domingo, 2 de março de 2025

LEUCAENA LEUCOCEPHALA (Lam.) de Wit

 















Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit é uma planta da família Fabaceae (Leguminosae) e da subfamília Mimosoideae conhecida popularmente como Leucena, é uma espécie arbórea com até 15 metros de altura e 03-15 centímetros de diâmetro. Nativa do sul do México até a Américas Central. No Brasil, essa planta encontra-se no Norte e Nordeste, porém está na lista das plantas exótica e invasora.

Essa planta é uma árvore ou arbusto perene, de crescimento rápido, atingindo 03 a 15 metros de altura. Tronco geralmente reto, com casca lisa a fissurada, de cor acinzentada. Com suas folhas bipinadas, compostas, com 05 a 12 pares de pinas opostas. Cada pina possui 10 a 20 pares de folíolos oblongos, de 06 a 15 mm de comprimento, verde-claros e glabros. Com nectários extraflorais presentes na base das folhas, que atraem formigas.

Já suas inflorescências são globosas em capítulos, com 02 a 03 cm de diâmetro. Com flores pequenas, brancas ou cremes, com estames longos e vistosos, dando aspecto "pompom fofo". Sua polinização por insetos (entomófila) ou autopolinização. Com os seus frutos em forma de vagens (legumes) achatadas, de 10 a 20 cm de comprimento, verdes quando jovens e marrons quando maduras. As suas sementes ovais, duras, marrom-escuras, dispersas por animais e água.

Portanto, é uma leguminosa perene, palatável com grande utilidade na alimentação de suínos, bovinos e caprinos, e sua resistência à seca foi de grande importância para sua utilização nos sistemas de alimentação de animais no Brasil Central em décadas. A leucena mantém-se verde na estação seca, perdendo somente os folíolos em secas muito prolongadas ou com geadas fortes. Nas regiões de clima tropical essa planta pode crescer de forma rápida o que gera um custo de produção bem baixo. As vagens, quando maduras, abrem-se longitudinalmente, ejetando as sementes que apresentam uma película cerosa bastante resistente e que impede a sua germinação nos primeiros meses após sua queda ao solo. É uma planta perene, e são citados plantios com mais de 40 anos em utilização

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA: de acordo com o Sistema de Classificação de Cronquist, a taxonomia de Caesalpinia echinata obedece à seguinte hierarquia:

REINOPlantae

DIVISÃOMagnoliophyta (Angiospermae)

CLASSEMagnoliopsida (Dicotiledonae)

SUBCLASSE: Rosideo

ORDEMFabales

FAMÍLIAFabaceae (Leguminosae) 

SUBFAMÍLIA: Mimosoideae

GÊNEROLeucaena

ESPÉCIELeucaena leucocephala (Lam.) de Wit

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME CIENTÍFICOLeucaena leucocephala (Lam.) de Wit

SINONÍMIA: 

- Mimosa leucocephala Lam. (basônimo) 

- Acacia leucocephala (Lam.) Link 

PSEUDÔNIMO: Leucena, jurema-branca (Brasil), guaje (México), fava-de-rola (Portugal).

FAMÍLIAFabaceae (Leguminosae Mimosoideae)

CICLO DE VIDA: Perene

ORIGEM: do Sul do México até a América Central.

DISTRIBUIÇÃO: Introduzida em regiões tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil, África, Ásia e Oceania. 

PORTE: no passado ultrapassava os 03-15 metros de altura.

RAIZ: subterrânea e axial.  Raiz principal pivotante e profunda, com raízes laterais moduladas (simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, Rhizobium).

CAULE: Tronco, aéreo, ereto, geralmente curto, tortuoso.

FOLHAS: suas folhas são bipinadas, compostas, alternas, com 07 a 15 pares de pinas opostas, com 14 a 30 folíolos sésseis, oblongos, de 6 a 15 mm de comprimento, verde-claros e glabros. Possuem nectários extraflorais presentes na base das folhas, que atraem formigas.

INFLORESCÊNCIA: sua inflorescência axilar, simples ou indefinida, formando capítulos globosas, com 02 a 03 cm de diâmetro. 

FLORES: uma espécie monoica e a sua estrutura floral é do tipo pincel, hermafrodita, estames e estigmas, com cálice e corola reduzidos, como pode-se observar nos diferentes estágios florais. O pólen é pegajoso, o que propicia aderência ao abdômen dos insetos, em contato direto.

FRUTOS: Os frutos são secos, deiscentes, vagens, planas, de 12 cm a 18 cm de comprimento e 1,5 cm a 2,0 cm de largura, contendo 15 a 30 sementes elípticas, achatadas, brilhantes, de coloração marrom, com 06 mm a 08 mm de comprimento e 03 mm a 04 mm de largura. Em geral, um quilograma de sementes de leucena contém de 15 a 20 mil sementes.

DISPERSÃO DE FRUTOS E SEMENTES: autocórica; principalmente barocórica, apresentando deiscência explosiva.

LUMINOSIDADE: Sou pleno.

ÁGUA: precisa de água quando estivar muito seco.

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental. Não tolera o frio e geadas.

CULTIVO: De crescimento rápido, gosta de solos super drenado e rico em material orgânico.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental e forrageira.

PROPAGAÇÃO: Multiplica-se por sementes e estacas.

CATEGORIA: ornamental, forrageira e nativa.

CICLO DE VIDA: É uma espécie perene.

HABITAT E ECOLOGIA: Cresce no período chuvoso no Cerrado e caatinga brasileira. Encontrada na savana roraimense.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: ornamentação e paisagístico.

SUBSTRATO: solo drenado e pobre em nutriente.

POLINIZADOR: a polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros (ornitofilia).

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais seco e com muita luz.

HABITAT: adaptada ao semiárido das regiões tropical da América central e sul. Essa planta é da Floresta Estacional Decidual, que significa uma floresta localizada em regiões com estações bem delineadas (estacional), nesse caso chuvoso e seco, e que perde mais da metade de suas folhas (decidual).

ECOLOGIA: Contribui para a fixação de nitrogênio no solo (típico de Fabaceae) e serve como alimento para polinizadores, porém é considerada uma planta invasora no território brasileiro. 

HABITAT: adapta-se a solos pobres, áreas degradadas e climas semiáridos. Tolerante à seca e alta luminosidade. 

INVASIVIDADE: considerada uma espécie invasora em várias regiões, competindo com vegetação nativa devido ao crescimento agressivo.

USOS E IMPORTÂNCIA: 

1. Agrofloresta: usada para adubação verde (fixação de nitrogênio), quebra-ventos e recuperação de solos;

2. Forragem: suas folhas e vagens são ricas em proteínas (20-30%), utilizadas na alimentação de ruminantes (bovinos, caprinos).

Cuidado: contém mimosina, um alcaloide tóxico para animais monogástricos (ex.: equinos). 

3. Madeira para a fabricação de carvão vegetal de alta qualidade e lenha. 

4. Alimentação humana: suas sementes jovens consumidas como legume em algumas culturas (ex.: México).

MANEJO: essa planta requer controle em áreas onde é invasora, pois forma densos bosques monoespecíficos. 

POTENCIAL BIOECONÔMICO: os estudos investigam seu uso na produção de biocombustíveis e bioativos.

 

FOTOS: Fotografado na avenida Venezuela, ao lado do viaduto e na causada do SESI, Boa Vista, Roraima, Brasil. 02/03/2025.

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/879487 Acesso em 02 mar. 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Leucaena+leucocephala&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 02 mar. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.

 

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