sábado, 26 de abril de 2025

TILLANDSIA USNEOIDES (L.) L.

 






Tillandsia usneoides (L.) L. é uma planta da família Bromeliaceae e subfamília Tillandsioideae, com o nome popular de barba-de-pau, musgo-espanhol, cabelo-de-velho, barba-de-velho.

É uma planta epífita, aérea, não parasitária, com crescimento pendente, formando longas cortinas de até 6 metros de comprimento. Com um sistema radicular ausente, suas raízes são aéreas, tem função de suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes, curtos, ramificados e resistentes. Já seu caule é aéreo, fino, alongado, ramificado, filiforme, ou seja, fino e semelhante a um fio, que permite à planta se pendurar em ramos de árvores. Este caule é flexível e pode ter até 50 cm de comprimento, com entrenós amplamente espaçados. Com folhas incompleta, séssil, quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu bordo é liso, o ápice é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de fio), curvadas, com até 6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por tricomas peltados, especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera. Inflorescências, terminal, uniflora e racemosa do tipo espiga. Com flores pequenas (1–1,5 cm), solitárias, de cor verde-amarelada ou azulada pálida, com três pétalas, florescendo esporadicamente, principalmente na primavera ou verão, com aroma suave. Frutos tipo seco, deiscentes, do tipo cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas com papus (estruturas plumosas) para dispersão pelo vento.

Essa planta tem sua fisiologia e adaptações diferenciada para sobreviver em um ambiente hostil. Seu metabolismo realiza o CAM (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), adaptação que permite absorver CO à noite para minimizar a perda de água. Possui tricomas que atuam como esponjas, captando umidade do ar, orvalho e chuva, além de filtrar partículas de nutrientes. Já a sua resistência é tolerante a secas temporárias, mas sensível a poluição atmosférica e água salobra. 

Portanto é uma planta herbácea, segundo Instituto de Botânica de São Paulo (2015) a bromélia epífita Tillandsia usneoides vem sendo utilizada como bioindicadora universal por acumular altas concentrações de metais e apresentar alterações nas escamas foliares quando expostas a ambientes poluídos.

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Subfamília: Tillandsioideae

Gênero: Tillandsia

Espécies: Tillandsia usneoides (L.) L.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Tillandsia usneoides (L.) L.

SINONÍMIA:

Renealmia usneoides L.

Tillandsia crinita Willd. ex Beer

Tillandsia filiformis Lodd. Cat. ex Schult.f.

Tillandsia trichoides Kunth

Tillandsia usneoides var. cretácea (Mez) Mez

Tillandsia usneoides var. ferrugínea (André) A.Cast.

Dendropogon usneoides (L.) Raf.

Strepsia usneoides (L.) Nutt. ex Steud.

PSEUDÔNIMO: barba-de-pau, musgo-espanhol, cabelo-de-velho, barba-de-velho.

FAMÍLIA: Bromeliaceae

SUBFAMÍLIATillandsioideae

ORIGEM:  das regiões das Américas do sudeste dos Estados Unidos (Virgínia ao Texas) até a Argentina. 

RAIZ: suas raízes são aéreas, tem função de suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes, curtos, ramificados e resistentes.

CAULE: aéreo, flexível e pode ter até 50 cm de comprimento, com entrenós amplamente espaçados. 

FOLHAS: com folhas incompleta, séssil, quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu bordo é liso, o ápice é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de fio), curvadas, com até 6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por tricomas peltados, especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera.

INFLORESCÊNCIAS: terminal, uniflora e racemosa do tipo espiga.    

FLORES: flores pequenas, solitárias, de cor amarelada, com três pétalas, florescendo esporadicamente, principalmente na primavera ou verão, com aroma suave

FRUTOS: tipo seco, deiscentes, do tipo cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas com papus (estruturas plumosas) para dispersão pelo vento.

PORTE: pendente pode chegar até metros de altura. Planta herbácea anual, de pequeno porte (10–30 cm de altura), com hábito suculento e crescimento prostrado a ereto.

LUMINOSIDADE:  mantenha em local com boa claridade, mas sem sol direto.

CATEGORIA: bioindicadora, ornamental

ÁGUA: tome cuidado também com as regas excessivas com a planta em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não pegue fungos ou chegue a apodrecer.

CLIMA: essa planta prospera em climas tropicais e subtropicais.

CULTIVO: é uma planta angiospérmica que cresce sobre grandes árvores e em casa deve colocar em um suporte e ele se desenvolve só. É cultivada em locais com boa luminosidade, mas sem luz solar direta, e necessita de umidade regular, através de pulverizações ou imersões em água. A planta também pode ser usada em decoração, como musgo natural para orquídeas, ou para manter a umidade do ambiente. 

UTILIZAÇÃO: para ornamentação e bioindicadores biológico de poluição do ar.

PROPAGAÇÃO: é feita principalmente por divisão da planta mãe ou por brotação. A planta também pode se propagar naturalmente, com as sementes sendo levadas pelo vento e se alojando em outras árvores. 

CICLO DE VIDA: anual

HABITAT E ECOLOGIA: é comum em locais úmidos e sombreados, como sub-bosques, jardins, fendas de calçadas e vasos. Cresce em solos ricos em matéria orgânica, muitas vezes como planta ruderal (espontânea em ambientes antropizados). É uma bromélia epífita que se destaca pela sua ecologia única. Ela não precisa de solo para crescer, absorvendo água e nutrientes do ar através de suas folhas. A sua presença em árvores, rochas ou outros suportes não a torna parasita, mas sim epífita, ou seja, ela se beneficia da altura e do suporte, sem prejudicar a planta hospedeira. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta com valor econômico significativo devido ao seu uso ornamental, produção de fibras e potencial para o biomonitoramento ambiental. Apesar de ter usos medicinais tradicionais, a sua importância econômica está mais relacionada à sua beleza e versatilidade.  

POLINIZADOR: pelo vento e por animais (borboletas, besouros, moscas e abelhas) servem como polinizadores. 

TOXIDADE: é não tóxico para gatos e cães, tornando-o uma escolha amigável para decoração de interiores. Esta planta resistente prefere luz indireta e condições úmidas, prosperando em vários ambientes internos.

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   

 

REFERÊNCIAS:

 

Escamas anômalas em Tillandsia usneoides (L.) L. (Bromeliaceae) expostas na Região Metropolitana de Campinas, SP, Brasil, como marcadoras da poluição aérea. São Paulo: Instituto de Pesquisas Ambientais, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2236-8906-18/RAD/2015  Acesso em 26 abril 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=283952766 Acesso em março 2025.

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Tillandsia+usneoides&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica  Acesso em 04 mar. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com


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