segunda-feira, 14 de abril de 2025

NEOREGELIA MARMORATA (Baker) L.B.Sm.

 



Bordo ligeiramente serrilhado

Neoregelia marmorata (Baker) L.B.Sm

Neoregelia marmorata (Baker) L.B.Sm. é uma planta da família botânica Bromeliaceae, conhecida popularmente como bromélia, originária da Mata Atlântica brasileira, especialmente dos Estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo. Plantas geralmente epífitas, por vezes associadas a rochas ou terrestres, heliófilas ou ciófitas, propagando-se por estolão ou rizoma.

Suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao substrato); com seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente. Já suas folhas são incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna. De coloração verde-clara com marmoreios vermelhos ou arroxeados, intensificados sob luz forte. Na sua superfície foliar apresenta tricomas absorventes (escamas epidérmicas típicas da família Bromeliaceae). Sua inflorescência é terminal, pluriflora, racemosa e do tipo espiga. Já as suas flores são sésseis, inseridas no centro da roseta (brácteas geralmente vermelhas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor branca a lilás, pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica), morrendo após a floração. Seus frutos são simples, carnosos e baga.

Portanto, é uma bromélia, perene, epífita, lindíssima, imponente, elegante, e nativa do Brasil, que cresce em regiões tropicais úmidas. Possui folhas largas, inflorescências formam-se numa depressão no centro da planta, formando um receptáculo para recolher água, suas folhas que rodeiam as inflorescências são brilhantes, coloridas e cresce principalmente no bioma tropical úmido. Devido à sua beleza de suas folhagens e inflorescências, algumas espécies de Neoregelia e seus híbridos são cultivadas como plantas ornamentais.

    

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Subfamília: Bromelioideae

Gênero: Neoregelia

Espécies: Neoregelia marmorata (Baker) L.B.Sm.

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Neoregelia marmorata (Baker) L.B.Sm.

SINONÍMIA:  Nidularium marmoratum Baker (nome anterior). 

ETIMOLOGIA: Neoregelia em homenagem ao botânico russo Eduard von Regel. Já marmorata vem do latim marmoratus (marmorizado), referente ao padrão das folhas. 

PSEUDÔNIMO: bromélia marmorizada  

FAMÍLIABromeliaceae

ORIGEM: Brasil (Mata Atlântica, principalmente estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo) 

RAIZ: suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao substrato).

CAULE: seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.

FOLHAS: Já suas folhas são incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear, seu bordo é ligeiramente serrilhado, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna. De coloração verde-clara com marmoreios vermelhos ou arroxeados, intensificados sob luz forte. Na sua superfície foliar apresenta tricomas absorventes (escamas epidérmicas típicas da família Bromeliaceae).

INFLORESCÊNCIAS: com sua inflorescência terminal, pluriflora, racemosa e do tipo espiga.   

FLORES: já as suas flores são sésseis, inseridas no centro da roseta (brácteas geralmente vermelhas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor branca a lilás, pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica), morrendo após a floração.

FRUTOS: seus frutos são simples, carnosos e baga.

PORTE: chegando aproximadamente até um metro e meio das raízes até o ápice da inflorescência da bromélia.

LUMINOSIDADE: sol difuso ou indireto.

CATEGORIA: planta ornamental.

ÁGUA: o necessário sem encharcamento.

CLIMA: tropical e neotropical

CULTIVO: terrestre ou raramente epífita.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental, paisagismo e jardins internos e externo sombreado e sol filtrado.

PROPAGAÇÃO: por sementes ou estolhos (hastes laterais) que geram filhotes para propagação assexuada. 

SUBSTRATO: casca de pinus, croquete de coco, perlita, terra rica em nutrientes, carvão vegetal e pedaços de troncos.

FERTILIZAÇÃO: pode ser feita com uma mistura de solo bem drenante, que combine terra vegetal, areia e composto. 

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT: é uma planta tropical, encontrada nos países da América Central e Sul, especialmente no Brasil. No Brasil, mais de 74% das espécies de bromélias só existem na Mata Atlântica e a família Bromeliaceae é a maior família de angiospermas neotropicais.

ECOLOGIA: a inserção de bromélias em florestas é importante para a recuperação dos processos ecológicos. As bromélias são conhecidas pela beleza de suas formas, cores e inflorescências.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito utilizada em jardins e pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que ser filtrado, podendo ser cultivada em jardins interno e externo.

POLINIZADOR: a polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros (ornitofilia). 

OBSERVAÇÃO: as bromélias não são criadouros preferenciais do mosquito da dengue, segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Por que as bromélias não são criadouros do mosquito da dengue? O acúmulo de água nas folhas da bromélia não favorece a reprodução do mosquito; o "suco" biológico resultante do acúmulo de água nas folhas da planta não favorece a reprodução do inseto; os estudos mostram que as bromélias não representam microhabitats para o desenvolvimento dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O que são os principais criadouros do mosquito da dengue? São: baldes, pneus, caixas d'água abertas, garrafas, calhas, principalmente quando obstruídas que represam água, piscinas descobertas e não tratadas, sacolas plásticas e bebedouros de animais de estimação.

Para evitar a aproximação do mosquito, pode-se adicionar: Palha de madeira, Fibra de coco fina nos tanques das bromélias, triturado de restos de poda.

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   


 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/bromelias-nao-sao-focos-para-vetores-da-dengue  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Bromeliaceae.pdf Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/APAM_LC/APAMLC_Restinga.pdf Acesso em 04 mar. 2025.

 

FREITAS, L. Demografia populacional, variação genética e biologia reprodutiva de duas espécies raras e ameaçadas de extinção de Neoregelia (Bromeliaceae). Revista Botânica da Sociedade Linneana , Volume 192, Edição 4, abril de 2020, Páginas 787–802, https://doi.org/10.1093/botlinnean/boz110

 

STEFANINI, L. Morfologia da semente e desenvolvimento pós-seminal em cinco espécies de Bromeliaceae. Jaboticabal, Dissertação (mestrado) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2013

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

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