quinta-feira, 10 de abril de 2025

TABERNAEMONTANA LAETA var. minor Müll.Arg.

 






Tabernaemontana laeta var. minor Müll.Arg., é uma planta arvoreta, da família botânica Apocynaceae, conhecido popularmente como leiteiro, jasmim-do-mato e leiteiro-miúdo para destacar seu porte menor, nativa do Brasil, especialmente do Cerrado do Estado de Goiás (SANO et al, 2008). 

Essa planta, apresenta raízes axiais, ramificadas e subterrânea, com caule aéreo, ereto, tronco, de ramificação dística, quanto ao seu desenvolvimento uma arvoreta, de consistência lenhosa, de forma cônica (no interior do Estado da Bahia, seu caule é usado para fazer colher-de-pau). Já a sua inflorescência é um conjunto de flores terminais, pluriflora, flores simples indefinida formando um corimbo. Flores brancas e aromáticas, porém, com dimensões reduzidas (corola mais estreita e lobos menores), mantendo a estrutura tubular característica do gênero. No entanto, os seus frutos são foliculares semelhantes aos da espécie típica, porém proporcionalmente menores, com sementes envoltas em arilo alaranjado ou vermelho.

Portanto, é uma planta endêmica do Brasil, ocorrendo em áreas específicas da Mata Atlântica e Cerrado, com registros em estados como Minas Gerais, Bahia e Goiás. Habita preferencialmente locais mais secos ou em bordas de matas, adaptando-se a solos menos férteis. Cresce em ambientes abertos ou semiabertos, tolerando condições de estresse hídrico melhor que a variedade típica. Com polinização por mariposas e abelhas, dependendo de polinizadores noturnos e diurnos. Já a sua dispersão ocorre por sementes. A principal distinção está no seu porte de menor estrutura formando um bonsai com folhas e flores de dimensões reduzidas, além de possível adaptação a ambientes mais áridos. Essas características justificam sua classificação como variedade distinta. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Gentianales

Família: Apocynaceae

Gênero: Tabernaemontana L.

Espécies: Tabernaemontana laeta Mart.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Tabernaemontana laeta Mart.

SINONÍMIA

Tabernaemontana breviflora Müll. Arg.

Tabernaemontana spixiana Martius ex Müll Arg.

Peschiera breviflora (Müll. Arg.) Miers.

PSEUDÔNIMO:  leiteiro, jasmim-do-mato e leiteiro-miúdo

FAMÍLIAApocynaceae

ORIGEM: sua origem se dá da Mata de Galeria do Cerrado brasileiro, Ambiente rupestre, Capoeira, Transição com Mata Atlântica e presente nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Roraima, Amazonas e Amapá.

RAIZ: com raízes axiais, ramificadas e subterrânea.

CAULE: o seu caule é aéreo, ereto, em forma de tronco, de ramificação dística, quanto ao seu desenvolvimento uma arvoreta, de consistência lenhosa, de forma cônica (no interior do Estado da Bahia, seu caule é usado para fazer colher-de-pau).     

FOLHAS: suas folhas são menores em comparação à variedade principal, com 5-10 cm de comprimento. É uma folha completa, peciolada, simples, peninérvea, coriácea, lisa, mantendo o formato do limbo elíptico a oblongo, ápice acuminado e superfície brilhante. Podem apresentar textura ligeiramente mais fina, verde intenso e brilhante, bordo inteiro ou liso e filotaxia alterna.

INFLORESCÊNCIAS: o conjunto das suas flores são terminais, pluriflora, flores simples indefinida formando um corimbo.

FLORES: suas flores são brancas e aromáticas, porém com dimensões reduzidas (corola mais estreita e lobos menores), mantendo a estrutura tubular característica do gênero. São pedunculadas, cíclica (flores perfumadas que lembram cata-ventos); cálice com sépalas ovais, recurvadas na metade apical, corola tubular na base e solta no ápice; anteras parcialmente férteis, sagitadas; ovário glabro comprimido pela cabeça do estilete, lobada e anel basal espessado. Folículos reniformes, muricados, esverdeados a castanhos.

FRUTOS:  fruto simples carnoso tipo drupa e sementes com arilo vermelho.

PORTE: é uma arvoreta com no máximo 03 metros de altura.

ÉPOCA DE FLORAÇÃO: Primavera, Verão, Outono, Inverno.

LUMINOSIDADE: Sol pleno

CATEGORIA: ornamental

ÁGUA: só quando estiver muito seco e no período de crescimento da estaca.

CLIMA: Tropical de altitude, Subtropical, Temperado, Continental e semiárido. 

CULTIVO: De crescimento rápido e não gosta de solo encharcado.

UTILIZAÇÃO: ornamental e cultural (na Bahia, é feito do caule da planta colher-de-pau para preparar alimentos de cunho religioso).

PROPAGAÇÃO: por sementes e estacas.

SUBSTRATO: para plantas ornamentais em vasos e no jardim depois do desenvolvimento da estaca.

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais com pouca água. Para o desenvolvimento das estadas em saco com terra úmidos e sol filtrado. Sol pleno para o florescimento das mudas.

CICLO DE VIDA: perene

ECOLOGIA

Habitat: de cresce em ambientes abertos ou semiabertos, tolerando condições de estresse hídrico melhor que a variedade típica. 

Polinização: assim como a espécie (Tabernaemontana laeta Mart.), atrai mariposas (noturno) e abelhas (diurnos). 

Dispersão: seus frutos são consumidos por aves, que dispersam as sementes através dos arilos vistosos.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: seu caule serve como construção de colher de pau e são vendidas as mudas nas floriculturas do Brasil. 

POLINIZADOR:  sua polinização por insetos do qual é chamada de entomofilia. Ela é fundamental para a reprodução das plantas e para a produção de alimentos. 

 

FOTOS: Foi fotografada na Floricultura Pátio, Avenida Venezuela, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev. 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

 

 

 

KINOSHITA, L.S. et al. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 4. ISBN 85-7523-055-7 (online) 2005. Apocynaceae Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p: 35-92, Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Apocynaceae.pdf  Acesso em 04 mar. 2025.

 

 

SANO, S. M. et al. Cerrado: ecologia e flora. Embrapa Cerrados: Brasília, DF., Embrapa Informação Tecnológica, 2008. 2 v. (1.279 p.), p. 481. Disponível em:  https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/570911/1/CERRADO-Ecologia-e-flora-VOL-2.pdf Acesso em 04 mar. 2025.

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

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