sábado, 6 de dezembro de 2025

WALLISIA CYANEA




 

Wallisia cyanea é uma planta da família Bromeliaceae, conhecida como pena rosa. É nativa das florestas tropicais do Equador. Uma planta perene epífita que cresce até 50 centímetros de altura por 50 centímetros de largura, possui rosetas sem caule com folhas finas e recurvadas e espigas em forma de remo com 20 brácteas rosadas e flores violetas, na primavera e no outono.

Suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao substrato); com seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.

Suas folhas apresentam forma de uma roseta aberta e elegante. São longas, estreitas, arqueadas, de cor verde macia (por vezes com tons acinzentados), com textura escamosa (tricomas). As margens são inteiras e a base é bainhante. São incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna.

Sua inflorescência é a característica mais marcante da planta. Surge do centro da roseta e é do tipo espiga comprima (elíptica), sustentada por um escapo (haste) curto e robusto. Sua espiga é formada por brácteas justapostas de cor rosa-vivo ou magenta, dispostas de forma imbricada (como escamas), criando um efeito achatado e ornamental. As brácteas mantêm a cor vibrante por vários meses.

Já as suas flores são verdadeiras, emergindo em progressivamente brácteas de cores rosas. São pequenas, tubulares e de cor violeta ou azul-intenso (daí o epíteto cyanea, que significa "azul"). Sua floração é sequencial, com cada flor durando apenas um ou dois dias, mas o conjunto do processo pode estender-se por semanas. Com flores perfumadas.

Seus frutos são secos, deiscentes, capsulares, muito pequenas, semelhantes a minúsculos pontos marrons, e possuem uma estrutura única em forma de plumagem esvoaçante (penugem) que lhes permite serem dispersas pelo vento.

Portanto, essa planta é uma bromélia epífita ornamental, nativa do Equador, que se destaca pela sua inflorescência em forma de pá, com brácteas rosa vibrantes de onde surgem flores violetas perfumadas, com folhas finas e curvadas em rosetas, sendo uma planta fácil de cultivar em ambientes quentes e úmidos, com luz indireta, e que pode ser cultivada em vasos ou como planta aérea. 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Bromeliaceae

Gênero: Wallisia

Espécies: Wallisia cyanea

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Wallisia cyanea

SINONÍMIA:  Tillandsia cyanea Linden ex K.Koch

PSEUDÔNIMO: bromélia pena rosa  

FAMÍLIABromeliaceae

ORIGEM: é uma planta nativa das florestas tropicais do Equador e no Brasil (Mata Atlântica, principalmente no Estado da Bahia). 

RAIZ: suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para fixação ao substrato).

SISTEMA RADICULAR: essa planta possui raízes que servem primariamente para fixação a suportes (como troncos de árvores), já que a absorção de água e nutrientes é feita principalmente através das folhas.

CAULE: seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.

FOLHAS: forma de uma roseta aberta e elegante. Com folhas longas, estreitas, arqueadas, de cor verde macia (por vezes com tons acinzentados), com textura escamosa (tricomas). As margens são inteiras e a base é bainhante. São incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna.

INFLORESCÊNCIAS: com sua inflorescência terminal, pluriflora, racemosa e do tipo espiga.   

FLORES: já as suas flores são sésseis, inseridas no centro da roseta (brácteas geralmente rosas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor azul-violeta, pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica), morrendo após a floração.

FRUTOS: seus frutos são simples, secos, deiscentes e capsular plumoso.

ESTRUTURA DE DISPERSÃO: cada semente está ligada a um tufo de "fluff" (penugem) esbranquiçado ou prateado. É essa penugem que a ajuda a flutuar no ar e a aderir a superfícies, como troncos de árvores, em seu habitat natural.

GERMINAÇÃO:  é uma planta epífita nativa das florestas tropicais do Equador, a plumagem permite que as sementes se prendam a árvores ou outras superfícies para germinar sem a necessidade de solo, absorvendo nutrientes e umidade do ar e da chuva. 

PORTE: chegando aproximadamente até 50 centímetro de altura que vai do meio das raízes até o ápice da inflorescência da bromélia.

LUMINOSIDADE: sol difuso ou indireto.

CATEGORIA: planta ornamental.

ÁGUA: o necessário sem encharcamento.

CLIMA: tropical e neotropical

CULTIVO: epífita.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental, paisagismo e jardins internos e externo sombreado e sol filtrado.

PROPAGAÇÃO: por sementes ou estolhos (hastes laterais) que geram filhotes para propagação assexuada. 

SUBSTRATO: casca de pinus, croquete de coco, perlita, terra rica em nutrientes, carvão vegetal e pedaços de troncos.

FERTILIZAÇÃO: pode ser feita com uma mistura de solo bem drenante, que combine terra vegetal, areia e composto. 

CICLO DE VIDA: perene

HABITAT: é uma planta tropical, encontrada nos países da América Central e Sul, especialmente no Brasil no Estado da Bahia. No Brasil, mais de 74% das espécies de bromélias só existem na Mata Atlântica e a família Bromeliaceae é a maior família de angiospermas neotropicais.

ECOLOGIA: a inserção de bromélias em florestas é importante para a recuperação dos processos ecológicos. As bromélias são conhecidas pela beleza de suas formas, cores e inflorescências.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito utilizada em jardins e pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que ser filtrado, podendo ser cultivada em jardins interno e externo.

POLINIZADOR: a polinização pode ser pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros (ornitofilia). 

OBSERVAÇÃO: as bromélias não são criadouros preferenciais do mosquito da dengue, segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Por que as bromélias não são criadouros do mosquito da dengue? O acúmulo de água nas folhas da bromélia não favorece a reprodução do mosquito; o "suco" biológico resultante do acúmulo de água nas folhas da planta não favorece a reprodução do inseto; os estudos mostram que as bromélias não representam microhabitats para o desenvolvimento dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O que são os principais criadouros do mosquito da dengue? São: baldes, pneus, caixas d'água abertas, garrafas, calhas, principalmente quando obstruídas que represam água, piscinas descobertas e não tratadas, sacolas plásticas e bebedouros de animais de estimação.

Para evitar a aproximação do mosquito, pode-se adicionar: Palha de madeira, Fibra de coco fina nos tanques das bromélias, triturado de restos de poda.

NOTA TAXONÔMICA: a reclassificação de Tillandsia cyanea para o gênero Wallisia é um exemplo de como os estudos filogenéticos (baseados no DNA) refinaram a classificação das bromélias, agrupando espécies com ancestrais comuns mais próximos. O nome Wallisia é uma homenagem ao botânico e explorador alemão Gustav Wallis.

FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.   

 

REFERÊNCIAS:

 

Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/bromelias-nao-sao-focos-para-vetores-da-dengue  Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Bromeliaceae.pdf Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/APAM_LC/APAMLC_Restinga.pdf Acesso em 04 mar. 2025.

 

Disponível em: https://earthone.io/plant/wallisia%20cyanea?srsltid=AfmBOorSKTz9aU_RXHtXqQ0soR-azie5h8hjlmd2Gr5V8_x29lsG8a-g  Acesse em 06 dez 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=&idsFilhosFungos=&lingua=&grupo=5&genero=Tillandsia&especie=cyanea&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em 06 dez 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com