quinta-feira, 10 de abril de 2025

TETRADENIA RIPARIA

 













Tetradenia riparia (Hochst.) Codd é uma planta da família Lamiaceae, arbusto da Botswana. É conhecida popularmente no Brasil como pluma-de-névoa ou falsa mirra (por causa de suas flores minúsculas, que recobrem totalmente o galho da floração) ou pau-de-incenso, (por causa de seu perfume, o que a faz ser confundida com a mirra (Commiphora myrrha).   

É um arbusto ou subarbusto aromático, podendo atingir até 3 metros de altura. Possui raízes subterrânea, axial e ramificada. Com seu caule aéreo, haste ou lenhoso, ramificado, com textura fibrosa e recoberto por tricomas (pelos) glandulares que conferem aroma característico. Já as suas folhas são simples, opostas, formato ovado a cordado (em forma de coração), margem serrilhada, superfície pubescente e coloração verde-clara. Com inflorescência simples indefinida, axilar e apical, pluriflora e do tipo racemo. Suas flores são pequenas, tubulares, dispostas em inflorescências terminais densas (cachos). Corola branca, rosada ou lilás, com estames longos e vistosos. Florescem no inverno e início da primavera. Com fruto simples, seco, indeiscente, do tipo aquênios pequenos, contendo sementes diminutas. 

Portanto, é uma planta nativa da África Austral e Oriental (África do Sul, Botswana, Moçambique e Madagascar). Tem preferência por margens de rios, encostas úmidas e áreas de savana. Adapta-se a solos bem drenados e climas tropicais/subtropicais.  É polinizado por abelhas e borboletas. Muito resistente a secas após estabelecida, sendo útil para controle de erosão. Usada na medicina tradicional na infusão das suas folhas e raízes, sendo indicada para tratar febre, tosse, diarreia, dores de estômago e infecções respiratórias. Em Moçambique, é empregada contra malária, por possui propriedades antimicrobiana, anti-inflamatória, antifúngica e inseticida (devido a óleos essenciais como fenchona, limoneno e cubebeno). É uma planta rica em óleos essenciais, diterpenos (ripariol), flavonoides e taninos, propagando-se por sementes ou estacas.

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Lamiliales

Família: Lamiaceae

Subfamília: Nepetoideae

Gênero: Tetradenia

Espécies: Tetradenia riparia (Hochst.) Codd

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

NOME CIENTÍFICOTetradenia riparia (Hochst.) Codd

PSEUDÔNIMO: pluma-de-névoa ou falsa mirra e mirra.

FAMÍLIA: Lamiaceae

CICLO DE VIDA: perene.

RAIZ: suas raízes são subterrâneas, axiais e ramificadas.

CAULE: caule aéreo, haste ou lenhoso, ramificado, com textura fibrosa e recoberto por tricomas (pelos) glandulares que conferem aroma característico.     

FOLHAS: folhas pecioladas, simples, suculentas, lanceolada, dentada a cremada, peninérvea, filotaxia oposta e muitos tricomas na face superior e inferior.

INFLORESCÊNCIAS: inflorescência simples indefinida, axilar e apical, pluriflora e do tipo racemo.

FLORES: Suas flores são pequenas, tubulares, dispostas em inflorescências terminais densas (cachos). Corola branca, rosada ou lilás, com estames longos e vistosos. Florescem no inverno e início da primavera.

FRUTOS: com seus frutos simples, seco, indeiscente, do tipo aquênios pequenos, contendo sementes diminutas. 

ORIGEM: continente Africano especialmente os países como África do Sul, Botswana, Moçambique e Madagascar.

PORTE: chega atingir 04 metros de altura.

LUMINOSIDADE: sol pleno, Meia-sombra e sol difuso.

ÁGUA: precisa de água quando estivar muito seco.

CLIMA: subtropical, tropical e semiárido.

CULTIVO: de crescimento rápido, gosta de solos super drenado.

UTILIZAÇÃO: suculenta ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: por estacas e sementes.

CATEGORIA: suculentas, folhagens e medicinal.

SUBSTRATO: substrato para plantas ornamentais. E se plantar no jardim é só misturar com terra de jardim. As suas sementes germinam com facilidade nos jardins.

FERTILIZAÇÃO: é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais úmidos e sol pleno, na germinação, Depois, é só deixar, que ela se desenvolve muito bem. Pode usar o MPK – 10, 10, 10. O plantio da semente deverá ser no período chuvoso. 

HABITAT E ECOLOGIA: essa planta cresce em áreas ripárias (margens de rios e córregos), encostas de colinas, florestas secas e savanas com clima estacional, onde há períodos de chuva e seca bem definidos. É sensível a geadas, preferindo locais sem frio intenso. Essa planta é uma espécie ecologicamente e culturalmente significativa, com adaptações que a tornam versátil em diferentes ambientes. No entanto, seu potencial invasivo requer manejo cuidadoso em regiões não nativas. 

REPRODUÇÃO:

Sexuada é uma espécie dioica (com flores masculinas e outros com flores. femininas)

ESTRATÉGIAS DE PROPAGAÇÃO:

Reprodução rápida: cresce até 80 cm por ano e pode florescer no primeiro ano de vida. 

Mecanismos de dispersão: propaga-se facilmente por estacas (enraízam rapidamente) e sementes, o que a torna potencialmente invasiva em regiões não nativas, como partes do Brasil. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: 

Essa planta possui relevância econômica em diversos setores, tanto pela sua versatilidade ornamental quanto pelas propriedades medicinais e industriais encontrada nela. Abaixo estão os principais aspectos econômicos associados a esta espécie, como: uso ornamental e paisagismo (jardins e parques), adaptação climática pelo seu rápido crescimento e tolera solos secos, sendo ideal para jardins xerófilos (pouca necessidade de água) e regiões subtropicais, aplicações medicinais e farmacêuticas, contribuição para a agricultura sustentável, biopesticidas, polinização e um grande potencial na indústria de perfumaria e conservação de alimentos.

POLINIZADOR: suas flores atraem abelhas nativas como a jataí, promovendo a polinização de culturas e fortalecendo ecossistemas agrícolas.

TOXIDADE: não é toxica e tem propriedades repelentes ou bioinseticida.

FOTOS: Foi fotografada na Floricultura Pátio, Avenida Venezuela, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev. 2025. 

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://dev-fitoterapia.pantheonsite.io/etnobotanica?combine=Tetradenia%20riparia  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://herbariomfs.uepa.br/colecao-biocultural/mirra-exsicata Acesso em 04 mar. 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

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