sábado, 15 de fevereiro de 2025

CYCAS REVOLUTA - 02













 

A Cycas revoluta é uma planta dioica, isto é, cada indivíduo só tem órgãos masculinos ou femininos; as masculinas formam cones cilíndricos carregados de micrósporos (pólen =n) e as femininas grupos de megásporo (óvulo = n) marrom, que produzem sementes vermelhas, sendo estas semelhantes a nozes.

A planta que tem a parte central em cone é a planta masculina, onde haverá o pólen para as flores femininas. No mercado seu preço é mais que o dobro da planta feminina, pois propicia a polinização com a consequente obtenção de frutos. Esta planta tem um aspecto arbóreo, no entanto é considerada um arbusto. É uma das plantas mais antigas do mundo.

O tronco lembra uma palmeira, lenhoso a semilenhoso, com ou sem ramificações. As folhas são dispostas em coroa, são grandes, podem atingir de 1,20 a 1,50 de comprimento por 15 ou 20 cm de largura. Os folíolos numerosos são finos e rígidos de ponta aguçada.

Atualmente, dela, é extraído um amido, chamado de sagu, usado na alimentação, mas atenção é extremamente venenosa se ingerida sem processá-la, devendo tomar cuidado com animais domésticos que podem encontrar nela um sabor palatável; os sintomas clínicos aparecem depois de 12 horas, e podem incluir vômitos, diarreia, fraqueza, convulsões e cirrose hepática. Apesar disto é uma das peças mais comuns nos jardins por sua exuberância e imponência, deixando o jardim mais luxuoso pela sua aparência e beleza.

A Cycas revoluta tem hábito dos trópicos, necessita de uma boa dose de sol diariamente para viver bem vistosa, não precisa ser necessariamente sol direto durante todo o dia, porém, é aconselhável várias horas por dia, o que dificulta o cultivo em interiores, que precisam ser bem abertos para a entrada de luz.

A proliferação dessa planta costuma ser feita a partir do plantio de suas sementes, porém, devido à demora para o crescimento da mesma é aconselhável para pessoas que pretendem apenas decorar um jardim adquirir mudas prontas, aí basta fazer o transplante para uma cova em solo devidamente preparado.

Já o solo aconselhável é a misturar muita de areia grossa e fertilizante orgânico ao solo antes do plantio, isso para que ele fique com uma boa drenagem e alta fertilidade. Apenas tome cuidado para caso o solo já esteja altamente adubado, pois o exagero também não é bom para a planta.

Portanto, podemos cuidar desta planta, já que, manter diariamente de forma em que o solo fique sempre úmido, porém sem nunca encharcados. A drenagem é necessária, pois não suporte solo enxarcado. Não podem deixar falta nutrientes, pois, pode levar a presença de fungos ou cochonilhas nas raízes e folhas. Esses seres como fungos e insetos, podem levar a morte da planta. Essas plantas são da Era Mesozoica, aproximadamente no período Triássico e início de Jurássico a cerca de 200 milhões de anos atras, é chamada de fóssil vivo, e sofreram poucas mudanças desde que surgiram no planeta.

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

 

REINO: Plantae

DIVISÃO: Cycadophyta

CLASSE: Cycadopsida

ORDEM: Cycadales

FAMÍLIA: Cycadaceae

GENÉRO: Cycas

ESPÉCIE: Cycas revoluta 

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

NOME CIENTÍFICO: Cycas revoluta

SINÔNIMO:

Cycas miquelii Warb.

Cycas revoluta var. brevifrons Miq.

Cycas revoluta var. planifolia Miq.

Cycas revoluta var. prolifera Siebold & Zucc.

Cycas revoluta var. robusta Messeri

NOMES POPULARES: Cica, Palmeira-sagu, Sagu

FAMÍLIA: CICADACEAE

NOME POPULAR: Cica, palmeira-sagu, sagu-de-jardim.   

FAMÍLIA: Cycadaceae

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Essa planta é nativa da Ilha de Fujian, na China, e de Kyushu e Ilhas Ryukyu e do Japão.

CATEGORIA: Arbustos, Arbustos Tropicais, Bonsai, Plantas Esculturais

PLANTA: planta dioica (é uma planta em que os sexos estão separados em indivíduos diferentes, ou seja, há plantas masculinas e femininas).

RAIZES: Raízes grossas e carnudas, que formam uma associação simbiótica com cianobactérias fixadoras de nitrogênio.  Uma ação simbiótica entre as algas Cianobacterias do Gênero Anabiana, essas algas são fixadoras de nitrogênio no solo, realizando uma ação simbiótica (é uma relação entre dois ou mais organismos diferentes que podem ou não se beneficiar mutuamente) entre as raízes da Cyca revoluta e as algas.

CAULE: aéreo, ereto, ramificado, monopodial e troco.

ÁRVORE: até 03 metros de altura; ramos cilíndricos e glabros.

FOLHAS: as suas folhas são compostas, de consistência coriácea, longas, rígidas, pinadas, com um espinho no ápice, com até 1,5 m de comprimento. As folhas são de coloração verde-escura e brilhante, com folíolos estreitos e margens revolutas (enroladas para baixo). Crescem em uma roseta densa no topo do caule. 

INFLORESCÊNCIA: terminal (as flores surgem no topo da planta), pluriflora, formando uma roseta, de coloração creme, como aspecto plumoso.  

FLORES: são pedunculadas, cíclicas, heteroclamídea e unissexual.

- unissexual masculina ou estaminada (microstróbilos com numerosos microsporófilos, os quais apresentam numerosos microsporângios sobre a superfície) e;

- unissexual feminina ou pistalada (megastróbilos ausentes; megasporófilos agrupados no ápice dos ramos, com (1-) 2-8 óvulos em sua margem).

FRUTOS: indeiscentes, unitegumentada, endosperma e albuminadas.

SEMENTES: As sementes, que são do tamanho de bolas de golfe e de cor laranja brilhante, levam cerca de um ano para amadurecer após a polinização.

TAMANHO: 3.0 a 3.6 metros.

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA:

A polinização da Cyca revoluta, se dá por contar dos besouros cativantes como os principais agentes. Esses besouros resistentes são atraídos pelo cheiro irresistível de amido da planta, embarcando em uma jornada cíclica de polinização. O processo atinge o pico durante os meses quentes, quando os besouros ficam presos nos cones masculinos da cica durante a noite; esse momento crucial cimenta a sobrevivência interligada da cica e dos besouros.

LUMINOSIDADE: Meia Sombra, Sol Pleno

CLIMA: tropical, Subtropical, Equatorial. Não tolera temperaturas muito baixas.

ORNAMENTAL: devido às suas folhas brilhosa e utilizado no paisagismo urbano. Muito utilizada em jardins, praças e paisagismo devido à sua aparência exótica e baixa manutenção. 

CULTURAL: no Japão, é tradicionalmente usada em jardins ornamentais e templos. 

TÓXICA: todas as partes da planta são tóxicas se ingeridas, contendo uma neurotoxina chamada de cicasina (é um glicosídeo cancerígeno e neurotóxico encontrado em cicadáceas). 

CULTIVO: 

- Prefere climas quentes e úmidos, mas é resistente a períodos de seca. 

- Requer solos bem drenados e regas moderadas. 

- Propagação por sementes ou brotações laterais (filhotes). 

CURIOSIDADES SOBRE A Cyca revoluta:

- É uma das plantas mais antigas do planeta, com fósseis datando de mais de 280 milhões de anos. 

- Apesar de ser chamada de "palmeira-sagu", não é uma palmeira verdadeira, mas sim uma cicadófita, um grupo de plantas gimnospermas primitivas.

PODA: quando necessário.

CULTIVO: em solo areno-argiloso para facilitar a drenagem. Sugestão de mistura: uma parte de terra comum de jardim, 01 parte de composto orgânico ou pó de fibra de coco, 01 parte de terra e carvão vegetal e 01 parte de areia.

FERTILIZAÇÃO: Não é muito exigente, aplicar de 01 a 03 colheres de sopa de NPK, fórmula 10-10-10 longe das raízes.

UTILIZAÇÃO: usada em ambientes externos, de forma isolada ou formando um maciço de plantas verdes formando uma cerca viva.

PROPAGAÇÃO: Multiplica-se facilmente por brotos e sementes.

FOTOS: Fotografado na frente do Teatro Municipal de Boa Vista, Boa Vista, Roraima, Brasil.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/BemVindoConsultaPublicaHVConsultar.do?modoConsulta=LISTAGEM&quantidadeResultado=20&genero=Cycas&especie=revoluta Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://www.biodiversity4all.org/taxa/129783-Cycas-revoluta Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/jcb.23343 Acesso em 15 fev. 2025.

 

Disponível em: https://bsapubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.3732/ajb.94.5.847 Acesso em 15 fev. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.

 

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