quinta-feira, 10 de abril de 2025

COSTUS AMAZONICUS (Loes.) J.F.Macbr.








 

Costus amazonicus (Loes.) J.F.Macbr. é uma espécie herbácea com distribuição neotropical pertencente à família botânica Costaceae. Trata-se de uma planta perene, que nasce e cresce em touceiras ou tufos, ou que tem vários caules saindo da mesma raiz.  

Essa planta possui raízes subterrânea, tuberosa e ramificada. Com seu caule ereto, espiralado que cresce em forma de espiral (helicoidal), carnoso e suculento que armazena água, sendo adaptado a ambientes úmidos, podendo atingir de 01 a 02 metros de altura. Já as suas folhas são inteiras, simples, invaginantes, peninérvea, coriácea, pilosa, alternas espiraladas e coloração verde esmeralda a verde jade. Com inflorescência terminal, com brácteas imbricadas, nectário linear, pluriflora, simples, indefinidas formando uma espiga de brácteas imbricada. Com suas flores são diferentes, adaptadas, possui nectários no ovário. No entanto, os seus frutos são simples, seco, deiscentes, pequenos, capsulados e sementes pequenas e numerosas.

Portanto, é uma espécie de planta pertencente à família Costaceae, também conhecida como família dos gengibres ornamentais. De ocorrência em áreas pouco sombreadas e a pleno sol, em solos seco ou úmido, sem excesso de água. Já os seus habitats, com os domínios fitogeográficos da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Habita também as vegetações de floresta ciliar, floresta de terra firma, floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila, palmeiral, restinga e savana amazônica. Conhecida popularmente pela sua utilidade na medicina popular amazônica. A infusão das folhas é usada como diurética, contra anemia, amenorreias, inflamação dos rins, diabete, cálculo renal e catarro vesical e da bexiga.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Lilipsida

Ordem: Gingiberales

Família: Costaceae

Gênero: Costus L., 1753

Espécies: Costus amazonicus (Loes.) J.F.Macbr.

 

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIES: Costus amazonicus (Loes.) J.F.Macbr.

PSEUDÔNIMO: cana-de-macaco ou cana-do-brejo.

FAMÍLIACostaceae

ORIGEM: encontrada na floresta Amazônica, América do Sul (Brasil e Peru), e Sudeste Asiático.

RAIZ: suas raízes são rizomatosas e possuem propriedades terapêuticas tradicionalmente utilizadas na medicina popular.  Possui rizomas carnudos que armazenam nutrientes e compostos bioativos usados na medicina para tratamento de inflamações, infecções e problemas digestivos. Com aroma e sabor levemente aromático.     

CAULE: seu caule é ereto, espiralado que cresce em forma de espiral (helicoidal), carnoso e suculento que armazena água, sendo adaptado a ambientes úmidos, podendo atingir de 01 a 02 metros de altura, dependendo das condições de cultivo da planta, de coloração verde brilhante e textura levemente pubescente ou lisa.

FOLHAS: as folhas são inteiras, simples, invaginantes, peninérvea, coriácea, pilosa, alternas espiraladas e coloração verde esmeralda a verde jade. Também apresenta folhas dispostas em espiral que surgem ao longo do caule, com formato lanceolado (alongado e pontiagudo) e com suas brácteas vistosas.  

INFLORESCÊNCIAS:  inflorescência terminal, com brácteas imbricadas, nectário linear, pluriflora, simples, indefinidas formando uma espiga de brácteas imbricada.

FLORES: suas flores são diferentes, adaptadas, possui nectários no ovário, sésseis, acíclica, monoclamídea, andrógena, de coloração róseas com brácteas vermelho-escuras. 

FRUTOS:  os seus frutos são simples, seco, deiscentes, pequenos, capsulados que se desenvolvem após a polinização das flores. É uma cápsula trivalvar (abrem-se em três partes valvas para liberar as sementes) de formato ovoide a oblongo, alongados, de coloração amarronzados ou alaranjados na sua maturidade e superfície lisa ou levemente rugosa.

SEMENTES: suas sementes são pequenas e numerosas. Cada fruto contém múltiplas sementes pretas ou marrom-escuras, envoltas em um arilo fibroso. 

DISPERSÃO: as suas sementes são liberadas quando o fruto se abre, sendo espalhadas por anemocoria ou zoocoria.   

PORTE: de 01 a 02 metros de altura.

LUMINOSIDADE: sol pleno ou filtrado

CATEGORIA: planta ornamental, paisagística e medicinal.

ÁGUA: precisa de água com ou sem encharcamento, só quando o substrato estiver completamente seco.

CLIMA: tropical a neotropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água.

UTILIZAÇÃO: é uma planta ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: por rizomas e sementes.

SUBSTRATO: para plantas ornamentais em vasos, é só planta na terra do jardim. Essa planta nasce e cresce em touceiras ou tufos, ou que tem vários caules saindo da mesma raiz.  

FERTILIZAÇÃO:  é uma planta muito rustica e aparentemente se desenvolve em locais úmidos e sol pleno. Depois, é só deixar, que ela se desenvolve muito bem. Pode usar o MPK – 10, 10, 10 ou restos de folhagens e adubo orgânico. 

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT E ECOLOGIA: - é uma planta nativa da região Amazônica, América do Sul e Sudeste Asiático. Adapta-se a climas tropicais e subtropicais, sendo comum em jardins brasileiros como planta ornamental. Essa planta encontra-se em vegetações como florestas de terra firme na Amazônia. Sendo muito valorizada como planta ornamental devido à folhagem decorativa e flores vistosas. 

Sua importância ecológica está na rede trófica que esta planta sustenta populações de polinizadores, que são vitais para a biodiversidade amazônica e na sua reprodução. Sem esses polinizadores, a produção de frutos e sementes seria comprometida. 

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:  essa planta tem seu potencial econômico vinculado à biodiversidade amazônica, especialmente em nichos de medicina natural, ornamentação e biotecnologia.

POLINIZADOR: suas flores adaptadas à polinização por animais. Seus principais polinizadores na natureza incluem: o beija-flores (Trochilidae), as abelhas (Hymenoptera) e borboletas (Lepidoptera). 

CURIOSIDADE: Algumas espécies de Costus são autocompatíveis, mas a polinização cruzada (por animais) aumenta a diversidade genética desse grupo de vegetais. 

 

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.  


REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Costus+amazonicus&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://veggybanana.wordpress.com/2019/05/21/cana-do-brejo/  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://www.nparks.gov.sg/florafaunaweb/flora/1/8/1862 Acesso em 04 mar. 2025.

 

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

 

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