegetação nativa devido ao crescimento
agressivo.
USOS E
IMPORTÂNCIA:
1.
Agrofloresta: usada para adubação verde (fixação de nitrogênio), quebra-ventos
e recuperação de solos;
2.
Forragem: suas folhas e vagens são ricas em proteínas (20-30%), utilizadas na
alimentação de ruminantes (bovinos, caprinos).
Cuidado:
contém mimosina, um alcaloide tóxico para animais monogástricos (ex.:
equinos).
3.
Madeira para a fabricação de carvão vegetal de alta qualidade e lenha.
4.
Alimentação humana: suas sementes jovens consumidas como legume em algumas
culturas (ex.: México).
MANEJO: essa planta requer
controle em áreas onde é invasora, pois forma densos bosques
monoespecíficos.
POTENCIAL
BIOECONÔMICO:
os estudos investigam seu uso na produção de biocombustíveis e bioativos.
FOTOS: Fotografado na avenida Venezuela, ao lado do
viaduto e na causada do SESI, Boa Vista, Roraima, Brasil. 02/03/2025.
REFERÊNCIAS:
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/879487 Acesso em 02 mar. 2025.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e
PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de
fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.
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