domingo, 7 de dezembro de 2025

SELAGINELLA KRAUSIIANA (Kunze) A. Braun






 

Selaginella krausiiana (Kunze) A. Braun é uma planta da divisão Lycophyta e família Seleginnellaceae, conhecida popularmente como musgo-tapete e Selaginela. Nativa do continente africano e adaptou-se muito bem no Brasil, sendo encontrado em todas as Regiões do Brasil, porém, o seu destaque está na Região Sudeste e Sul.

Suas raízes são subterrâneas, fasciculadas, ramificadas com um sistema radicular fibroso e superficial, caracterizado pela emissão de raízes a partir de estruturas especializadas chamadas rizóforos.  Os rizóforos são caules especializados, prostrados ou rastejantes, chamados rizóforos. As raízes se formam exclusivamente nas pontas (ápices) desses rizóforos.

Já os seus caules, são aéreos, rastejantes, que se prostram atingindo até 01 metro de comprimento. Seus caules crescem horizontalmente ao longo do substrato, apresentam ramificações extensas e densas com rizóforos (estruturas semelhantes a raízes, mas que não absorvem nutrientes) ventrais, que se distribuem por toda a extensão do caule, ajudando na fixação ao solo. Com textura paleáceos (cor de palha, secos) e glabros (sem pelos) e com os seus caules articulados.

Essa planta apresenta folhas densamente revestidos por pequenas folhas (microfilos) de dois tipos (laterais e superiores), o que confere à planta uma aparência achatada ou de "tapete".  Essa morfologia rastejante permite que a planta se espalhe eficientemente e forme densos tapetes verdes em locais frescos e sombrios, seu habitat preferencial. Os microfilos são muito pequenos e delicados. Os das laterais (folhas inferiores) são oblongo-lanceolados (mais longos que largos, com ponta afilada), enquanto os de cima (folhas superiores) são ovado-lanceolados, seus bordos são margeados e denticuladas. As folhas inferiores são patentes (mais abertas para fora), enquanto as superiores ficam mais encostadas ao caule, contribuindo para a forma achatada do conjunto, com enervação central e distinta, de consistência membranácea e filotaxia oposta.

Essa planta possui esporângios solitários localizados nas axilas de folhas modificadas chamadas esporófilos. Estes esporófilos, que são menores que os microfilos (folhas normais), agrupam-se em estruturas reprodutivas especializadas chamadas estróbilos. Os esporângios localizam-se na axila dos esporófitos. Já os esporófilos estão organizados em estróbilos sésseis (sem haste), que geralmente se dispõem lateralmente nos raminhos. Essa planta apresenta esporos do tipo heterosporada, o que significa que produz dois tipos de esporos em esporângios distintos: um deles é o Microsporângios: produzem numerosos micrósporos (esporos masculinos) e o outro é a Megasporângios: produzem um número menor de megásporos (esporos femininos). Os esporângios se desenvolvem como eusporângios, o que é um tipo de desenvolvimento esporangial característico deste grupo de plantas. Portanto, os esporângios são estruturas pequenas, geralmente com cerca de 1 mm de diâmetro. Quando maduros, os esporângios se rompem e liberam os esporos, que, em condições de umidade, germinam e dão origem aos gametófitos (protalos) hermafrodita, fechando o ciclo de vida da planta esporofita.   

Portanto é uma planta terrestre com uma haste altamente ramificado que é delgada e 2-3 mm de diâmetro. Raízes subterrânea e caule rizóforos toda sua extensão. As folhas são simples, dimórfico e dispostos em dois mediana e duas linhas laterais aparece uma cor azul-verde, ovaladas a oblongo, 3-4 x 1,5-2 mm, enquanto folhas medianas são muito menores e de diferentes formas. Os estrobilos são suportados nas extremidades das folhas, solitários, 0,5-2 cm de comprimento e margens verdes.

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Lycophyta

Classe: Isoetopsida

Ordem: Seleginellales

Família: SELEGINNELLACEAE

Gênero: Seleginella

Especie: Seleginella krausiiana (Kunze) A. Braun

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIE: Seleginella krausiiana (Kunze) A. Braun

SINONÍMIA:  Selaginella kriegeriana L.Góes

PSEUDÔNIMO: musgo tapete. 

FAMÍLIA:  Seleginnellaceae

ORIGEM: É uma planta nativa do continente africano.

RAÍZES: suas raízes são subterrâneas, fasciculadas, ramificadas com um sistema radicular fibroso e superficial, caracterizado pela emissão de raízes a partir de estruturas especializadas chamadas rizóforos aparecendo no ápice dos rizóforos.

CAULE:  são aéreos, rastejantes, que se prostram atingindo até 01 metro de comprimento. Seus caules crescem horizontalmente ao longo do substrato, apresentam ramificações extensas e densas com rizóforos (estruturas semelhantes a raízes, mas que não absorvem nutrientes) ventrais, que se distribuem por toda a extensão do caule, ajudando na fixação ao solo. Com textura paleáceos (cor de palha, secos) e glabros (sem pelos) e com os seus caules articulados.

FOLHAS: suas folhas densamente revestidas por pequenas folhas (microfilos) de dois tipos (laterais e superiores), o que confere à planta uma aparência achatada ou de "tapete".  Essa morfologia rastejante permite que a planta se espalhe eficientemente e forme densos tapetes verdes em locais frescos e sombrios, seu habitat preferencial. Os microfilos são muito pequenos e delicados. Os das laterais (folhas inferiores) são oblongo-lanceolados (mais longos que largos, com ponta afilada), enquanto os de cima (folhas superiores) são ovado-lanceolados, seus bordos são margeados e denticuladas. As folhas inferiores são patentes (mais abertas para fora), enquanto as superiores ficam mais encostadas ao caule, contribuindo para a forma achatada do conjunto, com enervação central e distinta, de consistência membranácea e filotaxia oposta.

ESPORANGIOS: são solitários localizados nas axilas de folhas modificadas chamadas esporófilos. Estes esporófilos, que são menores que os microfilos (folhas normais), agrupam-se em estruturas reprodutivas especializadas chamadas estróbilos. Os esporângios localizam-se na axila dos esporófitos. Já os esporófilos estão organizados em estróbilos sésseis (sem haste), que geralmente se dispõem lateralmente nos raminhos. Essa planta apresenta esporos do tipo heterosporada, o que significa que produz dois tipos de esporos em esporângios distintos: um deles é o Microsporângios: produzem numerosos micrósporos (esporos masculinos) e o outro é a Megasporângios: produzem um número menor de megásporos (esporos femininos). Os esporângios se desenvolvem como eusporângios, o que é um tipo de desenvolvimento esporangial característico deste grupo de plantas. Portanto, os esporângios são estruturas pequenas, geralmente com cerca de 1 mm de diâmetro. Quando maduros, os esporângios se rompem e liberam os esporos, que, em condições de umidade, germinam e dão origem aos gametófitos (protalos) masculino e feminino sendo hermafrodita, fechando o ciclo de vida da planta esporofita.   

DISPERSÃO: os esporos são transportados pelo vento.

GERMINAÇÃO:  o processo de germinação dos esporos é parte do seu ciclo de vida heterosporado que requer condições específicas de ambiente para a germinação.

Esse processo de Reprodução e Germinação passa pela produção de Esporos. A planta adulta (esporófito) produz dois tipos de esporos (heterosporia) em estruturas chamadas estróbilos:

- Micrósporos: Formam microsporângios, que se desenvolvem em gametófitos masculinos.

- Megásporos: Formam megasporângios, que se desenvolvem em gametófitos femininos.

PORTE: chegando aproximadamente até 01 metro de altura e tem habitat rastejante.

LUMINOSIDADE: sol difuso ou indireto.

CATEGORIA: planta ornamental.

ÁGUA: o necessário ter um ambiente constantemente úmido.

CLIMA: tropical e neotropical

CULTIVO: necessita de um substrato leve, poroso e bem drenado, que seja rico em matéria orgânica, como composto ou esterco bem curtido.

UTILIZAÇÃO: planta ornamental, paisagismo e jardins internos e externo sombreado e sol filtrado.

PROPAGAÇÃO: por esporos ou divisão de touceiras. 

SUBSTRATO: necessita de um substrato leve, poroso e bem drenado, que seja rico em matéria orgânica, como composto ou esterco bem curtido.

FERTILIZAÇÃO: pode ser feita com uma mistura de solo bem drenante, que combine terra vegetal, areia e composto. 

CICLO DE VIDA: perene - ciclo de vida heterosporado, o que significa que produz dois tipos diferentes de esporos (micrósporos e megásporos), que se desenvolvem em esporângios distintos. 

HABITAT: é uma planta tropical, encontrada nos países tropicais como a floresta Amazônica.

ECOLOGIA: a sua ecologia caracteriza-se pela necessidade de alta umidade e proteção contra a luz solar direta para se desenvolver plenamente. 

DISTRIBUIÇÃO: originária da África, a planta foi introduzida em muitas outras regiões do mundo (como a Europa Ocidental e a Macaronésia) como planta ornamental, e em alguns locais, como em partes de Portugal e no Estado de São Paulo, Brasil, tornou-se subespontânea ou invasora, escapando ao cultivo.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: é uma planta ornamental muito utilizada em jardins e pergolado, não é tolerante ao sal pleno ou sejam tem que ser filtrado, podendo ser cultivada em jardins interno e externo.

DOMINIOS FITOGEOGRAFICOS: Amazon Rainforest, Caatinga, Central Brazilian Savanna, Atlantic Rainforest, Pantanal.

 

FOTOS: Foto da Floricultura CENTRO DAS PLANTAS 02, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 06 dez 2025.  https://www.instagram.com/centrodasplantas02_/  

 

REFERÊNCIAS:

Disponível em:  https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=%5B2%5D&idsFilhosFungos=%5B1%2C11%2C10%5D&lingua=&grupo=12&genero=Selaginella&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica Acesso em: 07 dez 2025.

 

Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/BemVindoConsultaPublicaHVConsultar.do?modoConsulta=LISTAGEM&quantidadeResultado=20&genero=Selaginella&especie=kraussiana Acesso em: 07 dez 2025.

 

SALINO, A. et al. Sinopse das famílias e gêneros de samambaias e licófitas do Brasil. In: SANTOS, M. G., SANTIAGO, A. C. P., and SYLVESTRE, L. S., eds. Samambaias e licófitas no Brasil: Biologia e taxonomia [online]. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2023, pp. 143-252. ISBN: 978-85-7511-584-8. https://doi.org/10.7476/9788575115848.0006

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por AFFONSO QUEIROZ – affonsoqueiroz@msn.com

 

 

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