domingo, 27 de abril de 2025

ALOCASIA CUCULLATA (Lour.) G. Don





 

Alocasia cucullata (Lour.) G. Don é uma planta herbácea da família Araceae, nativa do Sudeste Asiático e se adaptou muito bem aqui no país neotropical. Conhecida popularmente como orelha-de-elefante, máscara-africana, taro-ornamental.

É uma planta herbácea, perene, de crescimento moderado, atingindo geralmente entre 40 cm a 1,5 metro de altura. Raízes subterrânea, no início fasciculada e depois tuberosa e robusta, responsável pelo armazenamento de nutrientes e propagação vegetativa do vegetal. Caule aéreo, ereto, do tipo rizomatoso que armazena substancias nutritivas e ramificado entre os nós.

Suas folhas são completas, com pecíolo longo, ereto, suculento, no pecíolo também apresenta bainha, limbo cordiformes a sagitadas, com ápice pontiagudo e a base cordiforme, bordo inteiro, coriáceas e superfície brilhante. Com coloração verde-escura, com nervuras primárias e secundárias bem marcadas por padrão peninérvea.

Inflorescência axilar, pluriflora, racemosa do tipo espádice (estrutura carnosa central) envolvido por uma espata foliácea, de coloração esverdeada a esbranquiçada. Com flores minúsculas, unissexuais: flores femininas na base da espádice e masculinas na região superior. Polinização geralmente por insetos. Apresenta fruto simples carnoso do tipo bagas globosas, inicialmente verdes, tornando-se alaranjadas ou vermelhas quando maduras. Contêm várias sementes. 

Portanto é uma planta herbácea, ornamental, tóxica contendo oxalato de cálcio e nativa do sudeste da Ásia. Trata-se de uma planta de aspecto curioso e incomum, cultivada em regiões neotropicais, tropicais e subtropicais. Pode ser cultivada em grupos formando maciços à meia-sombra, bem como para jardineiras e vasos para interiores bem iluminados. Essa planta não tolera geadas, contudo é capaz de rebrotar a partir dos rizomas. Multiplica-se pelos rizomas tuberosos.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

 

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Arismatales

Família: Araceae

Gênero: Alocasia

Espécie: Alocasia cucullata (Lour.) G.Don

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Alocasia cucullata (Lour.) G.Don

SINONÍMIA:  

Arum cucullatum

Alocasia rugosa

Caladium cucullatum

Caladium rugosum

Colocasia cochleata

Colocasia cucullata

Colocasia rugosa

Panzhuyuia omeiensis

PSEUDÔNIMO: inhame-deformado, orelha-de-elefante e máscara-africana.

FAMÍLIAAraceae

ORIGEM: Sudeste asiático.

RAIZ: Raízes subterrânea, no início fasciculada e depois tuberosa e robusta, responsável pelo armazenamento de nutrientes e propagação vegetativa do vegetal.

CAULE: Caule aéreo, ereto, do tipo rizomatoso que armazena substancias nutritivas e ramificado entre os nós.    

FOLHAS: Suas folhas são completas, com pecíolo longo, ereto, suculento, no pecíolo também apresenta bainha, limbo cordiformes a sagitadas, com ápice pontiagudo e a base cordiforme, bordo inteiro, coriáceas e superfície brilhante. Com coloração verde-escura, com nervuras primárias e secundárias bem marcadas por padrão peninérvea.

INFLORESCÊNCIAS: Inflorescência axilar, pluriflora, racemosa do tipo espádice (estrutura carnosa central) envolvido por uma espata foliácea, de coloração esverdeada a esbranquiçada.

FLORES:  Com flores minúsculas, unissexuais: flores femininas na base da espádice e masculinas na região superior.

FRUTOS: fruto simples carnoso do tipo bagas globosas, inicialmente verdes, tornando-se alaranjadas ou vermelhas quando maduras. Contêm várias sementes. 

PORTE: é uma planta herbácea perene, com folhas grandes e decorativas, que pode atingir até 1,5 metro de altura. 

LUMINOSIDADE: meia sombra.

CATEGORIA: plantas ornamentais.

ÁGUA: muita água

CLIMA: neotropical, tropical e subtropical.

CULTIVO: é uma planta de fácil cultivo que adora ambientes úmidos e luz indireta, mas não direta. O solo deve ser bem drenado e rico em matéria orgânica, e a rega deve ser moderada, mantendo o substrato úmido, mas sem encharcar. 

UTILIZAÇÃO: é uma planta ornamental popularmente utilizada na decoração de ambientes internos e externos, especialmente em jardins sombreados.

PROPAGAÇÃO:  através da divisão dos rizomas ou por estacas, sendo a divisão de rizomas a forma mais comum. A divisão de rizomas é ideal para a primavera e outono, e envolve separar as partes do rizoma com uma faca ou pá e replantar em locais diferentes. As estacas, por outro lado, podem ser feitas com folhas maduras e um pedaço do caule, que devem ser cultivadas em vasos ou canteiros. 

SUBSTRATO: solo fértil, rico em matéria orgânica. Adubação: NPK, rico em P (fósforo). Ter cuidados com as folhas velhas e amareladas devem ser retiradas para que não haja propagação de fungos e bactérias.

FERTILIZAÇÃO: deve ser feita mensalmente durante a estação de crescimento, preferencialmente com um fertilizante rico em nitrogênio, diluído pela metade.  

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT: ela se desenvolve bem em solo úmido e bem drenado, com luz indireta e brilhante.

ECOLOGIA: é uma erva e pode ser cultivadas em vasos e aglomerado de terra.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: reside principalmente na sua utilização como planta ornamental, sendo apreciada pela sua beleza e exuberância, especialmente em jardins com sombra. No entanto, a planta também é considerada valiosa para jardins que atraem polinizadores, devido às suas flores incomuns que atraem insetos benéficos.

POLINIZADOR: Já as suas flores estão na espádice e têm a capacidade de aquecer, liberando uma fragrância que atrai insetos benéficos para polinizar a planta.

TOXIDADE: é tóxica para animais e humanos. A ingestão ou o contato com a planta podem causar irritação, coceira e, em casos mais graves, dificuldade para respirar e outros problemas de saúde. A planta contém cristais de oxalato de cálcio, que podem causar irritação na pele e mucosas. 

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB609319  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://www.nparks.gov.sg/florafaunaweb/flora/1/6/1632 Acesso em 04 mar. 2025.

 

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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sábado, 26 de abril de 2025

AECHMEA FASCIATA (Lindl.) Baker







 

Aechmea fasciata (Lindl.) Baker é uma planta epífita da família Bromeliaceae, nativa do Brasil. Conhecida popularmente como Bromélia-prateada ou Vaso-prateado devido às suas folhas características e de coloração verde prata.

É uma planta herbácea, perene, com crescimento em roseta, com raízes são aéreas, ramificadas, pequenas, são fortes e resistentes, auxiliando na fixação da planta no substrato. A principal função das raízes é a fixação, enquanto a absorção de água e nutrientes ocorre principalmente pelas folhas. No entanto, estudos recentes indicam que as raízes também podem contribuir para a absorção de água e nutrientes, auxiliando no crescimento e desenvolvimento da planta. Com o caule é herbáceo, aéreo, ereto, cilíndrico, com nós e entre nós e ramificados (brotos laterais). Já as suas folhas são incompletas, sésseis, paralelinérvea, coriácea, glabra, de forma linear, quanto ao bordo serrilhada, com o ápice mucronado e a base truncada, rosulada formando uma roseta longas, rígidas, arqueadas, de cor verde-acinzentada com listras prateadas e formando um copo central que acumula água. Já a sua inflorescência terminal uniflora, simples indefinida, formando espiga ereta e vistosa, com brácteas rosa-arroxeadas e flores pequenas de cor azul ou rosa, que mudam para vermelho conforme amadurecem. Sua floração ocorre uma vez na vida (planta monocárpica), geralmente após 3–5 anos de crescimento. Com frutos carnoso, pequenas em forma de bagas.

Portato, é uma planta herbácea, perene, com crescimento em roseta. Folhas longas, prateadas e margens serrilhadas. Formam um copo central que acumula água. Segundo o Instituto Oswaldo Cruz (2023), a água que se acumula nas bromélias não é um bom ambiente para o desenvolvimento de larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue. Embora as bromélias possam reter água, essa água não é ideal para o desenvolvimento do mosquito, pois possui um pH ácido e abriga outros organismos que competem com as larvas. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Gênero: Aechmea

Espécies: Aechmea fasciata (Lindl.) Baker

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Aechmea fasciata (Lindl.) Baker

SINONÍMIA:  

Aechmea fasciata var. flavivittata Reitz

Aechmea fasciata var. pruinosa Reitz

Aechmea fasciata var. purpurea (Guillon) Mez

Aechmea hamata Mez

Aechmea leopoldii Baker

Billbergia fasciata Lindl.

Billbergia glazioviana Regel

Billbergia rhodocyanea Lem.

Billbergia rhodocyanea var. purpurea Guillon

Hohenbergia fasciata (Lindl.) Schult. & Schult.f.

Hoplophytum fasciatum (Lindl.) Cerveja

Platyaechmea fasciata (Lindl.) LBSm. & WJKress

Tillandsia bracteata Vell.

PSEUDÔNIMO: bromélia prateada.

FAMÍLIABromeliaceae

ORIGEM: Mata atlântica do Rio de Janeiro, Brasil.

RAIZ: as raízes são aéreas, pequenas, são fortes e resistentes, auxiliando na fixação da planta no substrato. A principal função das raízes é a fixação, enquanto a absorção de água e nutrientes ocorre principalmente pelas folhas. No entanto, estudos recentes indicam que as raízes também podem contribuir para a absorção de água e nutrientes, auxiliando no crescimento e desenvolvimento da planta. 

CAULE:  com o caule é herbáceo, aéreo, ereto, cilíndrico, com nós e entre nós e ramificados (brotos laterais).  

FOLHAS: suas folhas são rosetadas, infundibuliforme(s); com bainha foliar bem desenvolvidas, coriácea(s); margens serreadas e ápice arredondados e base apiculados.

INFLORESCÊNCIAS: com suas inflorescências do tipo de espiciforme, disposição da inflorescência excedendo a roseta foliar, posição do pedúnculo na antese ereto, bráctea envolvendo o pedúnculo completamente e raque densamente congesta.

FLORES: sua flor com pedicelo ausente, com disposição das espiralada, sépalas parcialmente conatas, coloração das sépalas rosa, simetria das sépalas assimétrica, ápices das sépalas mucronados, forma das pétalas espatuladas, de coloração azulada.

FRUTOS: com frutos carnoso, pequenas em forma de bagas e sementes são pequenas.  

PORTE: chega até 40 centímetros.

LUMINOSIDADE: luz filtrada.

CATEGORIA: ornamental e tóxica.

ÁGUA: tome cuidado também com as regas excessivas com a planta em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não pegue fungos ou chegue a apodrecer.

CLIMA: essa planta prospera em climas tropicais e subtropicais. 

CULTIVO: é uma planta fácil de cultivar, que se adapta bem a ambientes internos e externos com boa luminosidade indireta e irrigação moderada. Prefere substrato leve e bem drenado, e pode ser fertilizada a cada dois meses. 

UTILIZAÇÃO: usada como planta ornamental, seja em ambientes interiores ou exteriores.

PROPAGAÇÃO:  pode ser propagada através de sementes e, em menor medida, através de mudas que surgem espontaneamente na base da planta mãe ou de filhotes que se desenvolvem nas folhas. A germinação das sementes exige luz e temperatura adequada, e o cuidado com a umidade do substrato é fundamental. 

SUBSTRATO: ideal é uma mistura que ofereça boa drenagem e retenção de água e nutrientes. Uma combinação de casca de pinus, areia de construção e húmus de minhoca é uma ótima opção. Essa planta tem preferência a ambientes com boa luminosidade, mas não sol forte, e aprecia umidade. 

FERTILIZAÇÃO: ela precisa de fertilização para crescer saudável. A fertilização deve ser feita a cada três meses com um fertilizante universal ou para folhas verdes, especialmente durante a primavera e outono. A planta também pode se beneficiar de fertilização orgânica.  

CICLO DE VIDA: tem um ciclo de vida monocárpico, ou seja, floresce apenas uma vez e morre após a floração. No entanto, antes de morrer completamente, a planta-mãe produz filhotes na base, que podem ser removidos e replantados para continuar a espécie.

HABITAT E ECOLOGIA: é uma espécie endêmica do Estado do Rio de Janeiro, e é epífita nativa do Brasil, especificamente da Mata Atlântica, onde habita florestas pluviais. Cresce sobre outros vegetais, utilizando-os como suporte, sem parasitá-los. A planta forma uma roseta com folhas largas e listradas, que acumulam água, servindo como fonte de alimento para alguns animais. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: as suas flores e os seus frutos podem serem usados na produção de doces, geléias, sorvetes ou sucos, ou como cerca-viva em áreas rurais. 

POLINIZADOR:  podem ser polinizadas pelo vento (anemofilia) e animais (zoofilia), especialmente os morcegos (quiropterofilia). 

TOXIDADE: não é considerada tóxica para os seres humanos ou animais domésticos.

 

FOTO: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil.

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/estudo-indica-que-bromelias-nao-constituem-focos-preferenciais-do-mosquito-da-dengue Acesso em 26 abril 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=5&genero=Aechmea&especie=fasciata&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 26 abril 2025.

 

Disponível em: https://images.cria.org.br/viewer/RBR00022021  Acesso em 26 abril 2025.

 

NEVES, B. et al. Aechmea e gêneros relacionados (Bromelioideae, Bromeliaceae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 66 Jun 2015. Disponíveis em https://doi.org/10.1590/2175-7860201566220 Acesso em 26 abril 2025.

 

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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TILLANDSIA USNEOIDES (L.) L.

 






Tillandsia usneoides (L.) L. é uma planta da família Bromeliaceae e subfamília Tillandsioideae, com o nome popular de barba-de-pau, musgo-espanhol, cabelo-de-velho, barba-de-velho.

É uma planta epífita, aérea, não parasitária, com crescimento pendente, formando longas cortinas de até 6 metros de comprimento. Com um sistema radicular ausente, suas raízes são aéreas, tem função de suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes, curtos, ramificados e resistentes. Já seu caule é aéreo, fino, alongado, ramificado, filiforme, ou seja, fino e semelhante a um fio, que permite à planta se pendurar em ramos de árvores. Este caule é flexível e pode ter até 50 cm de comprimento, com entrenós amplamente espaçados. Com folhas incompleta, séssil, quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu bordo é liso, o ápice é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de fio), curvadas, com até 6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por tricomas peltados, especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera. Inflorescências, terminal, uniflora e racemosa do tipo espiga. Com flores pequenas (1–1,5 cm), solitárias, de cor verde-amarelada ou azulada pálida, com três pétalas, florescendo esporadicamente, principalmente na primavera ou verão, com aroma suave. Frutos tipo seco, deiscentes, do tipo cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas com papus (estruturas plumosas) para dispersão pelo vento.

Essa planta tem sua fisiologia e adaptações diferenciada para sobreviver em um ambiente hostil. Seu metabolismo realiza o CAM (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), adaptação que permite absorver CO à noite para minimizar a perda de água. Possui tricomas que atuam como esponjas, captando umidade do ar, orvalho e chuva, além de filtrar partículas de nutrientes. Já a sua resistência é tolerante a secas temporárias, mas sensível a poluição atmosférica e água salobra. 

Portanto é uma planta herbácea, segundo Instituto de Botânica de São Paulo (2015) a bromélia epífita Tillandsia usneoides vem sendo utilizada como bioindicadora universal por acumular altas concentrações de metais e apresentar alterações nas escamas foliares quando expostas a ambientes poluídos.

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Subfamília: Tillandsioideae

Gênero: Tillandsia

Espécies: Tillandsia usneoides (L.) L.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Tillandsia usneoides (L.) L.

SINONÍMIA:

Renealmia usneoides L.

Tillandsia crinita Willd. ex Beer

Tillandsia filiformis Lodd. Cat. ex Schult.f.

Tillandsia trichoides Kunth

Tillandsia usneoides var. cretácea (Mez) Mez

Tillandsia usneoides var. ferrugínea (André) A.Cast.

Dendropogon usneoides (L.) Raf.

Strepsia usneoides (L.) Nutt. ex Steud.

PSEUDÔNIMO: barba-de-pau, musgo-espanhol, cabelo-de-velho, barba-de-velho.

FAMÍLIA: Bromeliaceae

SUBFAMÍLIATillandsioideae

ORIGEM:  das regiões das Américas do sudeste dos Estados Unidos (Virgínia ao Texas) até a Argentina. 

RAIZ: suas raízes são aéreas, tem função de suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes, curtos, ramificados e resistentes.

CAULE: aéreo, flexível e pode ter até 50 cm de comprimento, com entrenós amplamente espaçados. 

FOLHAS: com folhas incompleta, séssil, quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu bordo é liso, o ápice é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de fio), curvadas, com até 6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por tricomas peltados, especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera.

INFLORESCÊNCIAS: terminal, uniflora e racemosa do tipo espiga.    

FLORES: flores pequenas, solitárias, de cor amarelada, com três pétalas, florescendo esporadicamente, principalmente na primavera ou verão, com aroma suave

FRUTOS: tipo seco, deiscentes, do tipo cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas com papus (estruturas plumosas) para dispersão pelo vento.

PORTE: pendente pode chegar até metros de altura. Planta herbácea anual, de pequeno porte (10–30 cm de altura), com hábito suculento e crescimento prostrado a ereto.

LUMINOSIDADE:  mantenha em local com boa claridade, mas sem sol direto.

CATEGORIA: bioindicadora, ornamental

ÁGUA: tome cuidado também com as regas excessivas com a planta em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não pegue fungos ou chegue a apodrecer.

CLIMA: essa planta prospera em climas tropicais e subtropicais.

CULTIVO: é uma planta angiospérmica que cresce sobre grandes árvores e em casa deve colocar em um suporte e ele se desenvolve só. É cultivada em locais com boa luminosidade, mas sem luz solar direta, e necessita de umidade regular, através de pulverizações ou imersões em água. A planta também pode ser usada em decoração, como musgo natural para orquídeas, ou para manter a umidade do ambiente. 

UTILIZAÇÃO: para ornamentação e bioindicadores biológico de poluição do ar.

PROPAGAÇÃO: é feita principalmente por divisão da planta mãe ou por brotação. A planta também pode se propagar naturalmente, com as sementes sendo levadas pelo vento e se alojando em outras árvores. 

CICLO DE VIDA: anual

HABITAT E ECOLOGIA: é comum em locais úmidos e sombreados, como sub-bosques, jardins, fendas de calçadas e vasos. Cresce em solos ricos em matéria orgânica, muitas vezes como planta ruderal (espontânea em ambientes antropizados). É uma bromélia epífita que se destaca pela sua ecologia única. Ela não precisa de solo para crescer, absorvendo água e nutrientes do ar através de suas folhas. A sua presença em árvores, rochas ou outros suportes não a torna parasita, mas sim epífita, ou seja, ela se beneficia da altura e do suporte, sem prejudicar a planta hospedeira. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta com valor econômico significativo devido ao seu uso ornamental, produção de fibras e potencial para o biomonitoramento ambiental. Apesar de ter usos medicinais tradicionais, a sua importância econômica está mais relacionada à sua beleza e versatilidade.  

POLINIZADOR: pelo vento e por animais (borboletas, besouros, moscas e abelhas) servem como polinizadores. 

TOXIDADE: é não tóxico para gatos e cães, tornando-o uma escolha amigável para decoração de interiores. Esta planta resistente prefere luz indireta e condições úmidas, prosperando em vários ambientes internos.

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   

 

REFERÊNCIAS:

 

Escamas anômalas em Tillandsia usneoides (L.) L. (Bromeliaceae) expostas na Região Metropolitana de Campinas, SP, Brasil, como marcadoras da poluição aérea. São Paulo: Instituto de Pesquisas Ambientais, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2236-8906-18/RAD/2015  Acesso em 26 abril 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=283952766 Acesso em março 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Tillandsia+usneoides&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica  Acesso em 04 mar. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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terça-feira, 22 de abril de 2025

AGLAONEMA ‘TROPICS LUCKIEST ROTUNDUM’







Aglaonema ‘tropics Luckiest Rotundum’ é uma planta cultivar da espécie Aglaonema commutatum, pertencente à família botânica Araceae. Essa variedade é especialmente apreciada por sua folhagem ornamental e adaptabilidade a ambientes internos.

É uma planta herbácea, perene, de crescimento moderado, atingindo geralmente entre 30 cm e 60 cm de altura. Com suas folhas alongadas, lanceoladas ou ovais, com padrões variegados de cores que incluem verde, amarelo, rosa avermelhado e creme. A superfície é brilhante, textura é coriácea e nervuras peninérveas de cor rosa. A cultivar 'Pseudobracteatum' destaca-se por suas brácteas (estruturas semelhantes a folhas) que podem ser confundidas com folhas verdadeiras.

Com inflorescência em espádices nas partes apicais da planta, envolvidos por uma espata, geralmente de cor esverdeada ou branca. Já as suas flores são pequenas, discretas e pouco vistosas, localizadas na espádice da inflorescência. Os seus frutos apresentam em forma de Bagas que podem variar de cor conforme amadurecem, mas raramente são produzidas em cultivo.

Portanto, o seu nome 'Pseudobracteatum' refere-se às brácteas falsas que podem ser confundidas com folhas, uma característica marcante dessa cultivar. É uma planta tóxica e se ingerida, devido à presença de cristais de oxalato de cálcio, que podem causar irritação na boca e no trato do sistema digestório. Sendo uma planta do bem, muito popular para purificação do ar em ambientes internos, pois ajuda a remover toxinas como formaldeído e benzeno.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Arismatales

Família: Araceae

Gênero: Aglaonema

Espécie: Aglaonema commutatum

CULTIVAR: Aglaonema ‘tropics Luckiest Rotundum’

  

 CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME DO CULTIVARAglaonema commutatum 'Pseudobracteatum'

PSEUDÔNIMO: Aglaonema, Café-de-salão-dourado.

FAMÍLIA: Araceae

CICLO DE VIDA: Perene.

ORIGEM: Sudeste Asiático (cultivar desenvolvida para fins ornamentais).

PORTE: pode atingir até mais de 70 centímetros de altura.

RAIZ: suas raízes são subterrâneas e fasciculadas.

CAULE: são herbáceos, aéreo, ereto e haste. 

FOLHAS: as folhas são simples, alongadas, lanceoladas ou ovais, filotaxia alterna, com padrões variegados de cores que incluem verde, rosa, amarelo, branco e creme. A superfície é brilhante, textura é coriácea e nervuras penimerveas cor de rosa. A cultivar 'Pseudobracteatum' destaca-se por suas brácteas que podem ser confundidas com folhas verdadeiras, brilhantes e no ápice. Suas folhas formam um verde escuro, roseta lindíssima de coloração que vai do verde ao vermelho intenso.

INFLORESCÊNCIA: Suas inflorescências são axilares, pluriflora, simples indefinidas com forma de espata e espádice de coloração verde brilhante e tem importância ornamental.

FLORES: são discretas, com uma folha modificada que envolve um tipo de espiga. Nessa formação alongada estão as várias florzinhas.  

FRUTOS: são monospérmicos, carnoso, bagas e hesperídeo (cítrico) que podem variar de cor conforme amadurecem, mas raramente são produzidas em cultivo.

LUMINOSIDADE: deve ser exposto ao sol, meia-sombra e sol difuso.

ÁGUA: precisa de água quando estivar muito seco.

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical e Temperado.

CULTIVO:  no cultivo, deve observar a luz indireta ou sombra parcial. Evitar exposição direta ao sol, que pode queimar as folhas. Aceita uma temperatura entre 18°C e 25°C. Não tolera temperaturas abaixo de 15°C. Já as suas regas devem manter o solo úmido, mas sem encharcamento. Reduzir a rega no inverno. E a umidade preferencialmente alta, com umidade relativa do ar, sendo ideal para banheiros ou ambientes com umidificadores. O seu solo deverá ser bem drenado, rico em matéria orgânica (por exemplo, mistura de turfa, perlita e composto).

CRESCIMENTO: planta de crescimento rápido, gosta de solos super drenado.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental.

PROPAGAÇÃO: Multiplica-se facilmente por sementes e eventualmente por separação de brotações laterais, ocasionais do caule e estacas.

CATEGORIA: folhagens.

OBSERVAÇÃO: É UMA PLANTA TÓXICA - Todas as partes da planta são venenosas se ingeridas. O contato com folhas e seiva pode causar irritação da pele e dos olhos ou reação alérgica.

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://www.gajagarden.com.br/aglaonema-tropics-luckiest-rotundum-p15-rara-planta-natural/?srsltid=AfmBOoo6aBOPtCL19QN3rp1fTCFfSPq4SIeSGdiQTopx952i1tGVjRLB Acesso em 01 março 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021.

 

Boa Vista, Roraima - Cidade mais bela do País! Venha conhecer!

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....por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com