Alcantarea imperialis (Carrière) Harms é uma planta da
família Bromeliaceae, nativa da Mata Atlântica do Brasil, nos
Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Brasil. Conhecida popularmente como
Bromélia-imperial.
Sua ocorrência em afloramentos rochosos de grande inclinação e em
platôs, entre 800-1800 metros sobre o nível do mar, distribuindo-se nos estados
do Rio de Janeiro (Serra dos Órgãos, Parque Estadual dos Três Picos, Parque
Estadual do Desengano e Reserva Ecológica de Macaé de Cima) e Minas Gerais
(Serra da Mantiqueira, nos municípios de Dona Euzébia, Juiz de Fora, Lima
Duarte e Manhaçu).
Segundo VERSIEUX (2020) a bromélia apresenta variação morfológica
considerável entre as populações, sendo caracterizada, geralmente, por seu
grande porte, com bainhas, lâminas foliares e flores de grandes dimensões,
brácteas florais carenadas, flores secundas para cima e botões florais encurvados.
É considerada morfologicamente semelhante a Alcantarea regina. Seu
período de floração se estende de novembro a março, com frutos maduros em
junho.
Suas raízes são fortes, fibrosas e resistentes, desempenhando um
papel crucial, principalmente, na fixação e sustentação da planta ao
substrato (que pode ser solo ou paredões rochosos íngremes), e secundariamente
na nutrição. Além da nutrição, as raízes fortes e fibrosas servem
principalmente para a fixação firme da planta em seu substrato, o que permite
que ela se fixe até mesmo em paredões rochosos verticais em seu habitat
natural, nas regiões serranas do Rio de Janeiro.
Já o seu caule é muito curto, atarracado e lenhoso, que é praticamente
imperceptível, pois fica na base da planta, abaixo das folhas. A maior parte da
estrutura visível é composta pelas longas e largas folhas dispostas em uma
roseta funiliforme, que pode atingir até 1,5 metro de diâmetro.
Com suas folhas são incompletas, sésseis,
paralelinérvea, coriácea, glabra, de forma linear, quanto ao bordo serrilhada,
com o ápice mucronado e a base truncada e cerosa, rosulada formando uma roseta
longas, rígidas e dispostas em uma roseta densa, com um aspecto ceroso na
base que ajuda a distingui-la de outras espécies. A planta pode atingir um
grande porte, com até 1,5 metro de altura e 1,8 metro de diâmetro. A
coloração é variável, existindo variedades com folhas verdes, arroxeadas ou
vermelhas, e tonalidades intermediárias. A cor pode ser influenciada pela
quantidade de luz solar que a planta recebe.
Suas inflorescências são terminais, uniflora, simples indefinida,
formando cacho ereta e vistosa, com brácteas florais convexas e quase lisas; posição
das flores secundas; carenas das brácteas florais presentes mesmo que
inconspícuas; cor das brácteas florais vinácea, nas bases verde ou amarela
nos ápices; pétalas lineares; forma dos apêndices das pétalas obtusas; cor
das pétalas amareladas; posição dos estames nas anteses radiados. Sua
inflorescência é uma estrutura espetacular e imponente, que se destaca por
seu tamanho monumental, podendo atingir entre 3 a 3,5 metros de
altura.
Já os seus frutos são simples, secos, deiscentes, cápsula, septícida,
longos, filadas, que contêm numerosas sementes finas e plumosas. A
formação dos frutos pode levar cerca de seis meses após a floração, e uma única
inflorescência pode produzir de 80.000 a 200.000 sementes se todas as flores
forem polinizadas com sucesso. Logo a frutificação a planta morre e libera as sementes,
mas produz brotos laterais (filhotes) antes de perecer, garantindo sua
substituição.
Portanto é uma bromélia de grande porte, endêmica do Brasil,
nativa principalmente da Serra dos Órgãos do Rio de Janeiro e Minas Gerais,
conhecida como Bromélia-imperial, caracterizada por ser robusta, folhas
coriáceas que formam rosetas gigantes, belíssima e vistosa. Com inflorescência
imperiosa, sendo uma planta de um grande potencial ornamental e se não for conservada
corre o risco de extinção.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Bromeliaceae
Gênero: Alcantarea
Espécies: Alcantarea imperialis (Carrière) Harms
CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:
ESPÉCIE: Alcantarea imperialis (Carrière) Harms
SINONÍMIA:
Vriesea imperialis Carrière
Tillandsia blokii Hemsl.
Vriesea blokii (Hemsl.) Mez
PSEUDÔNIMO: bromélia-imperial ou bromélia-gigante
FAMÍLIA: Bromeliaceae
ORIGEM: encontrada na Região Sudeste do Brasil nos Estados de Minas
Gerais e Rio de Janeiro. Nos domínios fitogeográficos Mata Atlântica, com os tipos
de vegetações de Campo de Altitude, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos.
RAIZ: suas raízes são fortes, fibrosas e resistentes, desempenhando
um papel crucial, principalmente, na fixação e sustentação da planta
ao substrato (que pode ser solo ou paredões rochosos íngremes), e
secundariamente na nutrição. Além da nutrição, as raízes fortes e fibrosas
servem principalmente para a fixação firme da planta em seu substrato, o que
permite que ela se fixe até mesmo em paredões rochosos verticais em seu habitat
natural, nas regiões serranas do Rio de Janeiro.
CAULE: é muito curto, atarracado e lenhoso, que é praticamente
imperceptível, pois fica na base da planta, abaixo das folhas. A maior parte da
estrutura visível é composta pelas longas e largas folhas dispostas em uma
roseta funiliforme, que pode atingir até 1,5 metro de diâmetro.
FOLHAS: são incompletas, sésseis, paralelinérvea, coriácea,
glabra, de forma linear, quanto ao bordo serrilhada, com o ápice mucronado e a
base truncada e cerosa, rosulada formando uma roseta longas, rígidas e
dispostas em uma roseta densa, com um aspecto ceroso na base que ajuda a
distingui-la de outras espécies. A planta pode atingir um grande porte, com até
1,5 metro de altura e 1,8 metro de diâmetro. A coloração é variável,
existindo variedades com folhas verdes, arroxeadas ou vermelhas, e tonalidades
intermediárias. A cor pode ser influenciada pela quantidade de luz solar que a
planta recebe.
INFLORESCÊNCIAS: são terminais, uniflora, simples indefinida,
formando cacho ereta e vistosa, com brácteas florais convexas e quase lisas. Sua
inflorescência é uma estrutura espetacular e imponente, que se destaca por
seu tamanho monumental, podendo atingir entre 3 a 3,5 metros de
altura.
FLORES: são pediculadas, cíclica, diclamídea, andrógena, carenas
das brácteas florais presentes mesmo que inconspícuas; cor das brácteas florais
vinácea, nas bases verde ou amarela nos ápices; pétalas lineares; forma
dos apêndices das pétalas obtusas; cor das pétalas amareladas; posição
dos estames nas anteses radiados. Com flores pequenas e delicadas.
FRUTOS: são simples, secos, deiscentes, cápsula, septícida,
longos, filadas, que contêm numerosas sementes finas e plumosas. A
formação dos frutos pode levar cerca de seis meses após a floração, e uma única
inflorescência pode produzir de 80.000 a 200.000 sementes se todas as flores
forem polinizadas com sucesso. Logo a frutificação a planta morre e libera as sementes,
mas produz brotos laterais (filhotes) antes de perecer, garantindo sua
substituição.
SEMENTES: são pequenas, castanhas, filiformes (em forma de
fio), com um apêndice plumoso (parecendo uma penugem branca) em uma das
extremidades, o que facilita a dispersão pelo vento.
PORTE: é uma planta de grande porte, podendo atingir de 1 a
1,5 metros de altura na folhagem, e sua espetacular inflorescência pode chegar
a 3,5 metros de altura.
LUMINOSIDADE: sol pleno.
CATEGORIA: ornamental
ÁGUA: tome cuidado também com as regas excessivas com a planta
em locais de baixa luminosidade, para que a mesma não pegue fungos ou chegue a
apodrecer.
CLIMA: essa planta prospera em climas tropicais e
subtropicais.
CULTIVO: é uma planta fácil de cultivar, que se adapta bem a
ambientes internos e externos com boa luminosidade indireta e irrigação
moderada. Prefere substrato leve e bem drenado, e pode ser fertilizada a
cada dois meses.
UTILIZAÇÃO: usada como planta ornamental em ambientes externos.
PROPAGAÇÃO: pode ser propagada através de sementes e, em
menor medida, através de mudas que surgem espontaneamente na base da planta mãe
ou de filhotes que se desenvolvem nas folhas. A germinação das sementes
exige luz e temperatura adequada, e o cuidado com a umidade do substrato é
fundamental.
SUBSTRATO: ideal é uma mistura que ofereça boa
drenagem e retenção de água e nutrientes. Uma combinação de casca de
pinus, areia de construção e húmus de minhoca é uma ótima opção. Essa
planta tem preferência a ambientes com boa luminosidade, mas não sol forte, e
aprecia umidade.
FERTILIZAÇÃO: ela precisa de fertilização para crescer
saudável. A fertilização deve ser feita a cada três meses com um
fertilizante universal ou para folhas verdes, especialmente durante a primavera
e outono. A planta também pode se beneficiar de fertilização
orgânica.
CICLO DE VIDA: tem um ciclo de vida monocárpico, ou seja,
floresce apenas uma vez e morre após a floração. No entanto, antes de
morrer completamente, a planta-mãe produz filhotes na base, que podem ser
removidos e replantados para continuar a espécie.
HABITAT E ECOLOGIA: essa planta apresenta aspectos
ecológicos notáveis, sendo nativa e endêmica do Brasil, com distribuição
restrita a afloramentos rochosos e campos de altitude na Serra dos
Órgãos, no estado do Rio de Janeiro, e também em Minas Gerais. É uma planta de
hábitos Rupícola (cresce sobre rochas ou em solos muito rasos e áridos,) e
Heliófilo (em áreas abertas que recebem luz solar direta ao longo do dia).
Suas folhas largas e rígidas crescem em uma densa formação de roseta,
que funciona como um "tanque" central para acumular água da chuva e
nutrientes. Essa adaptação é crucial para sua sobrevivência em ambientes
rochosos e sujeitos a períodos de seca.
Já as suas inflorescências, que pode atingir até 3,5 metros de altura,
produz flores amarelas vibrantes que atraem polinizadores, principalmente
beija-flores. A água acumulada em suas rosetas cria um microecossistema
(fitotelmata), servindo de habitat e local de reprodução para diversos pequenos
organismos, como insetos e anfíbios, sem necessariamente propiciar a
proliferação de mosquitos transmissores de doenças como a dengue.
É uma planta perene de crescimento moderado, que atinge a maturidade e
floresce após cerca de 10 anos. Após a floração, a planta morre, mas deixa
mudas (brotações laterais ou por sementes) que garantem a continuidade da
espécie.
Devido à sua beleza e grande procura para fins paisagísticos, a espécie
foi alvo de extrativismo predatório no passado. Atualmente, a produção de mudas
em larga escala em viveiros comerciais é uma estratégia para reduzir a pressão
sobre as populações selvagens e promover a sua conservação. A espécie está monitorada
pela Lista Vermelha da Flora Brasileira do CNCFLORA (Centro Nacional da
Conservação da Flora).
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: essa planta tem sua importância
econômica principalmente pelo seu valor ornamental, sendo altamente
cobiçada no mercado de plantas, o que leva ao extrativismo ilegal,
ameaçando a espécie na Mata Atlântica. Sua importância também inclui usos
medicinais, apícolas e alimentícios (frutos e outras partes), mas o foco
econômico principal e causa de sua vulnerabilidade é a exploração comercial
para paisagismo, impulsionando a necessidade de propagação em laboratório (in
vitro) para conservação e suprimento do mercado.
POLINIZADOR: essa planta tem como seu principal polinizador
o morcego. A planta também é visitada por beija-flores e abelhas, que se
alimentam do néctar abundante, mas a polinização principal é feita pelos
morcegos.
FOTOS: Foto das laterais da Floricultura CENTRO DAS
PLANTAS 02, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 06
dez 2025. https://www.instagram.com/centrodasplantas02_/
REFERÊNCIAS:
Disponível em: https://www.ioc.fiocruz.br/noticias/estudo-indica-que-bromelias-nao-constituem-focos-preferenciais-do-mosquito-da-dengue Acesso
em 26 abril 2025.
RODRIGUES, T. M. et al. DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE
BROMÉLIA-IMPERIAL (Alcantarea imperialis) EM DIFERENTES SUBSTRATOS. Ciênc.
agrotec., Lavras, v. 28, n. 4, p. 757-763, jul./ago., 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cagro/a/7hJ7HhFmwxqJFGXTLCvb4br/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 14 dez 2025.
VERSIEUX, L.M. Alcantarea in Flora e
Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB5899>.
Acesso em: 14 dez. 2025
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA –
Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed.
VISOÇA: UFV. 2021.
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... por Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com

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