Tillandsia usneoides (L.) L. é uma planta da família Bromeliaceae
e subfamília Tillandsioideae, com o nome popular de barba-de-pau,
musgo-espanhol, cabelo-de-velho, barba-de-velho.
É uma planta epífita,
aérea, não parasitária, com crescimento pendente, formando longas cortinas de
até 6 metros de comprimento. Com um sistema radicular ausente, suas raízes são
aéreas, tem função de suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes,
curtos, ramificados e resistentes. Já seu caule é aéreo, fino, alongado,
ramificado, filiforme, ou seja, fino e semelhante a um fio, que permite à
planta se pendurar em ramos de árvores. Este caule é flexível e pode ter
até 50 cm de comprimento, com entrenós amplamente espaçados. Com folhas
incompleta, séssil, quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu
bordo é liso, o ápice é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de
fio), curvadas, com até 6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por
tricomas peltados, especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera. Inflorescências,
terminal, uniflora e racemosa do tipo espiga. Com flores pequenas (1–1,5 cm),
solitárias, de cor verde-amarelada ou azulada pálida, com três pétalas, florescendo
esporadicamente, principalmente na primavera ou verão, com aroma suave. Frutos
tipo seco, deiscentes, do tipo cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas
com papus (estruturas plumosas) para dispersão pelo vento.
Essa planta tem sua fisiologia
e adaptações diferenciada para sobreviver em um ambiente hostil. Seu metabolismo
realiza o CAM (Metabolismo Ácido das Crassuláceas), adaptação que permite
absorver CO₂ à noite
para minimizar a perda de água. Possui tricomas que atuam como esponjas,
captando umidade do ar, orvalho e chuva, além de filtrar partículas de
nutrientes. Já a sua resistência é tolerante a secas temporárias, mas sensível
a poluição atmosférica e água salobra.
Portanto é uma planta
herbácea, segundo Instituto de Botânica de São Paulo (2015) a bromélia
epífita Tillandsia usneoides vem sendo utilizada como
bioindicadora universal por acumular altas concentrações de metais e apresentar
alterações nas escamas foliares quando expostas a ambientes poluídos.
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Tillandsioideae
Gênero: Tillandsia
Espécies: Tillandsia
usneoides (L.) L.
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA:
ESPÉCIES: Tillandsia usneoides (L.) L.
SINONÍMIA:
Renealmia usneoides L.
Tillandsia crinita Willd. ex Beer
Tillandsia filiformis Lodd. Cat. ex Schult.f.
Tillandsia trichoides Kunth
Tillandsia usneoides var. cretácea (Mez) Mez
Tillandsia usneoides var. ferrugínea (André) A.Cast.
Dendropogon usneoides (L.) Raf.
Strepsia usneoides (L.) Nutt. ex Steud.
PSEUDÔNIMO: barba-de-pau, musgo-espanhol,
cabelo-de-velho, barba-de-velho.
FAMÍLIA: Bromeliaceae
SUBFAMÍLIA: Tillandsioideae
ORIGEM: das regiões das Américas do sudeste
dos Estados Unidos (Virgínia ao Texas) até a Argentina.
RAIZ: suas raízes são aéreas, tem função de
suportes para galhos de árvores e outros substratos, são grampiformes, curtos,
ramificados e resistentes.
CAULE: aéreo, flexível e pode ter até 50 cm
de comprimento, com entrenós amplamente espaçados.
FOLHAS: com folhas incompleta, séssil,
quanto a nervação paralelinérvea, coriácea, alternas, seu bordo é liso, o ápice
é acuminado e a base truncada, filiformes (em forma de fio), curvadas, com até
6 cm de comprimento, na sua superfície recoberta por tricomas peltados,
especializados em absorver água e nutrientes da atmosfera.
INFLORESCÊNCIAS: terminal, uniflora e racemosa do tipo
espiga.
FLORES: flores pequenas, solitárias, de cor
amarelada, com três pétalas, florescendo esporadicamente, principalmente na
primavera ou verão, com aroma suave
FRUTOS: tipo seco, deiscentes, do tipo
cápsulas alongadas, contendo sementes pequenas com papus (estruturas
plumosas) para dispersão pelo vento.
PORTE: pendente pode chegar até metros de
altura. Planta herbácea anual, de pequeno porte (10–30 cm de altura), com
hábito suculento e crescimento prostrado a ereto.
LUMINOSIDADE: mantenha em local com boa
claridade, mas sem sol direto.
CATEGORIA: bioindicadora, ornamental
ÁGUA: tome cuidado também com as regas
excessivas com a planta em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não
pegue fungos ou chegue a apodrecer.
CLIMA: essa planta prospera em climas
tropicais e subtropicais.
CULTIVO: é uma planta angiospérmica que cresce
sobre grandes árvores e em casa deve colocar em um suporte e ele se desenvolve
só. É cultivada em locais com boa luminosidade, mas sem luz solar direta, e
necessita de umidade regular, através de pulverizações ou imersões em
água. A planta também pode ser usada em decoração, como musgo natural para
orquídeas, ou para manter a umidade do ambiente.
UTILIZAÇÃO: para ornamentação e bioindicadores
biológico de poluição do ar.
PROPAGAÇÃO: é feita principalmente por divisão da
planta mãe ou por brotação. A planta também pode se propagar naturalmente,
com as sementes sendo levadas pelo vento e se alojando em outras árvores.
CICLO DE VIDA: anual
HABITAT E ECOLOGIA: é comum em locais úmidos e
sombreados, como sub-bosques, jardins, fendas de calçadas e vasos. Cresce em
solos ricos em matéria orgânica, muitas vezes como planta ruderal (espontânea
em ambientes antropizados). É uma bromélia epífita que se destaca pela sua
ecologia única. Ela não precisa de solo para crescer, absorvendo água e
nutrientes do ar através de suas folhas. A sua presença em árvores, rochas
ou outros suportes não a torna parasita, mas sim epífita, ou seja, ela se
beneficia da altura e do suporte, sem prejudicar a planta hospedeira.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta com valor econômico
significativo devido ao seu uso ornamental, produção de fibras e potencial para
o biomonitoramento ambiental. Apesar de ter usos medicinais tradicionais,
a sua importância econômica está mais relacionada à sua beleza e
versatilidade.
POLINIZADOR: pelo vento e por animais (borboletas,
besouros, moscas e abelhas) servem como polinizadores.
TOXIDADE: é não tóxico para gatos e cães,
tornando-o uma escolha amigável para decoração de interiores. Esta planta
resistente prefere luz indireta e condições úmidas, prosperando em vários
ambientes internos.
FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua
João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev.,
2025.
REFERÊNCIAS:
Escamas anômalas em Tillandsia
usneoides (L.) L. (Bromeliaceae) expostas na Região Metropolitana de
Campinas, SP, Brasil, como marcadoras da poluição aérea. São Paulo:
Instituto de Pesquisas Ambientais, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2236-8906-18/RAD/2015 Acesso em 26 abril 2025.
Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/geral/ExibeFiguraFSIUC/ExibeFiguraFSIUC.do?idFigura=283952766 Acesso em março 2025.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R.
R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados
de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021
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