sábado, 15 de fevereiro de 2025

BEAUCARNEA RECURVATA (K.Koch & Fintelm.) Lem. - Pata-de-elefante








Beaucarnea recurvata (K.Koch & Fintelm.) Lem. é uma planta da família botânica Asparagaceae, conhecida popularmente como pata-de-elefante, nativa do Golfo, Nordeste e Sudeste do México. Pode ser uma árvore que possui caudex e cresce principalmente no deserto ou bioma de arbustos secos. 

A pata-de-elefante é uma planta arbustiva que pode transformar em uma árvore com caudex, de textura semi-lenhosa e aspecto escultural. Apesar de se assemelhar com as palmeiras, más não é. Ela é considerada um arbusto, arvoreta ou árvore de caudex, que pode alcançar cerca de 06 (seis) metros de altura quando adulta. Seu tronco é muito ornamental, geralmente único com a base dilatada, para o armazenamento de água. Uma adaptação para sobreviver por longos períodos de estiagem no ambiente natural.

A pata-de-elefante tem sido muito utilizada tanto em ambientes internos (em vasos) como em áreas externas. É uma planta semi-lenhosa, arbustiva, de tronco geralmente ramificado ou não, dependendo onde se encontra, vasos ou no chão.

 Essa planta possui inflorescências brancas de pouco valor ornamental que surgem eventualmente no outono. Tem preferência a temperaturas de médias a altas, e baixa umidade do ar, mas é tolerante a baixas temperaturas, geralmente encontra-se em dormência durante o inverno, aqui em Boa Vista, essa dormência no período chuvoso do nosso Estado.

Portanto, a Beaucarnea recurvata (K.Koch & Fintelm.) Lem. é uma planta perene, amplamente cultivada como planta ornamental, tanto em ambientes internos quanto externos, devido ao seu aspecto exótico, de fácil manutenção, é uma suculenta de crescimento lento.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

 

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Subclasse: Magnoliidae

Ordem: Asparagales

Família: Asparagaceae

Gênero: Beaucarnea

Espécie: Beaucarnea recurvata (K.Koch & Fintelm.) Lem.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

NOME CIENTÍFICO: Beaucarnea recurvata (K.Koch & Fintelm.) Lem.

SINÔNIMO:


Dasylirion recurvatum (K.Koch & Fintelm.) JFMacbr. em Contr. Erva Cinzenta. 56: 17 (1918)

Nolina recurvata (K.Koch & Fintelm.) Hemsl. em Biol. Cent.-Amer., Bot. 3: 372 (1884)

Pincenectia recurvata K.Koch & Fintelm. em Wochenschr. Gärtnerei Pflazenk. 2: 112 (1859)

Beaucarnea inermis (S.Watson) Rose em Contr. Nacional dos EUA. Erva. 10: 88 (1906)

Beaucarnea tuberculata (Lem.) Hurst em Gard. Chron., ns, 2: 738 (1874)

Dasylirion inerme S.Watson em Proc. Amer. Acad. Artes 26: 157 (1891)

Pincenectia linifolia K.Koch & Fintelm. em Wochenschr. Gärtnerei Pflazenk. 2: 112 (1859)

Pincenectia tuberculata K.Koch & Fintelm. em Wochenschr. Gärtnerei Pflazenk. 2: 112 (1859)

NOME POPULAR: Beucarnea, Nolina e Pata-de-elefante.

FAMÍLIA: ASPARAGACEAE

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: México (Oaxaca, Puebla, San Luis Potosí, Tamaulipas, Veracruz). 

CATEGORIA: Arbustos, Arbustos Tropicais, Bonsai, Plantas Esculturais.

PLANTA: É uma planta de crescimento lento, dióica (tem plantas fêmeas e plantas machos) perenifólia (de crescimento curto), com folhas finas, muito longas e recurvadas em seu ápice. Seu tronco tem aparência rugosa e é maior na parte inferior (Caudex), onde armazena água. Por conta dessa característica é uma planta que resiste à estiagem e calor intenso.

RAIZES: subterrânea, fasciculada, ramificadas, fibrosa, com algumas na superfície do solo, porém, espalhada lateralmente para captar água e nutrientes de forma eficiente. Essa captura se dá no período chuvoso. Também, as raízes centrais procuram-se aprofundar para capturar água em solo mais profundo.  A raiz, junto com o caule inchado, ajuda a planta a sobreviver em ambientes áridos, onde a água é escassa formando o caudex.

Portanto o sistema radicular não é agressivo, o que significa que a planta pode ser cultivada em vasos sem risco de ser danificado as suas estruturas próximas. No entanto, em ambientes abertos, as raízes podem se espalhar consideravelmente.

CAUDEX: o caudex, passa a ser uma adaptação à seca. Como isso ocorre? O caule engrossado (que armazena água), as raízes também são adaptadas para sobreviver em condições de escassez hídrica. Elas são eficientes em absorver e reter água rapidamente durante as chuvas.

CAULE: aéreo, ereto, ramificado, monopodial e troco.

ÁRVORE: até 06 metros de altura e ramificados.

FOLHAS: as suas folhas são longas, estreitas, recurvadas (curvadas para baixo) e dispostas em roseta no ápice do caule. São de cor verde brilhante e podem atingir até 1,5 metros de comprimento.

INFLORESCÊNCIA: terminal (as flores surgem no topo da planta), pluriflora, formando um cacho, com flores de coloração branca ou cremes, como aspecto plumoso.  

FLORES: paniculadas, com pequenas flores brancas ou cremes. No entanto, a floração é rara em cultivos domésticos.

FRUTOS: são pequenos, abundantes e têm tons rosados a amarelados.

SEMENTES: sementes produzidas apenas nas plantas fêmeas.

REPRODUZIR: multiplica-se por meio de sementes produzidas nas plantas femininas, mas raramente florescerão em casa. Comprar novas mudas de viveiros ainda é a melhor opção.

TAMANHO: A pata de elefante pode atingir até 6 metros de altura em seu habitat natural, mas em cultivo geralmente fica menor.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA:

LUMINOSIDADE: Meia Sombra e Sol Pleno. Se adapta bem a lugares bem iluminados, onde receba luz solar direta por cerca de 04 horas e indireta o resto do tempo. Também se adapta a jardins quando rustificadas, onde receba sol pleno durante uma parte do dia e no restante fique à meia-sombra.

CLIMA: tropical, Subtropical, Equatorial. Não tolera temperaturas muito baixas.

ORNAMENTAL: devido às suas folhas, formas, seu caudex, por sua aparência exótica e baixa manutenção. 

TÓXICA: não é tóxica para humanos ou animais. 

CULTIVO

- Prefere climas quentes e úmidos, mas é resistente a períodos de seca. 

- Requer solos bem drenados e regas moderadas. 

- Propagação por sementes ou brotações laterais (estacas ou filhotes). 

PODA: quando necessário. Deve-se retirar as folhas secas quando necessário, mantendo a planta limpa e saudável.

CULTIVO: em solo areno-argiloso para facilitar a drenagem. Sugestão de mistura: uma parte de terra comum de jardim, 01 parte de composto orgânico ou pó de fibra de coco, 01 parte de terra e carvão vegetal e 01 parte de areia.

FERTILIZAÇÃO: Não é muito exigente, aplicar de 01 a 03 colheres de sopa de NPK, fórmula 10-10-10 longe das raízes.

UTILIZAÇÃO: usada em ambientes externos, de forma isolada ou formando um maciço de plantas verdes formando uma cerca viva.

PROPAGAÇÃO: Multiplica-se facilmente por brotos e sementes.

FOTOS: Fotografado na frente do Teatro Municipal de Boa Vista, Boa Vista, Roraima, Brasil.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://powo.science.kew.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:531735-1 Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://veiling.com.br/produtos/beaucarnea-recurvata-p11/  Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://www.isa.ulisboa.pt/pbta/colecao-botanica/beaucarnea-recurvata Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://ornamentalhorticulture.com.br/rbho/article/view/414 Acesso em 15 fev. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.

 

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