quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

MYRCIARIA JABOTICABA (Vell.) O. Berg









 

Myrciaria jaboticaba (Vell.) O. Berg é uma planta da família botânica Myrtaceae, nativa do Brasil (é encontrada com mais frequência nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), América do Sul. É conhecida popularmente como jaboticaba.

Essa planta possui raízes subterrâneas, pivotante, ramificadas com raízes secundárias e terciárias. Já os seus caules são tortuosos, irregulares, ramificados e avermelhados. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Com tronco externo liso, de cor castanho-claro, o tronco interno fibroso e de coloração cremosa.

As suas folhas são compostas, paripenadas, ovais, avermelhadas quando jovens, de coloração verde-intensa posteriormente, simples, pecioladas, quanto a nervação é peninérvea, de consistência herbácea, lisa, ovada, ápice aguda, base acunheada e filotaxia oposta. 

No entanto, as suas inflorescências são caracterizadas por sua caulifloria, ou seja, crescem diretamente no tronco e nos galhos mais grossos da árvore. Elas são laterais, uni ou pluriflora, aglomerados, ocorrendo geralmente na primavera e no verão, e suas flores são brancas e hermafroditas. 

Já as suas flores são pequenas, brancas, perfumadas, hermafroditas, com estames longos, produzem néctar, homoclamídea, cálice com 4 sépalas; corola com 4 pétalas, livres, branco-creme, caducas, obovaladas, de 6-8mm de comprimento; polistêmones, estames numerosos; ovário com 2 lóculos (bilocular), com vários óvulos (às vezes 3), glabro, 8 saliências; estilete filiforme, com 6mm de comprimento, e estigma capitado.

Os frutos são simples carnoso do tipo baga globosa, são globosos, de cor roxa escura a preta quando maduros, com epicarpo (casca) fino. Possuem um sabor doce e intenso, com polpa suculenta, esbranquiçada e envolve as sementes. 

Com sementes pequenas, proporcionais ao fruto, têm uma coloração clara, geralmente esbranquiçada ou bege, quando retiradas da polpa. Já a casca da semente não é excessivamente grossa, contendo uma, ou ocasionalmente duas, sementes.

Portanto, é uma espécie mais cultivada da famosa árvore brasileira que produz a jabuticaba, um fruto roxo delicioso, nativo da Mata Atlântica, apreciado in natura e em geleias, com a casca rica em antioxidantes e a polpa cheia de vitaminas e minerais, sendo uma planta de grande valor cultural e nutricional no Brasil. Seu cultivo está em alta.  

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Gênero: Myrciaria

Espécies: Myrciaria jaboticaba (Vell.) O. Berg

 

CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA:

ESPÉCIESMyrciaria jaboticaba (Vell.) O. Berg

SINONÍMIA:  

Eugenia jaboticaba (Vell.) Kiaersk.

Plinia cauliflora (Mart.) Kausel

Plinia peruviana (Poir.) Govaerts

Plinia jaboticaba (Vell.) Kausel

PSEUDÔNIMO: Jabuticaba

FAMÍLIA: Myrtaceae

ORIGEM: é uma espécie nativa da Mata Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil.

RAÍZES: são raízes subterrâneas, pivotante, ramificadas com raízes secundárias e terciárias.

CAULE: seus caules são tortuosos, irregulares, ramificados e avermelhados. A casca pode desprender-se ocasionalmente. Com tronco externo liso, de cor castanho-claro, o tronco interno fibroso e de coloração cremosa.

FOLHAS: suas folhas são ovais, avermelhadas quando jovens, de coloração verde-intensa posteriormente, simples, pecioladas, quanto a nervação é peninérvea, de consistência herbácea, lisa, ovada, ápice aguda, base acunheada e filotaxia oposta.   

INFLORESCÊNCIAS: suas inflorescências são caracterizadas por sua caulifloria, ou seja, crescem diretamente no tronco e nos galhos mais grossos da árvore. Elas são laterais, uni ou pluriflora, aglomerados, ocorrendo geralmente na primavera e no verão, e suas flores são brancas e hermafroditas. 

FLORES: suas flores são pequenas, brancas, perfumadas, hermafroditas, com estames longos, produzem néctar, homoclamídea, cálice com 4 sépalas; corola com 4 pétalas, livres, branco-creme, caducas, obovaladas, de 6-8mm de comprimento; polistêmones, estames numerosos; ovário com 2 lóculos (bilocular), com vários óvulos (às vezes 3), glabro, 8 saliências; estilete filiforme, com 6mm de comprimento, e estigma capitado.

FRUTOS: possuem um fruto simples carnoso do tipo baga globosa, são globosos, de cor roxa escura a preta quando maduros, com epicarpo (casca) fino. Possuem um sabor doce e intenso, com polpa suculenta, esbranquiçada e envolve as sementes. 

SEMENTE: são pequenas, proporcionais ao fruto, têm uma coloração clara, geralmente esbranquiçada ou bege, quando retiradas da polpa. Já a casca da semente não é excessivamente grossa, contendo uma, ou ocasionalmente duas, sementes.

PORTE: é uma árvore frutífera, de porte médio. Quando adulta, ela pode atingir de 10 a 15 metros de altura, com um tronco que pode ultrapassar os 40 centímetros de diâmetro. 

LUMINOSIDADE: de sol pleno.

CATEGORIA: frutífera, ornamental (é valorizada em paisagismo por sua folhagem densa e frutos coloridos) e uso medicinal especialmente devido aos seus altos níveis de antioxidantes (antocianinas e polifenóis) encontrados principalmente na casca. Estes compostos conferem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, e preventivas contra várias doenças crônicas. 

ÁGUA: precisa de água sem encharcamento, só quando o substrato estiver completamente seco.

CLIMA: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Semiárido, Subtropical, Tropical.

CULTIVO: solos férteis e com regas periódicas, mas se adaptam facilmente depois de estabelecidas em solos fracos e com pouca água

UTILIZAÇÃO: planta frutífera, ornamental e medicinal.

PROPAGAÇÃO: pode ser feita por sementes ou por propagação vegetativa, como enxertia e estaquia

SUBSTRATO:  adubo natural

FERTILIZAÇÃO: NPK para frutíferas.

CICLO DE VIDA: Perene

DISPERSÃO DA SEMENTE: a dispersão das sementes da pitangueira é feita por gravidade e por animais específicos, como algumas aves e mamíferos.

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: aqui na região é feito do fruto suco e geleias.

POLINIZADOR: sua polinização se dá por mosca, abelhas, etc.

 

FOTOS: Foto das laterais da Floricultura CENTRO DAS PLANTAS 02, Rua João de Alencar, Cauamé, Boa Vista, Roraima, Brasil, 06 dez 2025.  https://www.instagram.com/centrodasplantas02_/   

 

REFERÊNCIAS:

BATISTA, A. G. et al. Consumo de casca de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg.) melhorou a excreção de triglicerídeos e a peroxidação lipídica hepática de ratos alimentados com dieta hiperlipídica. Rev. Nutr. 26 (5) Out 2013 Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-52732013000500008 Acesso em: 17 dez. 2025.

 

Myrciaria in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB63370>. Acesso em: 17 dez. 2025 

 

QUATRIN, A. EFEITO DA CASCA DE JABUTICABA (Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg.) SOBRE ESTRESSE OXIDATIVO E RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM MODELO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM RATOS. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria. 2004, p. 81.

 

RASEIRA, M. C. B. et. al. Espécies frutíferas nativas do Sul do Brasil. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2004. 124 p. (Embrapa Clima Temperado. Documento, 129). ISSN 1516, Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/744946/1/documento129.pdf Acesso em 17 dez 2025.

 

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R e PAULA, C. C. BOTÂNICA – Organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos. 5 ed. VISOÇA: UFV. 2021

 

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... por Affonso Queiroz – affonsoqueiroz@msn.com

 

 

 

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