quinta-feira, 10 de abril de 2025

IPOMOEA CARNEA jacq. vs. Ipomoea carnea fistulosa Mart. ex Choisy

 












Ipomoea carnea subesp. fistulosa é uma planta da família botânica Convolvulaceae, herbácea a arbusto, muito rústica, perene, com caule aéreo, eretos, fistuloso e ramificados.  Conhecida popularmente como algodão-bravo, algodão-de-pântano e algodão-do-brejo. Essa planta contém uma substância chamada de swainsonina, causadora de intoxicação neurológica nos animais doméstico e humano.

Suas raízes são subterrâneas e pivotante. Já o seu caule é aéreo, ereto, tronco lenhoso, fistuloso (oco) e folhas alternas, lanceoladas, de consistência membranosa, de coloração verde azulada. Com inflorescências de posição apical e terminal, pluriflora, racemosa, do tipo racemo indefinido. Suas flores são pedunculadas, cíclica, heteroclamídea, andrógena, isostêmone, perígina, gamossépalas, gamopétalas, flor completa, de prefloração valvar reduplicada, heterodínamo, dialistêmone, quanto a ramificação do filete simples, de coloração rósea.

Portanto, essa planta ocorre em solo bem drenados, em regiões de altitude moderada, com distribuição nos países da América do sul, especialmente o Brasil. Possui substância chamada de swainsonina que causa intoxicação neurológica nos seres que se alimenta desta planta, podendo levar a morte por sua ingestão.  É uma espécie muito rústica, perene, rizomatosa, muito lactescente, semidecídua, nativa de áreas abertas e ensolaradas de locais úmidos e brejosos, como campos de várzea, cerrados e restingas, e áreas mais florestais, com as matas de galeria e florestas de várzeas, podendo ser encontradas em quase todos os domínios de vegetação brasileiros (Amazônico, Caatinga, Cerrado, Mares de morros, Pradarias). Além do ambiente rural, podemos encontrar no ambiente urbano como ruderal, e em pastagens, pode adquirir comportamento nocivo aos animais. Sendo encontrada florida durante o período não chuvoso.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Solanales

Família: Convolvulaceae

Gênero: Ipomoea

Espécies: Ipomoea carnea jacq.

Subespécie: Ipomoea carnea subesp. fistulosa Mart. ex Choisy

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Ipomoea carnea jacq.

SUBESPÉCIE: Ipomoea carnea subesp. fistulosa Mart. ex Choisy

SINONÍMIA:  

Batatas crassicaulis Benth.

Convolvulus batatilla Kunth

Ipomoea batatilla (Kunth) G. Don

Ipomoea crassicaulis (Benth.) Rob.

Ipomoea gossypioides Parodi

Ipomoea texana J.M.Coult.

Ipomoea fistulosa Mart. ex Choisy

 

PSEUDÔNIMO: mata-cabra, campainha-de-canudo, ipomeia-arbórea, capa-bode e algodão-bravo como é conhecido em Boa Vista, Roraima.

FAMÍLIAConvolvulaceae

ORIGEM: é uma planta nativa da América Tropical, desde o México até o sul do continente. No Brasil é encontrada em todos os Estados Brasileiro, especialmente na Caatinga nordestina.

RAIZ: são subterrâneas e pivotante, adaptada aos lugares úmidos e de alta altitudes com raízes profundas. É uma espécie pioneira depois da derrubada da mata primária (ruderal).

CAULE: caule é aéreo, ereto, tronco lenhoso, fistuloso (oco), daí o seu nome. O seu caule produz um látex branco.  

FOLHAS: folhas completa, peciolada, peninérvea, membranácea, glabra, lanceoladas, inteiro, ápice acuminado e base sagitada, filotaxia alterna e de coloração verde azulada.

INFLORESCÊNCIAS: suas inflorescências são de posição apical e terminal, pluriflora, racemosa, do tipo racemo indefinido.

FLORES: com as suas flores são pedunculadas, cíclica, heteroclamídea, andrógena, isostêmone, perígina, gamossépalas, gamopétalas, flor completa, de prefloração valvar reduplicada, heterodínamo, dialistêmone, quanto a ramificação do filete simples, de coloração rósea.

FRUTOS: fruto simples, capsulado (cápsula denticida), globoso, deiscente.

SEMENTES: essa planta contém de 02 a 04 sementes pequenas, marrom-escuras e pubescentes (cobertas por pelos finos) para a sua dispersão abiótica anemocoria.

PORTE: arbusto, subarbusto ou liana de 01 a 03 metros de altura, a depender de como você quer conduzir, ereto, formado por ramos eretos, longos e pouco ramificados, decumbentes e volúveis com o tempo, etc.

LUMINOSIDADE: sol pleno

CATEGORIA: florística

ÁGUA: só no início, depois ela se manter só. 

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental e semiárido.

CULTIVO: essa planta prospera em climas quentes com bastante luz solar, tornando-se uma planta de fácil cuidado. Requer regas regulares, mas evite a rega excessiva para prevenir a podridão das raízes. Como uma planta de crescimento rápido, precisa de podas periódicas para manter a forma e incentivar um crescimento mais frondoso da subespécie.

UTILIZAÇÃO: paisagística e medicinal

PROPAGAÇÃO: pode ser por sementes e estacas.

SUBSTRATO: Para plantas ornamentais em vasos, é só planta na terra do jardim, que as sementes germinam com facilidade.

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais úmidos e sol pleno.

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT E ECOLOGIA: é uma planta de fácil manutenção paisagística, belíssimas flores para atrair pássaros como os beija-flores e pode ser aproveitado na formação de renques junto a cercas ou em lagos e lagoas, além do plantio agrupado formando belíssimo maciço isolado.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é vendida em floriculturas para o paisagismo e ornamentação dos ambientes externos dos grandes jardins.

POLINIZADOR: seus principais polinizadores são as abelhas (Hymenoptera, Apoidea, Xylocopa, Centris spp. e a Apis melífera) e pássaros como os Beija-flores (Trochilidae) que podem contribuir ocasionalmente, pois visitam flores tubulares em busca de néctar. 

TOXIDADE: essa espécie é tóxica para animais herbívoros, principalmente bovinos e caprinos.

 

FOTOS: Foi fotografada na Floricultura Pátio, Avenida Venezuela, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev. 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

 

Disponível em: https://biologiadapaisagem.com.br/2022/08/24/ipomoea-carnea-algodao-bravo/ Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.2307/1220558 Acesso em 04 mar. 2025.

 

OLIVEIRA, C. A. et al. Intoxicação por Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Convolvulaceae) em caprinos na Ilha do Marajó, Pará Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-736X2009000700014  Acesso em 04 mar. 2025.

 

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

 


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