terça-feira, 15 de julho de 2025

MONTRICHARDIA ARBORESCENS (L.) Schott

 











Montrichardia arborescens (L.) Schott é uma planta da família Araceae, conhecida popularmente como aninga ou tajá, é uma espécie monoica, o que significa que a mesma planta possui flores masculinas e femininas. 

Essa planta possui raízes suas raízes são subterrâneas e aéreas. As raízes subterrâneas são fasciculadas e ramificadas. Já as raízes aéreas servem mais de suporte para a espécie. Com caule superfície, textura lisa e aculeado. Folha simples, pecioladas, glabra, coriácea, sagitada a cordiforme, ápice é acuminada e a base cordiforme, pecíolo com bainha e lígula e filotaxia alterna.  Com suas inflorescências axilares, pluriflora, simples indefinida em forma de espádice, a espata é lanceolada, verde com tons vermelho-violeta. Já a espádice é amarela, cilíndrica, com aroma suave. Já as suas flores minúsculas, andrógenas que estão agrupadas ao longo da espádice. Cada flor possui ovário com um carpelo, anteras com quatro estruturas produtoras de pólen, estigma receptivo durante a fase feminina da antese, seguido pela liberação de pólen na fase masculina. Com seus frutos são simples carnosos em forma de bagas ovóides.

Portanto, é uma planta monoica, perene, com habitat em florestas tropicais úmidas, campinarana, floresta ciliar ou galeria, floresta de várzea e vegetação aquática. Com polinização do tipo xenogamia e com adaptação para as áreas alagáveis como margens de rios e igapós. Já a sua importância se manifesta em diversos aspectos, incluindo a estabilização de solos, a oferta de abrigo e alimento para a fauna e a influência no ciclo hidrológico. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae 

Divisão: Magnoliophyta 

Classe: Liliopsida  

Ordem: Alismatales 

Família: Araceae Juss.

Gênero: Montrichardia Crueg.

Espécie: Montrichardia arborescens (L.) Schott

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIESMontrichardia arborescens (L.) Schott

SINONÍMIA:  

Arum aculeatum (G.Mey.) Steud.

Arum arborescens L.

Caladium aculeatum G.Mey.

Caladium arborescens (L.) Vent.

Caladium arboreum Kunth

Montrichardia aculeatum (G.Mey.) Crueg.

Montrichardia arborea (Kunth) Schott

Montrichardia arborescens var. aculeata (G.Mey.) Engl.

Montrichardia fendleri Schott

Montrichardia splitgerberi Schott

Philodendron arborescens (L.) Kunth

Philodendron arboreum (Kunth) Kunth

Pleurospa reticulata Raf

PSEUDÔNIMO: conhecido como aninga ou tajá.

FAMÍLIA: Araceae Juss.

ORIGEM: é uma planta nativa de regiões tropicais das Américas, ocorrendo desde a Guatemala até partes da América do Sul, incluindo o Brasil. Ela é facilmente encontrada em ambientes aquáticos, como margens de rios e pântanos. 

TIPO DE VEGETAÇÃO ENCONTRADA: Campinarana, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Várzea, Vegetação Aquática.

RAIZ: suas raízes são subterrâneas e aéreas. As raízes subterrâneas são fasciculadas e ramificadas. Já as raízes aéreas servem mais de suporte para a espécie.

CAULE: Seu caule é aéreo, ereto, longo e espesso, de hábito terrestre, geralmente recoberto por catáfilos (brácteas protetoras) secos e fibrosos à medida que a planta envelhece, com nós e entre nós bem evidente.    

FOLHAS: com a sua folha completa, peciolada, nervação peninérvea, coriácea, glabra, quanto a forma do limbo cordiforme, quanto ao bordo inteiro, ápice do limbo agudo e a base cordada e filotaxia alterna.

INFLORESCÊNCIAS: Suas inflorescências são axilares, pluriflora, simples indefinida em forma de espádice, a espata é lanceolada, verde com tons vermelho violeta. Já a espádice é amarela, cilíndrica, com aroma suave.

FLORES: om suas flores minúsculas, hermafroditas que estão agrupadas ao longo da espádice. Cada flor possui ovário com um carpelo, anteras com quatro estruturas produtoras de pólen, estigma receptivo durante a fase feminina da antese, seguido pela liberação de pólen na fase masculina.

FRUTOS: Com seus frutos são simples carnosos em forma de bagas ovóides.

PORTE:  é uma planta que dependendo da região pode ultrapassar os 05 metros de altura em plantas adultas, mas pode ficar parcialmente oculto pelas bases foliares densas e diâmetro de espessura de mais de 10 centímetros, com entrenós curtos, especialmente em plantas jovens.

LUMINOSIDADE: luz abundante de forma indireta.

CATEGORIA: planta ornamental e vegetação aquática.

ÁGUA: essa planta deve ser manter o substrato minimamente húmido durante o verão e alagado no período chuvoso.

CLIMA: tropica e neotropical.

CULTIVO: essa planta prefere luz direta, solo encharcado, ambiente aquático e terrícola.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental e mata ciliar de igarapés.

PROPAGAÇÃO: sementes e por estaca.

SUBSTRATO: por terrícola.

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT: encontradas em florestas tropicais úmidas, campinarana, floresta ciliar ou galeria, floresta de várzea, vegetação aquática.

ECOLOGIA: especialmente em áreas alagáveis como margens de rios e igapós. Já a sua importância se manifesta em diversos aspectos, incluindo a estabilização de solos, a oferta de abrigo e alimento para a fauna e a influência no ciclo hidrológico. 

POLINIZADOR: à polinização entre flores de plantas diferentes da mesma espécie. É um tipo de reprodução cruzada que promove a diversidade genética, ao contrário da autogamia, que ocorre dentro da mesma planta. A xenogamia é importante para a adaptação das plantas a ambientes variáveis e para a manutenção da biodiversidade.   

O polinizador atua na reprodução sexuada da espécie garantindo a reprodução e a diversidade de espécies, aumenta a produção de frutos, evita a redução da biodiversidade impactando o equilíbrio ecológico de um ecossistema. Os principais polinizadores desta planta são insetos e morcegos.

TOXIDADE: é uma planta tóxica, especialmente em relação ao seu consumo por animais. Embora a espádice frutífera seja comestível (quando maduro), e as sementes possam ser cozidas ou torradas, o consumo de outras partes da planta, como folhas e frutos, pode ser prejudicial devido aos altos teores de manganês e baixo valor proteico, segundo estudos. 

FOTOS: Fotografado ao lado do @centro_das_plantas – André Paisagismo, em um igarapé. Essa foto só foi possível pois, o pessoal da Eletronorte fez uma poda na mata ciliar que fica entre os fios de alta tensão da citada concessionária. Caumé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 14 julho 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

CASTRO, A. C. R. et al. ANTÚRIO, editores técnicos – Brasília, Distrito Federal: Embrapa, 2012. 163 p. ISBN: 978-85-7035-060-2. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/951782/1/CLV12024.pdf Acesso em 07 julho 2025.

 

JUNQUEIRA, C. N. et al. Biologia floral e visitantes de Montrichardia arborescens (L.) Schott (Araceae) na Floresta Nacional de Caxiuanã, região amazônica, Brasil. 2021 Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais. Disponível em: https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/506 Acesso em 15 julho 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=5&genero=Montrichardia&especie=arborescens&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 15 julho 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com

 

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