Tabernaemontana laeta var. minor Müll.Arg., é uma planta arvoreta,
da família botânica Apocynaceae, conhecido popularmente como leiteiro, jasmim-do-mato
e leiteiro-miúdo para destacar seu porte menor, nativa do Brasil, especialmente
do Cerrado do Estado de Goiás (SANO et al, 2008).
Essa planta, apresenta
raízes axiais, ramificadas e subterrânea, com caule aéreo, ereto, tronco, de
ramificação dística, quanto ao seu desenvolvimento uma arvoreta, de
consistência lenhosa, de forma cônica (no interior do Estado da Bahia, seu
caule é usado para fazer colher-de-pau). Já a sua inflorescência é um conjunto
de flores terminais, pluriflora, flores simples indefinida formando um corimbo. Flores
brancas e aromáticas, porém, com dimensões reduzidas (corola mais estreita e
lobos menores), mantendo a estrutura tubular característica do gênero. No
entanto, os seus frutos são foliculares semelhantes aos da espécie típica,
porém proporcionalmente menores, com sementes envoltas em arilo alaranjado ou
vermelho.
Portanto, é uma planta endêmica
do Brasil, ocorrendo em áreas específicas da Mata Atlântica e Cerrado, com
registros em estados como Minas Gerais, Bahia e Goiás. Habita preferencialmente
locais mais secos ou em bordas de matas, adaptando-se a solos menos férteis. Cresce
em ambientes abertos ou semiabertos, tolerando condições de estresse hídrico
melhor que a variedade típica. Com polinização por mariposas e abelhas,
dependendo de polinizadores noturnos e diurnos. Já a sua dispersão ocorre por
sementes. A principal distinção está no seu porte de menor estrutura formando
um bonsai com folhas e flores de dimensões reduzidas, além de possível
adaptação a ambientes mais áridos. Essas características justificam sua
classificação como variedade distinta.
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Apocynaceae
Gênero: Tabernaemontana
L.
Espécies: Tabernaemontana
laeta Mart.
CLASSIFICAÇÃO
BIOLÓGICA:
ESPÉCIES: Tabernaemontana laeta Mart.
SINONÍMIA:
Tabernaemontana
breviflora Müll. Arg.
Tabernaemontana
spixiana Martius ex
Müll Arg.
Peschiera breviflora (Müll. Arg.) Miers.
PSEUDÔNIMO: leiteiro, jasmim-do-mato e leiteiro-miúdo
FAMÍLIA: Apocynaceae
ORIGEM: sua origem se dá da Mata de
Galeria do Cerrado brasileiro, Ambiente rupestre, Capoeira, Transição com Mata
Atlântica e presente nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Roraima, Amazonas e Amapá.
RAIZ: com raízes axiais, ramificadas e
subterrânea.
CAULE: o seu caule é aéreo, ereto, em forma
de tronco, de ramificação dística, quanto ao seu desenvolvimento uma arvoreta,
de consistência lenhosa, de forma cônica (no interior do Estado da Bahia, seu
caule é usado para fazer colher-de-pau).
FOLHAS: suas folhas são menores em
comparação à variedade principal, com 5-10 cm de comprimento. É uma folha
completa, peciolada, simples, peninérvea, coriácea, lisa, mantendo o formato do
limbo elíptico a oblongo, ápice acuminado e superfície brilhante. Podem
apresentar textura ligeiramente mais fina, verde intenso e brilhante, bordo
inteiro ou liso e filotaxia alterna.
INFLORESCÊNCIAS: o conjunto das suas flores são
terminais, pluriflora, flores simples indefinida formando um corimbo.
FLORES: suas flores são brancas e aromáticas,
porém com dimensões reduzidas (corola mais estreita e lobos menores), mantendo
a estrutura tubular característica do gênero. São pedunculadas, cíclica (flores
perfumadas que lembram cata-ventos); cálice com sépalas ovais, recurvadas na
metade apical, corola tubular na base e solta no ápice; anteras parcialmente
férteis, sagitadas; ovário glabro comprimido pela cabeça do estilete, lobada e
anel basal espessado. Folículos reniformes, muricados, esverdeados a castanhos.
FRUTOS: fruto simples carnoso tipo drupa e sementes
com arilo vermelho.
PORTE: é uma arvoreta com no máximo 03 metros
de altura.
ÉPOCA DE FLORAÇÃO: Primavera, Verão, Outono,
Inverno.
LUMINOSIDADE: Sol pleno
CATEGORIA: ornamental
ÁGUA: só quando estiver muito seco e no
período de crescimento da estaca.
CLIMA: Tropical de altitude,
Subtropical, Temperado, Continental e semiárido.
CULTIVO: De crescimento rápido e não gosta de
solo encharcado.
UTILIZAÇÃO: ornamental e cultural (na Bahia, é
feito do caule da planta colher-de-pau para preparar alimentos de cunho
religioso).
PROPAGAÇÃO: por sementes e estacas.
SUBSTRATO: para plantas ornamentais em vasos
e no jardim depois do desenvolvimento da estaca.
FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e
aparentemente se desenvolve em locais com pouca água. Para o desenvolvimento
das estadas em saco com terra úmidos e sol filtrado. Sol pleno para o
florescimento das mudas.
CICLO DE VIDA: perene
ECOLOGIA:
Habitat: de cresce em
ambientes abertos ou semiabertos, tolerando condições de estresse hídrico
melhor que a variedade típica.
Polinização: assim como a
espécie (Tabernaemontana laeta Mart.), atrai mariposas (noturno) e
abelhas (diurnos).
Dispersão: seus frutos são
consumidos por aves, que dispersam as sementes através dos arilos vistosos.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: seu caule serve como construção de
colher de pau e são vendidas as mudas nas floriculturas do Brasil.
POLINIZADOR: sua polinização por insetos
do qual é chamada de entomofilia. Ela é fundamental para a reprodução
das plantas e para a produção de alimentos.
FOTOS: Foi fotografada na Floricultura
Pátio, Avenida Venezuela, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev. 2025.
REFERÊNCIAS:
KINOSHITA, L.S. et al.
Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 4.
ISBN 85-7523-055-7 (online) 2005. Apocynaceae Flora Fanerogâmica do Estado de
São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 4, p: 35-92, Disponível
em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Apocynaceae.pdf Acesso
em 04 mar. 2025.
SANO, S. M. et al. Cerrado:
ecologia e flora. Embrapa Cerrados: Brasília, DF., Embrapa Informação
Tecnológica, 2008. 2 v. (1.279 p.), p. 481. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/570911/1/CERRADO-Ecologia-e-flora-VOL-2.pdf Acesso em 04 mar. 2025.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R.
R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados
de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021
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