Wallisia cyanea é uma planta da família Bromeliaceae, conhecida
como pena rosa. É nativa das florestas tropicais do Equador. Uma planta perene
epífita que cresce até 50 centímetros de altura por 50 centímetros de largura,
possui rosetas sem caule com folhas finas e recurvadas e espigas em forma de
remo com 20 brácteas rosadas e flores violetas, na primavera e no outono.
Suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são aderentes (para
fixação ao substrato); com seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas
folhas em roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes
presente.
Suas folhas apresentam forma de uma roseta aberta e elegante. São
longas, estreitas, arqueadas, de cor verde macia (por vezes com tons
acinzentados), com textura escamosa (tricomas). As margens são inteiras e a
base é bainhante. São incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea,
de consistências coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma
do limbo linear, base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna.
Sua inflorescência é a característica mais marcante da planta. Surge do
centro da roseta e é do tipo espiga comprima (elíptica), sustentada por um
escapo (haste) curto e robusto. Sua espiga é formada por brácteas justapostas
de cor rosa-vivo ou magenta, dispostas de forma imbricada (como escamas),
criando um efeito achatado e ornamental. As brácteas mantêm a cor vibrante por
vários meses.
Já as suas flores são verdadeiras, emergindo em progressivamente
brácteas de cores rosas. São pequenas, tubulares e de cor violeta ou
azul-intenso (daí o epíteto cyanea, que significa "azul"). Sua floração
é sequencial, com cada flor durando apenas um ou dois dias, mas o conjunto do
processo pode estender-se por semanas. Com flores perfumadas.
Seus frutos são secos, deiscentes, capsulares, muito pequenas,
semelhantes a minúsculos pontos marrons, e possuem uma estrutura única em
forma de plumagem esvoaçante (penugem) que lhes permite serem
dispersas pelo vento.
Portanto, essa planta é uma bromélia epífita ornamental, nativa do
Equador, que se destaca pela sua inflorescência em forma de pá, com brácteas
rosa vibrantes de onde surgem flores violetas perfumadas, com folhas finas e
curvadas em rosetas, sendo uma planta fácil de cultivar em ambientes quentes e
úmidos, com luz indireta, e que pode ser cultivada em vasos ou como planta
aérea.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Bromeliaceae
Gênero: Wallisia
Espécies: Wallisia cyanea
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:
ESPÉCIE: Wallisia cyanea
SINONÍMIA: Tillandsia cyanea Linden ex K.Koch
PSEUDÔNIMO: bromélia pena rosa
FAMÍLIA: Bromeliaceae
ORIGEM: é uma planta nativa das florestas tropicais do
Equador e no Brasil (Mata Atlântica, principalmente no Estado da Bahia).
RAIZ: suas raízes são normais, adventícias, aéreas, são
aderentes (para fixação ao substrato).
SISTEMA RADICULAR: essa planta possui raízes que servem
primariamente para fixação a suportes (como troncos de árvores), já que a
absorção de água e nutrientes é feita principalmente através das folhas.
CAULE: seu caule aéreo, ereto, curto, encoberto pelas folhas em
roseta ou mais raramente caule desenvolvido e o estolão algumas vezes presente.
FOLHAS: forma de uma roseta aberta e elegante. Com folhas longas,
estreitas, arqueadas, de cor verde macia (por vezes com tons acinzentados), com
textura escamosa (tricomas). As margens são inteiras e a base é bainhante. São
incompletas, sésseis, quanto a nervação paralelinérvea, de consistências
coriácea, glabra, em forma de roseta aberta e achatada, forma do limbo linear,
base trucada e ápice mucronada, filotaxia alterna.
INFLORESCÊNCIAS: com sua inflorescência terminal, pluriflora,
racemosa e do tipo espiga.
FLORES: já as suas flores são sésseis, inseridas no centro da
roseta (brácteas geralmente rosas). Suas flores são pequenas, tubulosas, de cor
azul-violeta, pouco vistosas. A planta floresce uma vez na vida (monocárpica),
morrendo após a floração.
FRUTOS: seus frutos são simples, secos, deiscentes e capsular
plumoso.
ESTRUTURA DE DISPERSÃO: cada semente está ligada a um tufo
de "fluff" (penugem) esbranquiçado ou prateado. É essa penugem que a
ajuda a flutuar no ar e a aderir a superfícies, como troncos de árvores, em seu
habitat natural.
GERMINAÇÃO: é uma planta epífita nativa das florestas
tropicais do Equador, a plumagem permite que as sementes se prendam a árvores
ou outras superfícies para germinar sem a necessidade de solo, absorvendo
nutrientes e umidade do ar e da chuva.
PORTE: chegando aproximadamente até 50 centímetro de altura que
vai do meio das raízes até o ápice da inflorescência da bromélia.
LUMINOSIDADE: sol difuso ou indireto.
CATEGORIA: planta ornamental.
ÁGUA: o necessário sem encharcamento.
CLIMA: tropical e neotropical
CULTIVO: epífita.
UTILIZAÇÃO: planta ornamental, paisagismo e jardins internos e
externo sombreado e sol filtrado.
PROPAGAÇÃO: por sementes ou estolhos (hastes laterais) que geram
filhotes para propagação assexuada.
SUBSTRATO: casca de pinus, croquete de coco, perlita, terra
rica em nutrientes, carvão vegetal e pedaços de troncos.
FERTILIZAÇÃO: pode ser feita com uma mistura de solo bem
drenante, que combine terra vegetal, areia e composto.
CICLO DE VIDA: perene
HABITAT: é uma planta tropical, encontrada nos países da América
Central e Sul, especialmente no Brasil no Estado da Bahia. No Brasil, mais de
74% das espécies de bromélias só existem na Mata Atlântica e a família
Bromeliaceae é a maior família de angiospermas neotropicais.
ECOLOGIA: a inserção de bromélias em florestas é importante
para a recuperação dos processos ecológicos. As bromélias são conhecidas pela
beleza de suas formas, cores e inflorescências.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito
utilizada em jardins e pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que
ser filtrado, podendo ser cultivada em jardins interno e externo.
POLINIZADOR: a polinização pode ser
pelo vento (Anemofilia), insetos (Entomofilia) e pássaros
(ornitofilia).
OBSERVAÇÃO: as bromélias não são criadouros preferenciais do
mosquito da dengue, segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Por que as
bromélias não são criadouros do mosquito da dengue? O acúmulo de água nas
folhas da bromélia não favorece a reprodução do mosquito; o "suco"
biológico resultante do acúmulo de água nas folhas da planta não favorece a
reprodução do inseto; os estudos mostram que as bromélias não representam
microhabitats para o desenvolvimento dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus.
O que são os principais criadouros do mosquito da dengue? São: baldes,
pneus, caixas d'água abertas, garrafas, calhas, principalmente quando
obstruídas que represam água, piscinas descobertas e não tratadas, sacolas
plásticas e bebedouros de animais de estimação.
Para evitar a aproximação do mosquito, pode-se adicionar: Palha de
madeira, Fibra de coco fina nos tanques das bromélias, triturado de restos de
poda.
NOTA TAXONÔMICA: a reclassificação de Tillandsia cyanea
para o gênero Wallisia é um exemplo de como os estudos filogenéticos
(baseados no DNA) refinaram a classificação das bromélias, agrupando espécies
com ancestrais comuns mais próximos. O nome Wallisia é uma homenagem ao
botânico e explorador alemão Gustav Wallis.
FOTOS: Foto da Floricultura Pátio, Rua João de Alencar,
Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, fev., 2025.
REFERÊNCIAS:
Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/bromelias-nao-sao-focos-para-vetores-da-dengue Acesso
em 04 mar. 2025.
Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/wp-content/uploads/sites/235/2016/02/Bromeliaceae.pdf Acesso
em 04 mar. 2025.
Disponível em: https://sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam3/Repositorio/511/Documentos/APAM_LC/APAMLC_Restinga.pdf Acesso
em 04 mar. 2025.
Disponível em: https://earthone.io/plant/wallisia%20cyanea?srsltid=AfmBOorSKTz9aU_RXHtXqQ0soR-azie5h8hjlmd2Gr5V8_x29lsG8a-g Acesse em 06 dez 2025.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA –
Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed.
VISOÇA: UFV. 2021
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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com
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